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terça-feira, 24 de setembro de 2013

E o Rock In Rio? (Parte 1)

Diferente da edição de 2011, onde eu realmente malhei o Rock In Rio por ter muita coisa que não tem nada a ver com rock, eu entendi como se faz: simplesmente a gente tem que garimpar os shows decentes, porque Rock In Rio virou apenas um nome. Sinceramente, com o número de shows que valeriam o ingresso, tanto do Palco Mundo quanto, ou até, principalmente, do Sunset, daria pra fazer, talvez, os 5 dias de festival. A questão é que, como eu resolvi acompanhar mais a fundo o Rock In Rio apenas em 2011, o choque foi muito grande quando eu percebi que poucas semelhanças há entre o negócio (no sentido literal da palavra, o business mesmo) que virou o festival, e o grande festival de rock que tomou o Brasil no início de 1985, onde muitos brasileiros tiveram sua tardia iniciação no rock.

Podem até argumentar que "desde aquela época não era só rock". Mas vendo o line up daquela época, que atrações que não eram exatamente rock mas tocavam aqui? "Só" nomes do calibre de Moraes Moreira, Rod Stewart, Ivan Lins e por aí vai. Sinceramente, eu acho que era bem melhor do que David Guetta (que merecia, pra mim, no máximo, um Palco Eletrônico), e, de novo, Ivete Sangalo.

Mas depois dessa abertura, vamos aos shows. Interessante ressaltar que MUITAS bandas de um bom tempo de estrada foram meio que escanteadas, foram colocadas no Palco Sunset, pra dar lugar a bandas mais recentes e que, comparadas com essas outras, não sei se mereceriam Palco Mundo.

Sexta-Feira, 13/09

- Cazuza: O Poeta Está Vivo: Uma bela homenagem. Cazuza recebeu, diferente do Legião em 2011, que foi um tributo pobre, musicalmente, algo digno de sua curta e agitada carreira. Fora Bebel Gilberto, que realmente assassinou as músicas que cantou, só feras: Barão Vermelho (o qual Frejat, desnecessariamente, colocou seu nome à frente do da banda), Ney Matogrosso, Paulo Miklos (aliás, senti falta do Titãs nesse Rock In Rio), Maria Gadú e Rogério Flausino. Em momentos alternados, e juntos, relembraram sucessos da carreira de Cazuza, e do Barão Vermelho com ele. Com certeza o maior destaque do show foi o final, onde Ney Matogrosso cantou Brasil, Codinome Beija Flor e O Tempo Não Pára.

Estilo é o que há xD
- Living Colour: Com a mesma formação que os levou ao sucesso, e que já perdura há quase 30 anos, fizeram um puta show. Realmente levantaram a galera, um som pesado como sempre, com vários sucessos do Vivid, disco de estreia. Corey Glover, o vocalista, mostrou que os quilos a mais não atrapalham na exigente performance vocal que sempre teve no Living Colour, cantando com maestria músicas como Cult Of Personality e Glamour Boys. Além disso, a presença de Angelique Kidjo deu um toque africano bem interessante ao show, com músicas mais voltadas pra esses ritmos. Infelizmente o multishow cortou o show dos caras bem quando eles tavam tocando Voodoo Child (Slight Return), pra entrevistar a Ivete Sangalo. É foda, como diria Sócrates. Interessante ressaltar que esse foi só o primeiro dos shows no Palco Sunset que mereciam Palco Mundo.

Infelizmente, esses dois shows estavam no dia errado. Em um dia onde os destaques são David Guetta, Beyoncé e Ivete Sangalo, a única opção que resta é tocar onde ainda tem um pouco de rock, ou seja, o Palco Sunset, ou abrir o festival, como foi a homenagem do Cazuza.

Sábado, 14/09

Na minha opinião, o melhor dia do festival, disparado. Mas adivinha só? Todos os showzaços rolaram no Palco Sunset. E o pior de tudo é que era um dos dias de rock. Mas preferiram dar lugar ao Florence and the Machine e ao 30 Seconds To Mars ao invés de The Offspring. Não que as duas não sejam sucessos no rock, mas o Offspring tem de sucesso o que esses caras tem de estrada ao total.

