sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Rock Alemão (Parte 2)

Nesse post, decidi falar um pouco sobre uma banda que talvez vocês conheçam, pois está cada vez mais famosa no cenário mundial e já é a banda mais famosa mundialmente que canta em alemão. O Rammstein é uma banda da capital Berlim, considerada do gênero metal industrial. Formada em janeiro de 1994, a banda se chama assim devido ao acidente aéreo que aconteceu na cidade de Ramstein, onde três aviões italianos colidiram e caíram em cima de uma plateia, matando 70 pessoas. O grupo ainda colocou um M a mais. O nome traduzido seria algo parecido com "martelo de pedra".
Já em 1995, a banda fez seu primeiro álbum, Herzeleid. Embora não muito famosa, a banda foi convidada em 1999, para fazer dois shows de abertura para a banda KISS, em Porto Alegre e São Paulo. Não considerada muito boa, nos anos 2000, a banda fez uma reformulação em suas músicas, deixando-as mais ouvíveis.
Embora a banda demonstrar brutalidade na aparência e em suas músicas, em suas letras estão presentes muitos protestos políticos e, como é costume na Alemanha, humor.
Seus principais álbuns são Sehnsucht, Reise Reise e Mutter. Recentemente, a banda lançou seu mais novo álbum, Made In Germany - 1995-2011, para comemorar 16 anos de discos. O álbum tem as músicas mais significativas da banda. Atualmente, a banda está em turnê de divulgação do seu álbum.
Uma curiosidade sobre a banda:
-Já ficaram nus em um show nos EUA.
A banda tem desde o início a mesma formação, com Till Lindemann, como vocalista, Richard Kruspe, guitarrista solo e vocal de apoio, Paul Landers, guitarrista base e vocal de apoio, Oliver Riedel, baixista, Doom, baterista e Doktor Flake, tecladista.
Aqui estão duas músicas do Rammstein:



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Rock Alemão (Parte 1)

Sou novo aqui no blog, então decidi postar primeiro sobre uma banda que provavelmente todos conhecem, pelo menos de nome. Os Scorpions, da cidade de Hanôver, no norte da Alemanha, foram a primeira banda de hard rock formada no país, em 1965.
No início, chamados de Nameless, a banda logo mudou de nome, para The Scorpions, mas acabou por perder o artigo, tendo o nome conhecido nos dias de hoje. Seu primeiro álbum, lançado em 1972, Lonesome Crow, teve em destaque não suas músicas, mas seu guitarrista, Michael Schenker, que tinha apenas 16 anos. No ano seguinte, Michael deixou a banda, indo para a banda inglesa UFO. Para o seu lugar veio Uli Jon Roth, que gravou 5 álbuns com os Scorpions. Com a entrada de Matthias Jabs para o lugar deixado por Roth, o Scorpions conseguiu deixar a Alemanha, levando sua fama para os EUA, com o álbum Lovedrive, que inclusive recebeu um disco de ouro na América. Nesse mesmo patamar seguiram outros quatro álbuns, inclusive Love at First Sting, que foi o álbum de lançamento, da, provavelmente, música mais famosa dos Scorpions, Rock You Like a Hurricane, em 1984.
Os outros dois álbuns, Crazy World e Face The Heat, espalharam a fama da banda pelo mundo inteiro, com o grupo vivendo sua época de maior sucesso. Com a saída de dois membros, após esses discos, o Scorpions inovou, mas acabou sendo um pouco esquecido no cenário mundial, para onde retornou no novo milênio, com o álbum Moment of Glory, que continha a balada Wind of Change, o que fez os Scorpions decolarem novamente.
Atualmente, a banda que já vendeu cerca de 160 milhões de álbuns no mundo, está na sua turnê de despedida, o que será um grande perda, é claro, do álbum Sting in the Tail, que tem participação de Tarja Turunen, ex-vocalista do Nightwish. A banda fica nos palcos até 2013.
A formação atual do grupo é com Klaus Meine (vocalista e guitarrista), Rudolf Schenker (guitarrista), Matthias Jabs (guitarrista), Pawel Maciwoda (baixista) e James Kottak (baterista).

Aqui vão vídeos de duas músicas dos Scorpions:

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Post de Natal

Bom galera, como não pretendo estar na frente de um computador escrevendo para o blog amanhã, vou antecipar os votos para hoje.
Então, desejo a todos, leitores, Douglas, Gabriel, um feliz natal, com muita paz, saúde, dinheiro também (não faz mal a ninguém, né...) e, como presente de Natal, vou deixar duas pérolas do Queen para vocês.

Primeiro, um single que a banda lançou no natal de 1984, para arrecadar fundos, Thank God It's Christmas


E um show completo da banda, na véspera de Natal de 1975, no Hammersmith Odeon (torço pra que esse seja lançado oficialmente, showzaço)


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Parabéns ao Ilustríssimo : Frank Zappa

