quarta-feira, 24 de junho de 2015

Já que a Copa América tá voltando hoje...

nada melhor do que dar uma passada por outras... "seleções" do Rock. Particularmente, a minha preferida, depois do Rock nacional, é a argentina. Só fera :D mas né, sem enrolação, hoje é dia de postagem simples.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Parabéns ao Ilustríssimo: Paul McCartney


Falar sobre o Sir Paul não é novidade no Nata do Rock, principalmente quando envolve aniversários. Então vamos lá falar um pouco sobre ele, algumas curiosidades nem tão novas:

1. Dizem que Paul de verdade morreu em 1966, num acidente de moto e ficou um cara no seu lugar. Tanto que no final de Strawberry Fields Forever, John diz ''I Buried Paul'' e em While My Guitar, George ''chora'' um ''Paul, Paul, Paul...''. Acredite se você quiser, para saber mais, clique na palavra ''aniversários'' dessa postagem.

2. Ele já foi indicado ao Oscar pelas músicas Live and Let Die e Vanilla Sky, ganhando apenas em 71 por Let It Be.

3. Falando em Let It Be, essa música veio de um sonho que ele teve com a sua mãe, assim como Yesterday, que ele sonhou com a melodia...Acordou simplesmente e foi tocar em seu piano, tanto que a letra é só um encaixe.

4. O cara é tão intuitivo que ele teve uma breve indisposição antes de saber da morte de John. Era uma manhã tranquila, onde ele estava conversando com sua esposa e então, sentiu uma tontura. Logo após, avisaram a tragédia...Aí sim, ele se isolou por uns tempos e ficou ''fora de si''.

5. Ele é o único Sir da banda...TÁ ISSO NÃO É NOVIDADE, MAS VALE RELEMBRAR!

6. Além de tocar muitíssimos instrumentos, de compor, de atuar (é, nem tanto)...Ele pintou mais de 500 quadros. E como se não bastasse, virou um ativista vegetariano que parou com as drogas logo após o nascimento de sua última filha.

Ok, essas são breves curiosidades sobre o Paul...E fique claro que o talento desse cara é de outro mundo, que eu tenho orgulho de ele ser do mesmo signo que eu (por isso, o talento para as artes), que sou fã dele e que ele merece muitas views no blog...Porque...ele é o Paul, simples! Parabéns man! 



quinta-feira, 18 de junho de 2015

Nata do Rock Apresenta: Médicos de Cuba

Resolvemos inovar na postagem, pois o Nata deve dar espaço a bandas que são nossas. Devemos sim valorizar o rock nacional!


        A banda curitibana Médicos de Cuba tem personalidade arrojada e originalidade feroz. Formada mais ou menos em 2013 tem como integrantes Vinicius Hasselmann (bateria), Saulo Panek (baixo), Vinicius Windmoller (guitarra) e Wagner Prochno (vocal). Quando ouvi Pastel e Vem no Gás, achei muito bacana e foi o que me impulsionou a postar primeiro. Acabei adorando o som da banda. Por enquanto, só entrei em contato brevemente com o Hasselmann – Que foi muito querido, por sinal. É uma banda nova, mas uma das poucas que se salvam. Jesus de Fora é o oposto de Pastel, por exemplo. É mais crítico e ácido – single de 2015 faz uma sátira ‘’a tendência de classes privilegiadas a tentar representar minorias as quais eles não fazem parte’’, quase um Ricardo Lísias da música. Podemos dizer que a banda não economiza nos riffs e é uma nova fase, assim, tomando um foco, amadurecendo. Não revelarei todas as músicas do disco ‘’Recém Casados’’, justamente para despertar a curiosidade nos nossos leitores, mas super recomendo a banda. Uma banda recente, que está fazendo muito sucesso por aí.

