quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

31 anos sem John Lennon

“Não estava pensando com clareza. Tive uma horrível decisão de acabar com a vida de outro ser humano por razões egoístas. Pensava que se matasse John Lennon eu me tornaria alguém, e ao invés disso, tornei-me um assassino, e assassinos não são ninguém”. - Mark David Chapman


Uma infelicidade, envolvendo um fã perturbado, um revólver e um ícone da música. Assim foi o assassinato de John Lennon. 


A famosa foto de Lennon e Chapman, horas antes do assassinato.
Quando Annie Leibovitz entrou no apartamento de John Lennon e Yoko Ono para uma sessão de fotos no dia 8 de Dezembro de 1980, mas sabia ela que seria ela a responsável por uma das fotografias mais famosas da cultura popular do século XX e que essa imagem seria uma das últimas tiradas ao ex-Beatle em vida. Curiosamente, era a foto de Lennon autografando seu disco mais recente para o seu assassino.
O mês de Dezembro corria bem ao músico britânico: depois de cinco anos sem lançar nada novo, Lennon tinha lançado o álbum Double Fantasy, em colaboração com a sua mulher Yoko Ono: uma obra que celebra a vida em família e o amor. Entrevistas, sessões fotográficas e eventos públicos encheram os últimos dias de vida de Lennon em Nova Iorque.
No fatídico dia oito, após uma entrevista à uma rádio, Lennon e Yoko Ono foram para o estúdio gravar uma versão da música Walking on a Thin Ice. Foi por volta das 17:00, hora em que estavam saindo, que Lennon teve o primeiro contacto com o homem que lhe viria a tirar a vida nesse mesmo dia: Mark David Chapman aproximou-se da limousine à chegada ao estúdio para pedir um autógrafo no álbum recentemente lançado. Paul Goresh, o fotógrafo que acompanhava o músico nesse dia, guardou a imagem deste momento que viria a ser mais tarde recordado por todo o mundo.
O casal só abandonou o estúdio por volta das 22h50. Decidiram nessa noite não jantar fora e ir diretamente para o edifício Dakota, na intenção de encontrarem o filho, Sean, acordado. Além disso, Lennon gostava de cumprimentar os fãs que normalmente esperavam horas à porta da sua casa e, por isso, não guardaram o carro dentro do jardim - estacionaram-no na 72nd Street, permitindo que Chapman abordasse Lennon. 
Lennon dando entrevista na rádio.

Ono foi a primeira a sair do carro e rapidamente entrou no edifício. Quando Lennon passou, Chapman alvejou-o nas costas, disparando cinco tiros da sua arma de calibre .38. Apesar de ter errado o primeiro tiro, os outros quatro atingiram Lennon, causando-lhe uma perda fatal de sangue. A polícia chegou poucos minutos depois, mas pouco havia a fazer: Lennon tinha perdido 80% do seu sangue e quando chegou ao hospital Roosevelt, já estava inconsciente e sem pulso. Morria aos 40 anos um dos ícones da música popular do século XX.
O que fica de Lennon é seu legado musical e uma luta por um mundo de paz. Coisas que devem sempre serem lembradas.


Pra quem não sabe, dois anos depois o Queen prestou uma homenagem a Lennon, com a bela balada Life Is Real, presente no Hot Space.




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