Esse sim é ilustríssimo. Se fosse vivo, Frank Vincent Zappa estaria fazendo hoje 71 anos (e, provavelmente, a todo vapor).
Nascido em 21 de Dezembro de 1940 em Baltimore, EUA, Zappa nunca se prendeu a apenas um estilo. É tido como louco, pois suas composições possuem um nível de complexidade acima do normal. Talvez Zappa até o seja, pois todo gênio tem um pouco de loucura. Mas a verdade é que Zappa era um artista, um músico à frente de seu tempo. Suas composições iam da vanguarda até a música clássica, passando por orquestrada, hard rock, soft rock, até um pouco de pop (porque não?) e jazz, MUITO JAZZ.
O próprio Zappa disse certa vez "O Jazz não está morto, ele apenas cheira mal". Uma frase um tanto ácida, não acham? 
Pois Hot Rats, seu disco mais aclamado, é todo calcado no jazz, desde as estruturas, ritmo, melodia, TUDO. Um dos maiores exemplos disso é a fabulosa The Gumbo Variations, que tem que ser divida em parte1/ parte 2, no Youtube. Fora outros discos e outras composições de Zappa.
Compositor incansável, sua média normal de discos num ano era de 3 a 5. Isso quando não eram duplos. Zappa, no começo a carreira, fazia discos mais "satíricos", com sua banda, os Mothers Of Invention.
Já os anos 70 fizeram bem para Zappa. Neles que surgiram algumas de suas maiores obras, como One Size Fits All, último com os Mothers, que possui o clássico San Ber'dino, Sheik Yerbouti, o disco "pop" de Zappa, onde ele conseguiu emplacar um single nº 1, Bobby Brown Goes Down, e o Joe's Garage, dividido em 3 atos, que possui um dos mais belos solos e Zappa, Watermelon In Easter Hay.
Nos anos 80, Zappa experimentou mais do que na década anterior, variou mais seus estilos. Seu último disco de estúdio em vida, Jazz From Hell, como o próprio nome já diz, é uma bela peça de jazz, digna da despedida desse gênio.
Infelizmente, um câncer de próstata, que passou despercebido, se desenvolvendo por 10 anos, abreviou a vida do mestre, que acabou por morrer, ou se preferirem, "partir para sua última turnê", como disse a família de Zappa, em 4 de Dezembro de 1993, algumas semanas antes de seu aniversário de 53 anos.
Quem quer conhecer um estilo variado de música, Zappa é altamente recomendável, porém quem quer conhecer deve ter uma mente bem aberta. Sua música não é das mais fáceis de digerir e entender.
Como Zakk Wylde já diosse certa vez, "O nível de musicalidade exigido dos músicos e a complexidade dos arranjos nos discos do Frank Zappa são tão elevados, que você provavelmente não vai entender muita coisa se você não for um músico". E é fato.


Pra fechar com chave de ouro, algumas frases "marcantes" de Zappa:


"Se você quer trepar, vá à faculdade. Mas se você quer aprender alguma coisa, vá à biblioteca."
 - "Funciona assim: Pegue qualquer melodia seja ela qual for, Beethoven ou musica Havaiana, toque na guitarra, adicione baixo e bateria e as pessoas chamarão de rock´n roll."
"Conduzir uma orquestra é abanar as mãos ou um pedaço de pau, criando desenhos no ar, onde são interpretados como mensagens musicais por gente de fraque, que preferiria estar pescando."
"Jornalismo musical é gente que não sabe escrever entrevistando gente que não sabe falar pra gente que não sabe ler."


E a melhor de todas:
"A mulher ideal é aquela que é bonita, adora trepar, e vira uma pizza às quatro da manhã."


Mestre Zappa, onde quer que esteja arrebentando com um solo fuderoso de jazz, espero que ouça meus parabéns, por todo o legado que deixou pra música. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nata do Rock apresenta: Neil Young (Parte 2 - A fase depressiva)

Como havia dito na primeira parte, o primeiro indício da fase depressiva de Neil Young, que se estendeu de 1973 a 1976, basicamente, foi na letra de The Needle And The Damage Done.
O primeiro acontecimento que levou Neil Young a isso foi a morte de Danny Whitten, guitarrista amigo de Young, por overdose de heroína (The Needle And The Damage Done fala justamente sobre ele), e Bruce Berry, seu roadie, também por overdose de heroína.
Como se não fosse suficiente, o primeiro filho de Young nasceu com paralisia cerebral. Logo depois Young, diabético e que já havia tido poliomelite durante a infância, passou a ter ataques epiléticos, o que o deixou receoso quanto a fazer shows, pelo efeito que as luzes podiam causar sobre ele. 
Após isso, seu segundo filho nasceu também com paralisia cerebral, ainda mais severa que o primeiro, e sua esposa descobriu uma rara forma de câncer no cérebro. Vale ressaltar que Neil havia se separado havia pouco tempo.
Todas essas catástrofes que aconteceram com  pouco intervalo de tempo foram o ponto de partida para a trilogia de discos mais sombria, densa e pesada da carreira de Neil Young, talvez da música em geral.


Time Fades Away - 1973


Logo após o grande sucesso de Harvest, Young lançou um disco cru, pesado, gravado ao vivo, sem "máscaras". Time Fades Away é um disco de músicas inéditas, todas gravadas ao vivo. É um disco mais marcado pela morte de Danny Whitten. Young chegou a  dizer que esse álbum foi a pior digressão de sua vida. Destaque para Last Dance







Tonight's The Night - 1975


O disco mais sombrio de Young. Os temas principais são o seu divórcio, os problemas com drogas e a morte de Bruce Berry, citado na faixa-título, que inicia e encerra o disco. Destaque para Mellow My Mind, onde Young vomita seus sentimentos enquanto esgota sua voz, entre diversas "desafinadas".






On The Beach - 1974





O disco mais melancólico e depressivo de Neil Young. Sua capa já reflete tudo: Young, sozinho, de frente para a praia. de costas para uma mesa com duas cadeiras e um carro enterrado na areia. O disco possui ótimas canções, como See The Sky About To Rain, a faixa-título e os três blues, com destaque para Ambulance Blues, 9 minutos de uma narrativa de toda a desgraça que Young sofreu e estava sofrendo.






Após os três discos, Neil Young superou as dificuldades, e retornou ao seu estado habitual, não sem deixar à humanidade o legado de todos os problemas pelos quais passou.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Notícia : Did I Let You Know será single no Brasil


Isso aí, o site brasileiro do Red Hot Chili Peppers informou que, depois de vencer a enquete sobre o próximo single, é Did I Let You Know a música que será lançada como single exclusivo do Brasil, no começo de 2012. No restante do mundo, o single oficial será Look Around.