Curtam o pessoal e sigam também:






sábado, 13 de junho de 2015

Quando palavras não são necessárias... 22

Bem, cá estamos, mais uma vez, para fazer aquela postagem clássica, tradicional, de cada mês :D só, antes de ir às músicas, gostaria de agradecer o feedback simplesmente MONSTRUOSO que tivemos da resenha do 13. E tudo porque divulguei direto na página do Sabbath. Só tenho uma coisa a dizer: CHUPA, FACEBOOK! Nada como usar o próprio site pra dibrar uma sacanagem que ele faz com os donos de páginas. Enfim, vamos ao que interessa. 


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Resenha #13: Black Sabbath - 13

Bom, ta aí, finalmente a resenha illumninati. Antes que me perguntem o porquê do illuminati, explico: primeiramente, aconteceu a coincidência da resenha de número 13 ser justamente de um disco chamado 13. Só que não para por aí as coincidências. Quando eu me liguei que ia fazer a resenha do último trampo do Sabbath agora em junho, me lembrei que ele foi lançado em junho de 2013 e deixei para ela sair no dia 10, exatamente o dia do lançamento do disco. Não saiu no dia 10, mas igual, a ideia era essa, então... foda-se, é o que vale. Camigoal. 
13 é o décimo nono disco de estúdio do Black Sabbath, lançado em 10 de junho de 2013. Primeiro em 35 anos a contar com os vocais de Ozzy Osbourne, o disco veio cumprindo o que prometeu: ser praticamente um revival do som dos anos 70 da banda. Foi sucesso no mundo todo, vendendo mais de um milhão de cópias, e alcançou o primeiro lugar no hot 200 da Billboard. Mas, logicamente, esse sucesso todo tem uma explicação. 

Quando foi anunciada, em 11 de novembro de 2011, a reunião do Sabbath, o hype foi muito grande. Certamente, ele só aumentou depois do anúncio que Tony Iommi estava tratando um linfoma e que Bill Ward não participaria do disco. Imagine, você tendo a oportunidade de ver o Sabbath ao vivo, de ouvir um disco novo dos caras, e deixar passar, sem sequer saber se Iommi ainda estaria vivo para uma turnê seguinte? Só esqueceram de avisar que o velho é badass demais até pra doença. Atualmente, Tony está bem e, segundo as especulações, o Sabbath vai lançar um último disco e uma última turnê antes de uma aposentadoria definitiva. Mas isso é papo pra outra postagem. 

Voltando ao 13, todas essas situações serviam para aumentar o hype do disco. Todo mundo queria ter uma cópia do disco novo do Sabbath, o qual, segundo o próprio Ozzy comenta (no encarte do disco), "foi sendo adiado durante quase 15 anos por causa de besteiras judiciais e burocracias". Antes de qualquer anúncio sobre as músicas, ainda teve o vídeo mostrando a capa do disco, em 4 de abril. Mas a espera terminou em 18 de abril. Nesse dia, saiu, no canal oficial da banda, no youtube, o vídeo contendo o áudio de God Is Dead?, primeiro single do 13. Foi mais do que o suficiente pra elevar o status da banda. Nove minutos de metal, como nos tempos antigos, sombrio, arrastado. Os fãs já tavam contando os dias pro lançamento do CD e também pra abertura da venda de ingressos pros shows aqui no Brasil (o anúncio dos shows coincidiu com o lançamento de God Is Dead?, tanto que saiu até postagem sobre isso). Um mês depois, em 15 de maio, End of the Beginning, outro single. Outro sucesso.

E eis que, em 10 de junho, chega às lojas o novo trampo do Sabbath. Eu ganhei o meu da Bruna uns meses depois, edição especial lá picareta Tony Iommi Brian May deluxe gold dos extras que cabiam no disco mas né. O disco tá bem caprichado, com um encarte maneiro, etc. Agora, produção do Rick Rubin SEMPRE dá treta. Pelo menos as mais recentes. E o grande defeito do 13, ao meu ver, é mais ou menos o que aconteceu com o Death Magnetic, do Metallica: loudness war. Pra variar, Rubin não soube a hora de parar de comprimir a track e ficou meio alto demais, quase estourado. É foda isso, porque ele já produziu discos sensacionais, sem nenhum problema de masterização, como o Blood Sugar Sex Magik, do Red Hot Chili Peppers. Mas vamos ao tracklist. 