- Marky Ramone and Michale Graves: Infelizmente me perdi na hora e quando cheguei, já estavam em What a Wonderful World, penúltima música do show. Não dá pra se dizer que merece Palco Mundo, afinal, o único membro realmente conhecido do grupo é o Marky Ramone, e nem todas as interpretações do vocalista do grupo são tão boas assim, mas só de ver um membro original do Ramones tocando no Rock In Rio já é uma grande coisa, além do fato que dá pra curtir o show de boa, afinal, é óbvio que, de Ramones ali, só sobrou a batera do Marky.

Momento onde Tico Santa Cruz recebe a icônica capa de Raulzito
- Tributo a Raul Seixas: Que me desculpem o Iron Maiden, Metallica, Bruce Springsteen, Bon Jovi e etc, mas esse foi o show mais emocionante. Pode não ter sido o melhor, mas cara, levantou a galera, e mostrou como o Raul era um cara FODA. Falando no Bruce, o Raul era tão foda que nos dois shows do The Boss aqui no Brasil, a música de abertura foi Sociedade Alternativa.
Quanto ao show, em sua maioria, clássicos do Raul. Apesar de achar o show meio pequeno (pra mim faltou, por exemplo, Al Capone, talvez Rock das Aranha, Conversa Pra Boi Dormir), foi só música escolhida a dedo. Aluga-se, Por Quem Os Sinos Dobram, No Fundo do Quintal da Escola, Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás, Tente Outra Vez e Maluco Beleza (ambas com a participação de Zélia Duncan), Ouro de Tolo, Como Vovó Já Dizia e Rock Do Diabo (ambas com a participação de Zeca Baleiro), Cowboy Fora da Lei (que contou com a participação de Arnaldo Brandão e Rick Ferreira, originais da banda do Raul), Gita, Metamorfose Ambulante e Sociedade Alternativa. Essas três últimas o Tico Santa Cruz cantou com a capa original do Raulzito, trazida ao palco pelo Sylvio Passos, presidente do Raul Roque Clube, maior fã clube do Raul no Brasil. Apesar das críticas ao vocal, acredito que a voz do Tico Santa Cruz combina bastante com algumas músicas do Raul por se assemelhar, em momentos, à voz do Marcelo Nova. Enfim, só vendo esse puta show pra entender como foi incrível.

- The Offspring - Apesar das minhas ressalvas quanto ao grupo (aquelas tretas de sempre sobre eles e o Blink copiarem ou não o Green Day), resolvi ver o show. Acho que peguei ele a partir da quinta música e fiquei até o final. Muito bom o show, os caras, apesar de quarentões (quase cinquentões), fazem um show como se fossem os adolescentes espinhentos dos primórdios da banda. Dexter Holland, apesar de gordinho, ainda consegue cantar muito bem as músicas. Foi mais um show do Palco Sunset que realmente levantou o pessoal.

Dinho coloca o nariz de palhaço, depois do tal discurso 
- Capital Inicial - Cara, tá ligado cara, velho, porra, cara, único show do Palco Mundo que eu vi, cara, falou velho? Tá, brincadeiras à parte, o Capital abriu a segunda noite do Palco Mundo com um belo show. Dinho mostrou uma performance melhor do que em 2011, onde parecia sem voz, e a banda ainda fez um tributo à Chorão e Champignon, que morreram esse ano, tocando Só Os Loucos Sabem. Como eu falei ali no início, outra cena marcante do show foi o pitoresco discurso de Dinho sobre os políticos, quando a banda ia tocar Saquear Brasília. Infelizmente, o que era pra ser um discurso de revolta virou motivo de chacota, porque a cada três palavra, o Dinho falava um "cara" ou "velho".