Achei uma boa, pois apesar de Look Around ser uma ótima música, Did I Let You Know combina mais com o Brasil, é um som mais "praia".
Além disso, foi colocado um site no ar, chamado de A Mosca Sabe. É um lugar onde você conta um segredo para a mosca (da capa do disco) e ela te conta algo, em troca.



A pergunta que fica é: Será que vai ter clipe? Talvez usem imagens dos shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, ou filmem mesmo um, sei lá. E será que esses "segredos" tem a ver com algo? Como ser usado no possível clipe? Em Fevereiro descobriremos...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Nata do Rock apresenta: Neil Young (Parte 1 - Início da carreira)

Pois é, um mito que só apareceu num vídeo da minha primeira postagem. Então hoje e talvez em mais algumas postagens, vou falar mais sobre ele. Neil Percival Young, nascido em 12 de Novembro de 1945 em Toronto, Canadá, começou cedo a carreira. Young é um artista realmente eclético, indo da música country até um estilo mais hard rock, com guitarras sujas e solos pesados, passando pelo folk e até rockabilly.
Sua primeira banda foi o The Mynah Birds, de 1966, mas foi com Stephen Stills e o Buffalo Springfield, a banda formada pelos dois que Young começou a fazer sucesso. Com o fim do Buffalo Springfield, Young resolveu seguir carreira solo com o Crazy Horse, que é sua banda de apoio.
Lançado em 1968, o primeiro disco, intitulado Neil Young, foi bem recebido pela crítica. É um disco de, basicamente, folk rock. Neil ia começar a ter temáticas e melodias mais pesadas a partir de sua fase depressiva, tema da próxima postagem.
Everybody Knows This Is Nowhere, o segundo disco, lançado em 1969, traz um Neil Young um pouco mais pesado, com o uso de guitarras distorcidas. Esse disco tem ótimas músicas, como Cinnamon Girl, Down By The River e Cowlgirl In The Sand. After The Gold Rush, de 1970, e Harvest, de 1972, também são considerados "masterpieces" de Neil Young, clássicos absolutos. Recomendo os dois.
The Needle And The Damage Done, penúltima música do Harvest, é considerada o início da fase depressiva do Neil Young. É uma música com um tema pesado, ela fala sobre a morte de um amigo seu pelo vício em drogas.

Semana que vem vai estar aqui no blog a segunda parte dessa postagem e também o Douglas vai postar a próxima parte da lenda Paul Is Dead.

domingo, 11 de dezembro de 2011

História de Hoje : Frank Zappa e o "tombo".

Bom, pra quem não sabe nada sobre Frank Zappa, primeiro dê uma acessada no link que tá no nome dele. O nome do Zappa já foi mencionado aqui no blog (uma vez só, eu sei, deveriam ter sido mais...) quando eu falei sobre a inspiração do Deep Purple para a música Smoke On The Water: o incêndio do cassino em Montreux, que seria o local das gravações do Machine Head. Além de ter destruído o cassino, o incêndio destruiu também o equipamento dos Mothers Of Invention, a banda do Zappa.


Pois bem, o azar não tinha acabado aí: o show do incêndio havia ocorrido dia 4 de Dezembro. Dia 10 de Dezembro, apenas SEIS dias depois, Zappa e os Mothers estavam fazendo outro show e ocorreu uma tragédia. Zappa foi empurrado do palco por um corno namorado ciumento e caiu num fosso de 5 metros entre o palco e a plateia. 
O resultado disso foi uma perna, tornozelo e crânio quebrados, sendo retirado do local ainda desacordado. Aparentemente Zappa caiu com quase todo o peso do corpo apoiado no pescoço e de alguma forma esmagou suas cordas vocais, nunca mais conseguindo atingir certas notas. Dizem que sua voz desceu aproximadamente uma oitava. 
Os Mothers Of Invention, por causa desse acidente, se separaram, voltando a tocar juntos apenas um ano depois. Zappa, ainda engessado, descansou compondo trabalhos orquestrais. No ano seguinte lançaria dois discos com este material, "Waka Jawaka" e "The Grand Wazoo".








É isso, espero que tenham gostado da história.