Abrimos os trabalhos com End of the Beginning, já mostrando a que está disposta a banda. Iommi já começa pegando pesado, junto com Geezer e Brad Wilk, batera do Rage Against the Machine, o escolhido para o lugar de Bill Ward. Depois de um minuto de porradaria, a música dá uma acalmada, com Iommi repetindo o riff do início, só que nas notas, em vez dos acordes, e Ozzy entra. Não é nada inovador, e é uma música que lembra MUITO Black Sabbath (a música), do primeiro disco. Mas né, é o que queremos ouvir. Inclusive, logo após algumas estrofes, a música para e Iommi puxa outro riff, bem ao estilo do que o Sabbath fazia bastante nos primeiros discos. A música acelera, Geezer espanca bastante o baixo, como de costume, é o Sabbath de volta. Aliás, como de costume, as letras são de Geezer, e estão sensacionais. Quanto a isso, nada mudou. Interessante ressaltar que Tony, nesse disco, não fica abusando de 23478932758974893 tracks de solo simultâneas. Agora, o solo dele é gigantesco, principalmente no final. Lembro até hoje dessa música no show, geral acompanhando o final num coro. 

E, depois de oito minutos apreciando a primeira música, temos mais nove pela frente, na segunda. Trata-se de God Is Dead?, o grande sucesso do disco. Arrastada, ela tem o momento de peso no refrão, nas estrofes temos um momento mais calmo, com Iommi destrinchando o acorde em várias notas e Geezer contido. É outro som maneiro, mas acho que, assim como End of the Beginning, ficaram longas demais. Outro problema da produção de Rubin. As duas, com 6 minutos, talvez 6 minutos e meio, tavam show. Uma com oito e outra com nove minutos fica meio "estou com vontade de pular a música, mas ela não é ruim, só longa". E, se justifica, porque aos seis minutos, rola aquela paradinha e Iommi puxa outro riff, esse simplesmente SENSACIONAL, e acelera a música, mantendo ela pegada assim até o final. 

A terceira música é Loner. Um pouco similar a N.I.B., é uma das que eu mais curto. Um riff seco, nem acelerado e nem arrastado, mas na medida. Infelizmente, foi tocada apenas uma vez ao vivo, na Austrália, justamente para entrar no DVD da turnê. Ozzy aqui tem uma das melhores performances do disco. Falem o que quiser, mas o velho ainda manda muito bem. No show ele provou que apesar da idade (e da sequela), ele ainda tem pique pra muito rock. Quanto a Iommi, acho que, ouvindo bem ao fundo, estou conseguindo perceber um violão, nas pontes antes de voltar pro riff. Aliás, falando em violão, é justamente o que aparece na música seguinte, Zeitgeist. Essa me lembra muitas das minhas músicas preferidas do Sabbath como Planet Caravan e Solitude. Só acho que a linha vocal de Ozzy não fechou tão bem com o instrumental mais sombrio. Ele deveria soar mais contido, não arriscar tanto nos agudos. Mas ainda assim, é uma música senssacional. Aliás, sensacional é a definição de tudo que sai das mãos de Iommi quando ele pega o violão. É música pra apagar a luz e ficar viajando sem sair do lugar. Simplesmente sensacional. 

Age of Reason surge como a quinta música, para nos acordar após Zeitgeist, e lembrar que, apesar desses momentos mais relaxantes, o negócio do Sabbath é porrada. E ela cumpre bem esse propósito. Junto com as duas primeiras do disco, foi tocada ao vivo aqui em Porto Alegre. Aqui não tenho medo nenhum de dizer: os sete minutos de duração deixaram a música chata. Tu chega no terceiro minuto pensando sobre quando ela vai terminar. Aqui a banda cagou em não ter feito ela com 5 minutos. Pelo menos o final é dedicado ao solo do Iommi, que é maneiro. 