Mais uma vez, tivemos shows dignos de Palco Mundo ocorrendo no Sunset. Cadê a valorização do rock nacional? Por que o tributo ao Cazuza passa no Palco Mundo e o do Raul no Sunset? É esse tipo de coisa que faz, as vezes, do Rock In Rio, uma palhaçada.

Domingo, 15/09

Em mais um dia bem pop, com atrações tipo a fraca Jessie J e Justin Timberlake, mais uma vez minhas atenções se voltaram pro Palco Sunset. E foram dois os motivos:

 - Nando Reis : Apesar de estar um pouco sem voz, e ter que jogar muitas partes das músicas pra plateia, Nando fez um belo show, como sempre. Levantou a galera, acompanhado no final por Samuel Rosa, do Skank.



- George Benson: O grande momento do dia. A LENDA do Jazz George Benson, juntamente com Ivan Lins, assim como ocorreu em 1985. Não foi lá um show de levantar a galera, mas o calibre musical dessas duas figuras é muito alto, inegável a qualidade da música apresentada no show.

- Aurea e The Black Mamba: Vi mais pra passar o tempo, esperando o show do Nando Reis. Eles fazem um som bem interessante, vale a pena dar uma procurada pelo show no Youtube.

- Jota Quest: Ouvi dizer que foi um belo show. Acabei me passando na hora e só cheguei quando eles tavam acabando Brasil, do Cazuza, penúltima música do show. Ainda assim, deu pra ver eles chamarem Lulu Santos no palco e mandarem uma versão bem diferente de Tempos Modernos.

Bom, como eu já tava falando no facebook, minhas impressões da segunda semana não foram diferentes, tivemos shows do Palco Sunset dignos de Mundo. A diferença é que na segunda semana os principais do Palco Mundo eram bandas como Bon Jovi, Metallica, Iron Maiden e Bruce Springsteen. Aí não tem concorrência.

Enfim, acho que eras isso. Até o fim da semana, a segunda parte vai tá aqui também. Fiquem ligados. Valeu!!





sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Confesso que me surpreendi nesse Rock In Rio...

Pra começar, estão lembrados do que eu falei sobre o que seria esse Rock In Rio? Se não, aqui pra refrescar a memória:

http://natadorock.blogspot.com/2011/07/rock-in-rio-ou-pop-in-rio.html

http://natadorock.blogspot.com/2011/07/rock-in-rio-ou-pop-in-rio-2-parte.html

Bom, agora que estão lembrados, eu digo que não foi nada muito fora do esperado: o Rock In Rio 2011 não amarra uma chuteira da primeira edição, de 1985. Apesar disso, houveram algumas bandas interessantes, além do esperado:

- Paralamas do Sucesso e Titãs - Perfeitas para abrirem o show, Paralamas principalmente, pois participou de todos os Rock In Rio no Brasil. Fizeram um show animado, bem entrosado, bom mesmo.

- Elton John - com certeza, o destaque da primeira noite, merecia fechar a noite com chave de ouro, e não vir antes da Rihanna. O "véio" ainda canta bem e brinca de tocar piano, showzaço.

- Capital Inicial - Em meio a um sonolento Snow Patrol e outras bandas menos conhecidas, o Capital parecia que seria ofuscado pelo RHCP. Apesar disso, fizeram um ótimo show, alguns dizem até que foi melhor que o show dos Peppers. Eu, particularmente, não partilho da mesma opinião, porque o show do Capital foi muito bom, mas o do

- Red Hot Chili Peppers - ...foi o destaque da segunda noite, fizeram uma apresentação ótima, apesar de apenas o Flea manter seu estilão doido, mataram a pau, no aspecto musical.

- Motorhëad - Bom, não preciso dizer quase nada. Só que enquando Lemmy estiver vivo, o rock também está. O motoca mandou muito bem no seu show, tocaram tanto que eu vi o show deles e fui dormir, achei que não ia ter mais nada melhor ne noite, porém esqueci que o...

- Slipknot - ...ainda tocaria... Apesar de não gostar das músicas deles, admito que o show foi um dos melhores. O Slipknot é quase um Kiss dos novos tempos, o aspecto artístico importa mais que o musical, pra eles. Porém ainda tem algumas músicas do Kiss que eu curto...