sábado, 10 de dezembro de 2011

Os 35 anos do A Day At The Races

Bom, eu e o Gabriel tínhamos feito uma divisão: como ele é fãnzaço do Led Zeppelin, eu abri mão de fazer a postagem dos 40 anos do Led Zeppelin IV, em troca de eu fazer a postagem dos 35 anos do A Day At The Races. Como acabou não rolando, eu vou fazer mais pra frente a postagem sobre o Led IV.
A Day At The Races é o quinto disco de estúdio do Queen, lançado em 1976. Ele é tido como uma continuação da obra prima A Night At The Opera, simplesmente o disco mais bem produzido, caro e perfeccionista que existe.
Eu não acredito muito nessa concepção. Acho que, fora a semelhança na capa, o nome (ambos retirados de filmes dos Irmãos Marx), e o fato de terem sido lançados em sequência, musicalmente não têm muito a ver. Acredito que o Queen II, o segundo disco de estúdio da banda, seja mais semelhante ao A Night At The Opera do que propriamente seu sucessor.
Quanto ao disco, é bem representado pela capa preta, é um disco notavelmente mais pesado que os outros do Queen (fora o primeiro e o Innuendo), apesar de possuir as boas e velhas harmonias vocais, característica da banda. Possui letras um tanto sombrias, fora alguns temas bem humorados, como em Tie Your Mother Down e You And I. O disco possui dois grandes hits: Somebody To Love e Good-Old Fashioned Lover Boy, ambas escritas por Freddie Mercury.
Um detalhe curioso é a divisão da duração das músicas, na contracapa. Como o A Day At The Races é cheio de "reprises" e "vinhetas", eu me acostumei a contar a duração de uma maneira, mas os membros do Queen contaram de outra...
Logo no começo tem uma introdução de mais ou menos 1 minuto, com alguns riffs de guitarra que ainda aparecerão pelo disco, em outras músicas, como White Man e Teo Torriate. Essa introdução não é contada na duração final de Tie Your Mother Down, que é listada como tendo 3'44''. É uma música pesada, com ótimos vocais de Freddie Mercury. Foi tocada nos shows do Queen até a última turnê, que promovia o disco A Kind Of Magic. Apesar disso, sua temática é até engraçada: Freddie, o amante da música, pedindo para evitar os familiares da garota, pois quer aproveitar os momentos com ela. Frases como o próprio nome da música, "Amarre a sua mãe" e "Pegue seu irmãozinho nadando, com um tijolo está tudo certo" tornam essa música única.
Logo após esse coice, vem uma belíssima balada escrita por Freddie Mercury, You Take My Breath Away. Conduzida pelo piano e com vocais suaves, é adequada para suceder Tie Your Mother Down. Nessa música, também, há uma diferença na contagem, pois a música, efetivamente, acaba em 4'39'', mas uns segundos depois, volta uma harmonia de Mercury, Taylor e May em loop, repetindo a frase "Take My Breath", e só então começa Long Away, uma bela canção composta e cantada por Brian May.
Quando dizem que Brian tem "voz de emo velho", dá mais ou menos pra entender nessa música. É uma ótima música, mas bem triste. Brian tem uma bela voz, realmente, mas um tanto depressiva.
Após Long Away, vem a ideia mais extravagante e "louca" que Freddie Mercury já teve: "trazer o balé para as massas". The Millionaire Waltz é uma mistura de balé com valsa,  com uma das melhores linhas de baixo já feitas por John Deacon. É uma música polida, pomposa, bem ao estilo do Queen.
Fechando o lado A, vem You And I, um alegre tema escrito por John Deacon. O andamento dessa música me lembra bastante algumas músicas do Elton John.
Logo de cara, abrindo o lado B, nos deparamos com o maior hit do disco: Somebody To Love. Essa súplica por alguém para amar, escrita por Freddie Mercury, é cheia de passagens vocais complicadíssimas que deixam a música simplesmente incrível.
Depois de Somebody To Love, vem uma música um tanto injustiçada: White Man. Escrita por Brian May, tem como tema as tribos indígenas e massacres sofridos pelas mesmas. É, com certeza, a música mais pesada do disco, com um poderoso riff tirado de sua Red Special.
A oitava música, Good-Old Fashioned Lover Boy é, com certeza, a música mais gay do Queen, tanto por sua letra, quanto pela melodia. É incrível, possui uma estrutura bem trabalhada e um solo de guitarra extremamente bem desenhado, como todos do Mr. May.
Drowse é a música mais fraca do disco. Cantada por Roger Taylor, até é legalzinha, mas enjoa fácil e não é nada destacável, como as outras do lado B, inclusive Teo Torriate. Tem uma guitarra meio "country" que se destaca"
Último tema do disco, Teo Torriate começa mais calma, como uma balada, mas dá uma animada no refrão, ora cantado em inglês, ora em japonês. No final, há uma "sheppard tone" no último minuto da música, que aliás já havia aparecido na introdução de Tie Your Mother Down. Sheppard Tone é quando o som dá a impressão de ficar gradativamente mais grave ou mais agudo, porém na verdade ele sequer muda de tom, ficando em loop.

Enfim, A Day At The Races é uma masterpiece do Queen, merece uma postagem assim. É meu disco preferido e um dos melhores da banda. Parabéns a essa obra prima.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Resenha #2: Red Hot Chili Peppers - Stadium Arcadium (parte 2)


Bom, hoje eu vou falar sobre o segundo disco do Stadium Arcadium, o CD duplo de estúdio lançado em 2006 pelo Red Hot Chili Peppers, e o último com John Frusciante na banda (pelo menos por enquanto...).

Mars, o segundo disco, é muito bom também, apesar de ter como música conhecida apenas Tell Me Baby. Logo quando eu ouvi da primeira vez, achei ele até superior ao primeiro disco, Jupiter, mas são mais ou menos equivalentes. Mars é um pouco mais pesado, isso é certeza.


Quanto às músicas, o disco até começa mais calmo, com Desecration Smile, que tem um instrumental bem legal. Tell Me Baby, o hit do segundo disco, e a música seguinte, começa calminha, parece música pra criança dormir, mas depois fica animada, tem bastante groove, bem ao estilo do Red Hot. 


Hard To Concentrate, a terceira música, tem um ritmo incomum pro Red Hot, pelo menos da época, já que tem algumas músicas do novo disco, I'm With You, que são bem semelhantes.
A quarta música é 21st Century, bem dançante até o refrão, daí fica bem Red Hot, e tem um baixo incrível. Logo após vem She Looks To Me, que tem uma melodia bem trabalhada, e é mais calma.
E então vem a maior injustiça do Stadium Arcadium. 

Readymade é simplesmente a MELHOR MÚSICA do segundo disco. Tem um peso como não se via no Red Hot há anos. É cadenciada, tem várias trocas de ritmo, simplesmente perfeita.
Após Readymade, vem If, uma música fraquinha, dispensável. Não gosto mesmo. Make You Feel Better, a oitava música, possui os vocais típicos de Anthony Kiedis, mas não acho essa música tão "Red Hot" assim.