A partir daqui, o disco dá uma caída na qualidade. Live Forever é uma boa música, tem um trabalho interessante de Wilk na bateria, mas o problema é justamente o fato das cinco músicas anteriores já serem uma espécie de "mais do mesmo", algumas com duração exagerada. Tu começa a cansar perto do final da audição. Ainda assim, podemos destacar aqui a letra, mais uma bela amostra da qualidade de Geezer como letrista. Damaged Soul, penúltima música, apesar de ter quase oito minutos, dá uma quebrada nesse cansaço, por mostrar um lado blueseiro do Sabbath que eu não me lembro de ter visto em nenhum disco das antigas. E ficou bem maneira a experiência, apesar de, como de costume, achar que ela devia acabar ali pelos 6 minutos, não aos 7:50. 

Pra terminar o disco, Dear Father. Infelizmente, quando chego aqui, já não tenho a mesma paciência de antes. É outro caso de uma boa música que tá longa demais, ela deveria ter uns 4, 5 minutos, não 7. Por isso que critico tanto a produção do Rubin. Se as outras músicas não fossem tão longas, não chegaríamos tão cansados ao final do disco. Ainda assim, é interessante a progressão do riff, que sobe junto com a linha vocal de Ozzy, na estrofe. O final dela também é legal. Quando a música realmente termina, ainda temos uns 30 segundos de chuva, trovoadas e um sino... lembra algo? 

O 13 ainda conta com algumas músicas de bônus. Na edição que eu tenho, temos, num segundo CD (que é MUITA picaretagem pra cobrar mais, porque o mesmo 13 com essas três músicas extras ainda estaria dentro do tempo de apenas um CD), contendo três músicas: Methademic, Peace of Mind e Pariah. Methademic começa bem maneira, com um violão, um dedilhado mais sombrio, até que, a partir dos 30 segundos, a porrada come solta. Ela é mais rápida que o normal do disco, quem manda bem demais aqui é Geezer. Aliás, vale ressaltar que essa é a ÚNICA letra do disco composta por Ozzy. E, duas coisas que impressionam: é uma letra foda e sobre drogas. 

Peace of Mind começa direto com o riff, arrastado como o padrão do disco. É um riff maneiro, e aqui é bem o exemplo do que eu falo. É a música mais curta do disco, com 3:40. Perfeito, não dá tempo de cansar nem nada. E, mesmo sendo curta, tem uma mudança de tempo, depois de Wilk mostrar serviço e quebrar tudo na batera. Ela fica bem hard rock depois disso.

Logo após, temos Pariah. Sinceramente, é a melhor música dos bônus e, pra mim, poderia ter entrado no lugar de Live Forever ou Dear Father no tracklist da versão standard. Ela tem o melhor riff do disco, disparadamente, um andamento hardzão e tem 5 minutos e meio, se destacando entre essas últimas músicas. Aliás, o solo é muito legal, porque Iommi pega mais leve na base, mostrando aí uma novidade em relação ao resto do disco. Ela terminaria o disco original com muito mais brilho do que Dear Father. 

Ainda tem mais uma música, de outra versão bônus, Naïveté in Black. Sinceramente, ela parece mais coisa que o Sabbath faria com o Dio. Mais acelerada e cortante, não é nada demais, mas como bônus tá maneiro. E ela tem uma letra bem legal também.


Bem, vamos ficar por aqui. 13 é isso. É Black Sabbath, de volta, como era pra ser. Apesar de um pouco cansativo em alguns momentos, é o disco que se espera da banda, afinal, a experimentação nunca foi a principal virtude da banda. É um disco que, pro ouvinte que desconhece a discografia do grupo, soaria tão clássico quanto os lançamentos antigos. E é isso que importa.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

On the Charts #26: Os 45 anos do In Rock

Os clássicos não param. Mesmo negligenciando alguns discos aniversariantes, a quantidade de disco bom que vai aparecer no On the Charts esse ano é absurda. E cá estamos com mais um desses (hoje que a internet permitiu isso), então vamos lá. In Rock é o quarto disco de estúdio do Deep Purple, lançado em 3 de junho de 1970. Produzido pelo próprio grupo (aliás, que grande diferença, comparado com os trabalhos medíocres das bandas atuais, que contam com o melhor equipamento e se cercam de vários produtores), foi gravado entre outubro de 1969 e abril de 1970, em estúdios de nome na Inglaterra, como o De Lane Lea e o Abbey Road.