Depois Animal Bar, que começa melódica, calma, mas dá uma animada depois, retoma a qualidade das primeiras. So Much I, a décima música, é mais pesada, bem rápida, e uma das melhores do disco, mas como está mais pro final, não é muito conhecida. A música seguinte tem uma guitarra característica de John Frusciante e do Red Hot, assim como o resto da música. 

Storm In A Teacup tem o groove das antigas da banda, poderia estar tranquilamente num disco como Blood Sugar Sex Magik. We Believe é uma música mais complicada de se ouvir, tem uma bateria muito intrincada, cheia de contratempos, mas vale a pena tentar.

A música seguinte, Turn It Again, é a maior do disco, com 6'06''. Destacam-se nela o baixo de Flea e a guitarra de Frusciante. Para fechar o disco vem Death Of A Martian. Nada demais, audível. Acho que Mars merecia um fechamento mais digno, com uma música mais forte e marcante, como Readymade.



O segundo disco também é bem bom, pra mim é nota 8.

Uma curiosidade: O Stadium Arcadium, ou o Red Hot, no caso, ganhou o Grammy de 2007 pelo Melhor Boxset do ano. Agora olhem para a imagem abaixo e entendam o porquê...




Primeira parte da resenha: http://natadorock.blogspot.com/2011/11/resenha-1-stadium-arcadium-parte-1.html

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

31 anos sem John Lennon

“Não estava pensando com clareza. Tive uma horrível decisão de acabar com a vida de outro ser humano por razões egoístas. Pensava que se matasse John Lennon eu me tornaria alguém, e ao invés disso, tornei-me um assassino, e assassinos não são ninguém”. - Mark David Chapman


Uma infelicidade, envolvendo um fã perturbado, um revólver e um ícone da música. Assim foi o assassinato de John Lennon. 


A famosa foto de Lennon e Chapman, horas antes do assassinato.
Quando Annie Leibovitz entrou no apartamento de John Lennon e Yoko Ono para uma sessão de fotos no dia 8 de Dezembro de 1980, mas sabia ela que seria ela a responsável por uma das fotografias mais famosas da cultura popular do século XX e que essa imagem seria uma das últimas tiradas ao ex-Beatle em vida. Curiosamente, era a foto de Lennon autografando seu disco mais recente para o seu assassino.
O mês de Dezembro corria bem ao músico britânico: depois de cinco anos sem lançar nada novo, Lennon tinha lançado o álbum Double Fantasy, em colaboração com a sua mulher Yoko Ono: uma obra que celebra a vida em família e o amor. Entrevistas, sessões fotográficas e eventos públicos encheram os últimos dias de vida de Lennon em Nova Iorque.
No fatídico dia oito, após uma entrevista à uma rádio, Lennon e Yoko Ono foram para o estúdio gravar uma versão da música Walking on a Thin Ice. Foi por volta das 17:00, hora em que estavam saindo, que Lennon teve o primeiro contacto com o homem que lhe viria a tirar a vida nesse mesmo dia: Mark David Chapman aproximou-se da limousine à chegada ao estúdio para pedir um autógrafo no álbum recentemente lançado. Paul Goresh, o fotógrafo que acompanhava o músico nesse dia, guardou a imagem deste momento que viria a ser mais tarde recordado por todo o mundo.
O casal só abandonou o estúdio por volta das 22h50. Decidiram nessa noite não jantar fora e ir diretamente para o edifício Dakota, na intenção de encontrarem o filho, Sean, acordado. Além disso, Lennon gostava de cumprimentar os fãs que normalmente esperavam horas à porta da sua casa e, por isso, não guardaram o carro dentro do jardim - estacionaram-no na 72nd Street, permitindo que Chapman abordasse Lennon. 
Lennon dando entrevista na rádio.

Ono foi a primeira a sair do carro e rapidamente entrou no edifício. Quando Lennon passou, Chapman alvejou-o nas costas, disparando cinco tiros da sua arma de calibre .38. Apesar de ter errado o primeiro tiro, os outros quatro atingiram Lennon, causando-lhe uma perda fatal de sangue. A polícia chegou poucos minutos depois, mas pouco havia a fazer: Lennon tinha perdido 80% do seu sangue e quando chegou ao hospital Roosevelt, já estava inconsciente e sem pulso. Morria aos 40 anos um dos ícones da música popular do século XX.
O que fica de Lennon é seu legado musical e uma luta por um mundo de paz. Coisas que devem sempre serem lembradas.


Pra quem não sabe, dois anos depois o Queen prestou uma homenagem a Lennon, com a bela balada Life Is Real, presente no Hot Space.




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Raridades (ou não) do Queen (parte 3)

Bom, hoje eu trago as últimas raridades do Queen, pra fechar esses dias de homenagem aos 20 anos sem Freddie Mercury. Pra terminar, continuaremos da ordem cronológica, do News Of The World até o Innuendo.

We Will Rock You Fast (1977 - News Of The World)


Melhor que a original, uma versão rápida e viva, diferente daquela de estúdio.


Sandbox - Uma demo da convenção de fãs, essa versão já é meio que uma "clean version"

Soul Brother (1982 - Hot Space)


Mezzo blues mezzo sei-lá-o-que, essa música é bem no estilo do Hot Space (Freddie encarnando a diva da funk music)

I Go Crazy (1984 - The Works)


Essa é injustiçada, era a melhor música do The Works, mas o Queen deixou ela de fora...

Thank God It's Christmas - Um single lançado no Natal, não fez parte de nenhum disco.

Lost Opportunity (1991 - Innuendo) 


Um blues com mais instrumental que vocal, e é cantado por Brian May.

My Secret Fantasy - Muitas vocalizações, sintetizadores, e nenhuma guitarra. Uma melodia bem "estranha".
Robbery - Bem curta, lembra I Want It All, pelo peso. 
Self Made Man - Me parece que é cantada pelo Brian May, com uma ponte no meio cantada por Mercury, não consegui identificar bem. É bem diferente do que o Queen costumava fazer...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Deep Purple no Montreux Jazz Festival 2011

Isso aí, o Deep Purple tocou mais uma vez no Montreux Jazz Festival. A banda, que já perdura há 9 anos com a mesma formação (milagre ou era culpa do Blackmore?), fez um show, apesar dos quase 70 anos de Ian Gillan, incrível, coisa do tamanho dessa banda magnífica.
Acompanhados de uma orquestra filarmônica durante toda a sua turnê The Songs That Built Rock (aliás, mesmo setlist da Rapture Of The Deep Tour, só que com outro nome...), o Purple mostrou porque ainda vale a pena gastar uma graninha para vê-los. Como sempre, um instrumental arrasador, e achei o Gillan um pouco melhor do que no show de Porto Alegre em 2009, que eu fui.
Acredito que esse show possa também virar um DVD, assim como os shows em Montreux de 1996 e 2006 viraram.

Link para o show completo, em boa qualidade:

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Raridades (ou não) do Queen (parte 2)

Dando continuidade à postagem de sábado, trago a vocês mais algumas demos e músicas não lançadas pelo Queen.
Apesar de eu ter dedicado a primeira postagem exclusivamente ao The Miracle, faltou uma demo. Quem conhece um pouquinho mais do Queen, sabe de que música vem a frase inicial "When love breaks up...". Não se lembra? Bem, ela vem do início de Breakthru.
Agora, o que poucos sabem é que aquela introdução com piano é outra música, composta por Freddie Mercury. Se conhece 1:30 dela, pois está cortada, e se chama A New Life Is Born.

Depois dessa demo, vamos agora na ordem cronológica:

Silver Salmon - Queen (1973)


Era escolher entre essa, Jesus e Mad The Swine, pois eram 3 músicas sobre religião, e o Queen não queria ser visto como uma banda católica. Optaram por escolher Jesus. Silver Salmon é uma música pesada, com vocais agressivos de Freddie Mercury, bem Queen das antigas. Vale uma conferida.

Mad The Swine - Queen (1973)


Também uma ótima música, mistura momentos leves com mais pesados. Como dito antes, fala sobre religião e também tem o estilo do Queen do começo da carreira.

See What A Fool I've Been - Queen II (1974)


Se uma das coisas que eu reclamo é a falta de blues na discografia do Queen, pelo menos essa música veio a público. É uma "sátira" aos blues do Led Zeppelin, Brian May usa uma progressão de notas semelhante às de Jimmy Page e Freddie Mercury abusa dos falsetes como Robert Plant. Ótimo som também.

Feelings, Feelings - News Of The World (1977)


É uma música bem curta, de menos de 2 minutos de duração. Gosto bastante, até poderia ter entrado no disco. Ela tem um ritmo bem cativante e os vocais de Mercury são ótimos.

Feelings - Essa música também lembra bastante Led Zeppelin, pelo instrumental. Essa sim é uma demo, não chegou a ter uma versão final. Ela tem nome parecido, mas não se deve confundir com Feelings, Feelings, a música de cima, são bem diferentes.

domingo, 27 de novembro de 2011

Paul Is Dead parte II - Abbey Road

Oi todo mundo. Sei que vocês não devem lembrar de mim, afinal fiquei um bom tempo sem postar aqui. Queria pedir desculpas, tive de abandonar o mundo dos blogs por um tempo, por problemas pessoais. Pra quem não lembra do meu trabalho venho hoje continuar a falar sobre a lenda do Paul Is Dead. Dá uma procurada nas antigas postagens que você encontra a primeira parte.

Hoje eu vim falar sobre o disco Abbey Road, de Setembro de 1969 (hum... 69 -qqq).

Bom, a capa desse disco é sem dúvida - segundo os fanáticos - a maior prova da morte de Paul. Veja:

beatles   abbey road 40 Anos de Abbey Road

Primeiro fato notável nessa foto: novamente terno. É engraçado o quanto a banda insistia em fazer parecer que estava havendo um funeral. Estariam eles atravessando a Abbey Road para chegar em um cemitério na outra quadra? Mas o pior de tudo é: O que leva Paul McCartney a andar de terno e sem sapatos? É isso mesmo, pode conferir. Nessa cena de enterro, temos como padre John Lennon - de roupas brancas (não sei se faz sentido mas é o que se diz). Ringo estaria vestido de luto, pela perda do colega e amigo, usando por isso um terno preto. Logo atrás dele, a grande atração da noite: o defunto. A história dos sapatos, que citei anteriormente, tem relação ao fato de que em algumas religiões os mortos são enterrados assim, de pés descalços. Eu sabia o motivo, mas não lembro, então procura se tiver interessado. O fato dele andar no passo trocado, como se dissesse que está indo no caminho inverso. E acho que nada melhor do que o cigarro, que sem dúvida alguma representa bem a morte - mas não é estranho um canhoto segurar o cigarro na mão direita? Possível erro do sósia? Bom, encerrando a comitiva vem o coveiro, George, único que não está de terno, apesar de também usar camisa e sapato. Está vestido como um trabalhador realmente.