Primeiro disco que conta com Ian Gillan no vocal e Roger Glover no baixo, a clássica Mk II, é parada obrigatória para todo apreciador do som da banda. Posso afirmar, sem medo algum, que a grande mudança do som do Purple começa aqui. Sai aquele rock mais sessentista, moldado para o vocal de Rod Evans, e entra o hard, o peso, os agudos, velocidade, todas as características que marcam o som mais conhecido do Purple. Ainda não é a obra acabada, pelo menos na minha opinião. Aqui sobra virtuosismo, temos cinco ótimos músicos que, praticamente o tempo todo ficam demonstrando sua habilidade, fruto de uma maturidade ainda não totalmente desenvolvida. Pra mim, esse ápice de maturidade se deu com o Machine Head, dois anos depois, onde a banda, além de mais entrosada, já tinha uma maior experiência musical, sabendo melhor em que terreno pisar. Mas o Machine Head é outra história (quem quiser conhecê-la, só clicar aqui). Hoje o disco é outro, e vamos logo a ele. 

Começamos com um Big Beginning. Um acorde, a banda toda fazendo bagunça, o negócio já começa barulhento, e se estende até uns 50 segundos assim, até que ficamos apenas com Lord fazendo uma pequena melodia, dando uma acalmada nos ânimos e... "GOOD GOLLY, SAID LITTLE MISS MOLLY!", Gillan entra mostrando por que estava no lugar que outrora fora de Rod Evans. Speed King é rápida, gritada, técnica. A letra, com apenas duas estrofes, conta com várias referências ao velho rock'n roll,  sensacional. Ela é separada ao meio por um belo solo, como sempre os duelos entre Lord e Blackmore. Speed King, ao vivo, era famosa por ganhar versões quilométricas, beirando os 15 minutos. Bom, quando eu falo que a tônica da banda era essa, de optar mais pela virtuose, é aí que eu me refiro. Os shows da turnê do In Rock, não raro, tinham seis ou sete músicas no setlist. E shows de uma hora e meia, claro.

Seguindo, temos Bloodsucker. Tenho que admitir que foi muita coragem do Gillan regravar ela lá em 1998, no Abandon. Outra música sensacional, completamente negligenciada na época do Blackmore, assim como muitas músicas dos quatro discos clássicos da Mk II. Músicas como Rat Bat Blue, Hard Lovin' Man, Maybe I'm Leo, entre outras, só foram conhecer uma versão ao vivo com Morse nas seis cordas. Chola mais, viúvas do Blackmore. Mas voltemos à música. Um riff grudento, como a maioria que saía das mãos de Ritchie, a banda dando uma segurada maior no improviso, deixado apenas para Gillan a tarefa de alcançar agudos inacreditáveis ao fim de cada estrofe. Adoro o solo dessa música, além de ser divido entre metade guitarra e metade teclado, sempre tem uma quebrada antes de cada volta, mostrando o grande entrosamento da banda.

Fechando o lado A, Child In Time. Bem, é um plágio uma música (mas sim, o Purple, infelizmente, plagiou uma parte da harmonia) que dispensa maiores explicações. Grande clássico da banda, é uma música de 10 minutos que conta apenas com oito versos, repetidos duas vezes. Como isso? Deep Purple dos anos 70. Além dos oito versos, Gillan faz uma vocalização, progressivamente mais aguda, até chegar num momento que... bem, não é à toa que eles não tocam ela há quase 15 anos ao vivo (e, decentemente, há uns 20). Child in Time tem um formato muito similar a algumas músicas do Rush, como The Camera Eye e Xanadu (principalmente a primeira). Ela é construída ao longo dos primeiros seis minutos. Os primeiros três contam com Gillan, os últimos são de solo, onde a banda vai crescendo progressivamente, aumentando a velocidade e o volume. Ao final desse solo, tudo para e, praticamente, voltamos ao início. Os últimos quatro minutos são, basicamente, a repetição de parte dessa sequência. Não considero isso repetitivo, de maneira alguma. É uma música épica, feita em uma época que a preocupação do ouvinte era, de fato, ouvir a música por completo, saborear cada minuto.