Há quem diga também, que o carro de polícia parado na rua, demonstra que ele pode estar atendendo uma ocorrência. Será que não seria a do acidente de trânsito no qual Paul teria morrido? Isso explicaria, porque há um carro seguindo na rua - veja bem: como se tivesse atingido Paul e seguisse seu caminho. Sim, afinal, ele está já bem afastado. Teria sido esse o carro do acidente que matou Paul McCartney? Mas o carro que rouba a cena nessa capa é outro. É o fusca branco estacionado no outro lado da rua. Na verdade, sua placa:


Na placa está escrito: LMW - 28IF. Teoricamente está subentendido aí: Linda McCartney Widow - Linda McCartney Viúva (acho que dispensa explicações). O mais engraçado na minha opinião é o "28 if" que dizem ser uma frase apenas começada: 28 if alive - que ele teria 28 anos se estivesse vivo. Ora, Paul McCartney nasceu em junho de 42, sendo assim, em setembro de 69 ele já teria 28 anos. Essa pra mim é a melhor, mas há ainda a pista da contracapa, há alguns tiros antes da palavras Beatles, brinque de ligar os pontos, e de repente você entende o que quer dizer. Agora eu vou indo que ainda tenho 2 blogs pra atualizar e to bem cansadão. Até mais, dessa vez vou tentar não demorar tanto para voltar a postar aqui. Ah, a dica dessa postagem, para ir aquecendo para a próxima: I am the Walrus - uma das minhas favoritas da banda, tem muito a ver com essa lenda. Tchau.

sábado, 26 de novembro de 2011

Raridades (ou não) do Queen (parte 1)

Bem, existem alguns tipos diferentes de admiradores do som do Queen (traduzindo:fãs), alguns eu exemplifico aqui abaixo:

- Nível 1 - Fã poser ao extremo : "Tum, tum pá. Tum tum pá!"/" Weeeeee are the champions"/ "Love of my liiiiiiiiiiife"/ Ah, eu curto aquela que tem ópera também, como é o nome? Mama, né?

Pois é, esse é o "fã" que conhece as megaclichês que todo mundo, inclusive o mendigo da esquina, conhecem. Pra ele, Queen se resume a essas 4 músicas. Hammer to Fall? I Want It All? Que vem a ser isso?

Nível 2 - Fã poser - Além dessas 4, conhece também Who Wants To Live Forever, Under Pressure, as duas de cima e "aquela da propaganda da claro"

Nível 3 - Fã Greatest Hits - Conhece as músicas das coletâneas. E só.

Nível 4 - Fã conhecedor - Se engoliu aquelas melodias LIXOSAS tipo Body Language e Delilah, pouco importa. O que interessa é que procurou conhecer a discografia da banda.

Nível 5 - Fã pesquisador - Pra esse, que é o meu caso, não basta a discografia. Se os caras têm som engavetado, E ELES TÊM, é interessante ouvir, por que não? Procura na internet músicas não lançadas, demos e etc.

Baseado na proposta desse blog, como eu já atingi os 3 primeiros níveis, com as Quintas Underground 1 , 2, 3 e 4 , agora eu vou mostrar raridades que o Queen nunca lançou em discos de estúdio originais, pelo menos ainda, pra quem quer conhecer. Hoje serão as músicas não lançadas no The Miracle.

Stealin' e Hijack My Heart

Quando digo que o The Miracle devia ter sido um disco duplo, aqui há 2 bons motivos. Essas músicas são ótimas, tanto que fizeram uma versão final para as duas, mas apenas as lançaram como B-sides dos singles.

Stealin tem um toque único do violão do Brian May, além do baixo bem fodão do John Deacon. É um música  melhor que My Baby Does Me, por exemplo, e que entrou no disco.

Versão single (qualidade ótima, teve algumas partes refeitas)


Versão original (uma bela demo de 12 minutos, com direito a várias jams)


Hijack My Heart é cantada pelo Roger Taylor, e também é bem legal, ficaria tri no disco, tem uma letra meio romântica.

Essa duas músicas são casos particulares, porque também tem as músicas que ficaram apenas na versão demo, algumas estão aí embaixo.

Dog With A Bone - Mais pesada, repete bastante a letra, pequena, mas é bem legal também. Bem trabalhada, poderia ser um reforço num Miracle duplo. Gosto muito dessa música.
I Guess We're Falling Out - Um verso de letra, um de vocais improvisados. Mas vale a melodia, bem interessante.
A Fiddly Jam - Pra quem conhece Hang On In There, sabe o BAITA riff que o Brian botou fora, pra finalizar a música. Mas não são só aqueles 40 segundos, tem mais um tempinho, nessa jam.

Tá aí, pra quem quer conhecer mais. Espero que curtam.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

20 anos sem Freddie Mercury

Há exatos 20 anos, se apagava a estrela de um dos maiores, senão o maior, nome do Rock e da música em geral. Freddie Mercury, que há alguns anos travava uma ferrenha batalha contra a tão temida AIDS, acabou por se render e sucumbir à tal em 24 de Novembro de 1991, um dia depois de anunciar para o mundo sua doença.
Não foi uma batalha em vão. Os 4 anos que viveu sabendo que era soropositivo foram talvez os mais produtivos dele e do Queen. Obras incríveis como The Miracle, Innuendo, seu disco solo, Barcelona, vieram à público nesses anos.
Glam, rocker, macho man. Todas essas fases do visual de Freddie simbolizavam perfeitamente sua personalidade: extravagante, pulsante, cheia de vida. Sempre pensando em, como se diz em inglês "have a good time". Freddie, apesar disso, se queixava de sua vida amorosa: era um homem que não conseguia encontrar seu verdadeiro amor. Isso é realmente bem expresso, no começo Freddie teve relacionamentos com mulheres (como Mary Austin, com quem viveu durante 6 anos, e foi quem soube primeiro da opção sexual de Freddie) e homens.
E, como essa promiscuidade era uma roleta russa na época, e ainda é, mas em menor escala, infelizmente Freddie foi sorteado nessa roleta, levou o "tiro", e com ele, uma doença que, na época, se equivalia à assinatura de uma sentença de morte.
Apesar disso, como Brian May já relatou certa vez, "Freddie sempre enfrentou sua doença de cabeça erguida. Ele era realmente forte, nunca o vi reclamar da vida". E realmente, Freddie foi guerreiro. Já em 1989, estava bem doente, apesar disso, gravou incrivelmente os vocais para as músicas do Miracle. Foi a premiações, fez videoclipes.
Já em 1991, no último ano de sua vida, Freddie demonstrou ainda mais dedicação. Brian disse que, "quanto mais doente, mais Freddie queria trabalhar". Provavelmente, isso era uma terapia.
Para as gravações do Innuendo, percebe-se uma voz mais doente, mais aguda (isso também é notável nos últimos trabalhos de Cazuza e Renato Russo). Freddie dava o máximo de si. Brian conta que, na gravação de The Show Must Go On, a última para o Innuendo, ele estava com dúvidas quanto a capacidade de Mercury para cantar. Ele fazia a voz guia, e acreditava que a música exigia muito para alguém que cansava facilmente se ficasse algum tempo em pé.