Pra iniciar os trabalhos no lado B, Flight of the Rat. Essa sim, totalmente negligenciada pela banda, a única música do disco que nunca conheceu uma versão ao vivo, mesmo sendo um puta som. Um riff simples, rápido, uma letra um tanto quanto divertida. Aqui o solo começa com Lord, passa por Blackmore, depois por uma seção muito funkeada e, após mais de dois minutos de solo, temos uma paradinha e volta o riff do início, para Gillan entrar de novo, repetir o início da letra. Logo após, temos uma outra seção mais funkeada, mais uma volta do riff, e chegamos ao final, onde tudo para, Gillan grita "please stay away", e Paice, sozinho, começa a repetir uma sequência de notas, alternando entre mãos e pés. Começa devagarinho, e, ao longo dos últimos 30 segundos da música vai acelerando insanamente.

Após esses últimos 17 minutos, que representaram "apenas" duas músicas, chegamos à música mais curta do disco. Ainda assim, contando com apenas três minutos e meio, Into the Fire conta com Gillan gritando muito, quebradas, solo de Blackmore e Lord, um final longo, enfim. Já fui mais encantado por ela em outros tempos. Vi ao vivo em 2009, e o Gillan ainda manda bem, dentro do possível, apesar de ter quase 70 anos. Um dos motivos de eu não ser tão encantado assim com ela é esse fato dela NUNCA sair do setlist. Mas é um belo som, sem sombra de dúvidas.

A penúltima música é Living Wreck. Ela certamente seria tão underrated quanto Flight of the Rat, não fosse a banda tocar ela ao vivo algumas dezenas de vezes, em 2006. Ela começa com Paice fazendo uma levada um tanto quanto funkeada, entrando em fade in. É uma música bem divertida de tocar. Aliás, falando em divertida, o que é essa letra? Som simplesmente sensacional, simples, mas intrincado. Ela é mais calma, comparada com as outras, mais parecida com o que a banda viria a fazer em músicas como Strange Kind of Woman e Maybe I'm Leo.

Fechando com chave de ouro esse clássico, Hard Lovin' Man. Outra que começa com um "Big Ending no início", mas bem mais curto, apenas dois acordes e, logo com 20 segundos, Glover já manda a melhor linha de baixo do disco. Esse estilo mais cavalgado vai seguir durante toda a música. Aqui, sem dúvida, os maiores destaques são Lord, Glover e Paice. Apesar de Blackmore tocar bem como sempre e Gillan gritar um monte, não chamam a atenção pra si. Tanto que essa música só entrou no setlist a partir de 2010, e de lá não saiu mais. É uma música longa, cheia de solos, então é melhor pra preservar o velho, mesmo que ele tenha que gritar um pouco de vez em quando.

Pra se ter uma ideia do que estou falando, até os três minutos e meio, o solo é apenas de Lord. Aí Gillan entra, com um pequeno gongo (como ele o faz ao vivo também), para toda a música, e voltamos, agora com Blackmore solando. Aqui a letra é estilo Gillan das antigas, beeeem sugestiva. No final, também contamos com bastante improviso, Blackmore começa a solar e toda a banda desaparece, ficando apenas ele por alguns segundos. Após isso, a banda volta e o som começa a ficar cada vez mais "bagunçado", até que sobra apenas Blackmore de novo, arranhando as cordas da guitarra, fazendo aqueles finais estilo show. Confesso que o disco poderia acabar de forma mais impactante, mas, depois desses 43 minutos, o ouvinte já está anestesiado. E assim terminamos esse clássico.



Edição de 25 anos: entre os extras,
lá está Black Night.
Uma curiosidade interessante é que Black Night não entrou no disco porque faltou espaço. O maior clássico desse disco foi feito pela banda para ser single. Foi mais ou menos o que o Purple fez com Strange Kind of Woman, no disco seguinte. O auge da banda era tão monstruoso que fomos brindados com outtakes, singles que viraram os maiores clássicos. Por isso que eu sempre defendo muito o Purple, em relação a esse menosprezo que ele recebe estando entre bandas como Black Sabbath e Led Zeppelin. Se o Purple tivesse acabado em 1976, seria uma das maiores da história também. Quis o destino que eles voltassem em 1984. Se, por um lado, a banda sacrificou essa "mística", essa grandeza, nos brindou com a oportunidade de assisti-los ao vivo atualmente. E, sinceramente, prefiro essa opção.

Bom, galera, por hoje era isso. Desculpem pela enrolação, mas achei melhor deixar a postagem da Bruna ir sozinha pro blog sábado. Duas postagens no mesmo dia tirariam o impacto individual de cada uma. Valeu! 

sábado, 6 de junho de 2015

Parabéns aos Ilustríssimos: Charlie Watts, Ron Wood e ao Nata do Rock

Claro gente! O equívoco aqui aparece quando Charlie e Ron celebram suas datas no dia 2 e 1 e o Nata, no dia 6. Mas como somos (eu, Bruna, também) geminianos... Por que não fazer uma grande festa? Convido você agora para comer bolo conosco, venha... Não que eu faça aniversário agora, mas organizei tudo.

Começamos homenageando o discreto Charlie Robert Watts e se você falar que ele é o baterista do Mick Jagger, levará um soco (sim, isso realmente aconteceu, ele deu um soco no Jagger). Charlie tinha uma vida simples, era um designer gráfico que decidiu seguir o seu sonho e tocar o seu blues (por mais que ele ame jazz) com a Blues Incorporated, que conta com alguns músicos do Cream. Imagina, uma banda com brancos tocando blues, era algo que chamaria a atenção. E foi o que aconteceu, em 1963 ele entrou no Rolling Stones e está lá até hoje, ele até escolheu o baixista que substituiria Bill Wyman. Charlie é um cara de personalidade, desenhista (que deixa sua marca registrada nos quartos de hotéis), fiel e dedicado a esposa, lançou 7 álbuns solos e luta com as garras da vida contra um câncer (desde 2004), abandonando o passado ruim das drogas lá dos anos 80. Um brinde bem merecido ao Charlie!



Ronald David Wood foi aquele cara que só tocou em bandas boas (opinião minha) como The Birds, The Creation, Jeff Beck Group, The Faces e claro, em 74 virou substituto de Mick Taylor e em 80 ficou oficialmente nos Rolling Stones. Ron é um cara talentoso e gente boa, que toca com grandes nomes como Bowie, Aretha Franklin, Clapton, Rod Stewart. Luta para largar as drogas e cara, só o fato de lutar por algo complicado já te faz um vencedor (e isso vale para o Charlie também). Esse guitarrista que soa liberdade também é um cara de personalidade única! Merece mais um brinde!







Agora chegou a vez do Nata do Rock, que começou quando um cara talentoso e cheio de sonhos quis colocar em prática todo o seu mundo. ''Por que não transmitir tudo o que gosto e o que sei? As pessoas precisam saber disso.'' E com essa sede inquieta de vir ao mundo, saiu o Nata do Rock em um dia frio de junho (ou noite, não sei...Não estava lá, mas imagino a cena). O Nata é uma metamorfose ambulante: Tem um fundador oficial que é o músico Arthur, mas passou por diversos colaboradores especiais que guardamos com carinho. Eu conheci o blog através do Arthur e fiquei fascinada com aquilo, era o que precisávamos para manter vivo o nosso velho rock e divulgar o nosso novo rock e não só rock, mas blues (e como no filme Alabama Monroe, a forma mais pura de blues...O bluegrass), jazz e entre outros. Na época que entrei, tínhamos o titio Sid, o Leão, o Doug e o Arthur. A minha função principal seria falar de Beatles, minha banda favorita, hoje eu falo de tudo, o que quer dizer que ganhei experiência musical. Ah! Um detalhe: Tivemos colaboradores músicos. Somos maioria, o que é muito legal, pois estamos na área e colocamos em prática o que aprendemos, tanto no blog, quanto nos nossos pojetos projetos. Eu tenho que agradecer muito a oportunidade de escrever aqui, pois o blog fez parte de uma história muito bonita que tive com o fundador sonhador do Nata e hoje, é algo que mantém todos os colaboradores unidos - A nossa amizade! E o blog abriu portas para mim, que sou estudante de Letras (o que me deixa realizada). E assim, procuramos evoluir. O Nata não vai parar por aqui. Temos só que agradecer a vocês, leitores, que tornam nosso trabalho possível. Um brinde para todos nós!