Pois não é que entra Freddie no estúdio, depois de consumir algumas doses de vodka e fala "I'll fucking do it, darling", algo como "Vou sim fazer essa merda, querido". E foi lá e gravou a música em apenas um take.
E essa mensagem, tanto da música quanto da bravura demonstrada nos últimos anos de sua vida, deve ser tomada como exemplo. Freddie pode ter morrido, mas seu legado e sua música viverá para sempre, pois sua obra e talento são eternos. Vida longa ao Queen. Vida longa à Freddie Mercury.





THE SHOW MUST GO ON!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Resenha #1: Red Hot Chili Peppers - Stadium Arcadium (parte 1)




Stadium Arcadium é o nono disco de estúdio do Red Hot Chili Peppers. Lançado em 2006, é um CD duplo que possui aproximadamente duas horas de duração, sendo o último trabalho da banda (pelo menos por enquanto) com John Frusciante, que sairia do Chili Peppers em 2009, após a volta das "férias", tiradas logo depois da turnê do disco.

Para compensar a capa, meio sem graça, o disco tem umas texturas instrumentais bem interessantes, um dos trabalhos mais calcados em riffs, solos e ideias de Frusciante, que está acima da média nesse disco, fazendo frente ao Flea, o que é realmente raro. Além disso, após ouvi-lo todo, percebi que o disco possui algumas harmonias vocais, principalmente nos refrões, que não é comum no Red Hot.

DISCO 1: JUPITER

Apesar de conter os maiores sucessos do disco, singles e tal, acho inferior ao segundo disco, apesar de também ser ótimo. Um erro que o Red Hot comete desde o lançamento do Californication, é colocar geralmente as 7 melhores músicas logo de cara, o que faz com que outras boas canções, que ficam no final do disco, sejam desvalorizadas.

Imagem do encarte do disco
Quanto às músicas, Jupiter começa logo de cara com o maior hit deles dos últimos anos, Dani California, aliás, som completamente "praia", mostrando a que veio. Logo em seguida, vem Snow ((Hey Oh)), que não é nem balada, nem muito pesada, um meio termo. Apesar de ter uma construção e uma melodia interessantes, é uma música um pouco repetitiva nos últimos minutos, seria melhor se tivesse 4:30, como a versão do clipe, em vez de 5:30.

A terceira música é Charlie, tocada no RIR esse ano. Tem um baixo interessante, os contratempos entre bateria e guitarra são bem legais, mas o destaque mesmo é o refrão. Após Charlie, vem Stadium Arcadium, a  faixa-título do disco, essa sim, bem melódica, puxada para o lado da balada. É mais desconhecida, porém é uma ótima música, superior a Charlie.

A próxima provavelmente todos conhecem. Como já vi em um cometário no Youtube, "não tem como não fazer pelo menos uma cara de retardado ouvindo esse refrão." Também, pudera... "Hump De Bump, Doop Bodu / Bump De Hump, Doop Bop...". A melodia retardadamente incrível de Hump De Bump é completamente cativante e viciante, é uma música diferenciada.

A sexta música, She's Only 18 me lembra bastante a faixa-título de Blood Sugar Sex Magik, inclusive no seu andamento. Além disso, tem um baixo bem proeminente. Slow Cheetah, a música seguinte, é bem melódica, mais puxada pra balada, como Stadium Arcadium. 


Das oito primeiras, Torture Me é a mais fraca. A sucessora de Slow Cheetah é legalzinha, mas é bem barulhenta, tem vocais meio chatinhos e enjoa fácil. Destaque (sempre) para o "baixo que fala" do Flea e o solo de Frusciante... Strip My Mind, a nona música, não é a melhor de todas, mas tem um andamento cadenciado bem legal e uma melodia de nóia total.

A música segunite, Especially In Michigan, merece destaque. Aliás, é a surpresa positiva do primeiro disco, é do nível dos hits, porém como está entre as últimas, desconhecidas, não é exceção.

Bem funkeada, no melhor estilo Red Hot das antigas, vem Warlocks, onde mais uma vez o baixo do Flea "fala" com quem está ouvindo o disco. C'mon Girl, a música seguinte, tem o andamento de Parallel Universe, com um baixo bem pronunciado. Ótima também. Wet Sand é uma música meio encheção de linguiça. Não é ruim, mas não é criativa. Audível, eu diria. E para fechar o ótimo primeiro disco, uma música meio "praia" também, Hey.




Jupiter, um disco com mais altos que baixos, apesar de não manter o nível na segunda metade, em relação á primeira (até uma covardia, diga-se de passagem), pode ser ouvido inteiro sem ressalvas. Pra mim, nota 8,5.