terça-feira, 2 de junho de 2015

Top 5 Nata do Rock: Maio

Bem, maio se foi e trouxe com ele duas certezas: primeiramente, precisamos sim fazer planejamento. Abril tinha sido meio ruim com planejamento, maio foi pior sem. De 9 postagens, caímos pra 5. De quase 1300 views, fomos pra pouco mais de 1000. A outra certeza é que podemos crescer sim. Em uma semana, ganhamos mais 7 curtidas na página (agora são 241), um seguidor no twitter e estamos batalhando pra conseguir mais divulgação. Galera, vamos fechar logo essas 250 curtidas, nos ajudem curtindo a página e compartilhando pros amigos. No twitter, a mesma coisa, quem tem, nos siga lá. Não custa nada, mas nos ajuda um monte :D 

Chega de enrolação, vamos logo às postagens mais vistas de maio. Aliás, interessante é que as postagens andam conseguindo um número equilibrado de views. Apesar de, ultimamente, não alcançarmos sucessos, de mais de 100 views e etc, as postagens novas movimentam bastante o dia em que vão pro ar e sempre conseguem números razoáveis, no mínimo. E esse equilíbrio tá bem claro nesse mês que passou, com esse empate triplo na terceira posição. 

Uma daquelas postagens prosaicas, feitas à luz do improviso, mas que sempre são agradáveis de ler (ou ouvir, nesse caso). Certamente veio pro top 5 por causa da divulgação no dia que completou 2 anos. 

Bem, não é nada fora do normal a tradicional postagem mensal de instrumentais estar no top 5. Aliás, a temática, nesse caso, era de conteúdos bônus, outtakes e demos. 

Apesar da felicidade de ver essa postagem no top 5, afinal, o rei do blues tem que ser sucesso, ela tinha que ser primeiro lugar. E no mínimo com 50 views. Se fosse um número de views equivalente à idade do velho King, melhor ainda. 

Apesar de não termos muitas escolhas nesse mês, essa postagem estaria aqui mesmo se tivéssemos mais concorrentes em maio. E com merecimento, afinal, On the Charts é sempre bom de ler e ouvir. Não sei se é o primeiro disco do Sabbath repleto de coincidências e numerologias no Nata, mas não será o último. Estou preparando uma resenha quase Illuminati aqui, de tanta coincidência que permeia ela. 

Mais uma vez, o primeiro lugar ficou com a Bruna. Justo, ela tá em uma imersão no Frusciante ultimamente. Tá ficando interessante essa disputa. Até o momento, tá 3 a 2 pra ela, em primeiros lugares. Em lugares no top 5, o placar tá 14 pra mim, 10 pra ela e 1 pro Leão. Sendo que o Leão fez 1 postagem em 2015. Tá mitando no aproveitamento
Bom, galeris, por hoje era isso. Só lembrando que amanhã tem postagem de novo, e das boas (é On the Charts dum disco do Purple), lá pela segunda semana vai ter resenha dum disco do Sabbath, vai ter os instrumentais, como de costume... tá bem maneiro o planejamento pra junho. Peço de novo que curtam a página do facebook e nos sigam no twitter, queremos atingir um público cada vez maior e melhorar nosso conteúdo. Valeu!