- Metallica - Sem comentários. Show perfeito. Não tem mais o que dizer, o melhor desse Rock In Rio, entra pra história do festival junto com o Queen em 1985.

Pontos positivos:

-Os artistas já citados
-Alguns surpreendentes shows no Palco Sunset, como Ed Motta, Sepultura e Joss Stone.

Pontos negativos:

-Milton Nascimento cantando Love Of My Life (inglês e afinação muito ruins, que chamassem o Elton John, que tocaria ainda no mesmo dia...)
-Gloria na noite do metal (não sei se seria uma boa no RIR em si, ainda mais nessa noite...)
- Shows dignos de Palco Mundo ocorrendo no Sunset.

Agora é esperar, a primeira parte do festival superou minhas expectativas, vamos ver como vai ser a segunda. Espero coisa boa do Maná, do System Of A Down, e por que não do Guns, apesar de ser um "cover" da banda com Axl no vocal?

sábado, 9 de julho de 2011

Rock In Rio ou Pop In Rio? (2ª parte)

Bem, como havia prometido, hoje postarei algumas bandas que passaram pelo Rock In Rio e fizeram história lá.

Queen: Não tem como pensar no Rock In Rio sem pensar em Queen. E não tem como pensar em Queen no Rock In Rio sem lembrar de Love Of My Life. A banda, que estava em turnê promovendo o disco The Works, fez uma de suas melhores apresentações, de um show inteiro e da música, propriamente dita, lá. Foi um show lendário, que ficará pra sempre na história do rock.



Iron Maiden : A banda, que fez apenas um show no Rock In Rio, e isso foi uma exceção, se apresentou com algumas características bem interessantes, como uma edição brasileira do mascote da banda, Ed. O Maiden estava na turnê de divulgação do disco Powerslave, de 1984.



AC/DC: O AC/DC estava no processo de gravação do lixo disco Fly On The Wall e teve que interrompê-lo por uns meses para fazer o show, divulgado como turnê de seu lixo menos lixo disco anterior Flick Of The Switch.

Ozzy Osbourne: Tocou logo antes de Rod Stewart, por isso achava que sua apresentação não seria apreciada pela plateia. Ele estava na turnê de divulgação de Bark At The Moon, seu disco de 1983.


Scorpions: Vieram promover a turnê do disco Love at First Sting. No segundo show, o guitarrista Matthias Jabs usou uma guitarra parecida com a que está no logotipo do festival e com pequenas bandeiras do Brasil estampadas nela. A banda filmou a visita ao Rio e algumas imagens foram editadas no videoclipe da versão ao vivo de Still Loving You. 



Barão Vermelho : Pra fechar, uma nacional. O Barão tocou no dis 15, mesmo dia de AC/DC e Scorpions, e conseguiram a façanha de serem a única banda nacional a não ser vaiada durante o show, pelos metaleiros malditos.

Na última parte, postarei algumas outras curiosdades das bandas durante o festival.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Rock In Rio ou Pop In Rio? (1ª parte)

Pois é, todos sabemos que o Rock, mas o rock clássico mesmo, está em plena decadência, desde os anos 80. Desde aquela época muitas bandas terminaram, algumas boas começaram, outras nem tão boas também. Bem, com o Rock In Rio aconteceu quase o mesmo processo...
O primeiro festival, feito em 1985, trazia AS bandas do momento. Embora tenha sido criado nos anos 80, o Rock In Rio ainda tinha bastante qualidade. Queen, AC/DC, Ozzy Osbourne, Iron Maiden, Scorpions, Yes, são apenas algumas das atrações internacionais de 1985, fora as bandas nacionais, como os novatos Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Erasmo Carlos, etc. Tinha artistas de outros estilos? Tinha, mas eram de qualidade infinitamente superior. Rod Stewart, Gilberto Gil, Moraes Moreira, etc., faziam do festival, além de um excelente festival de rock, um festival diversificado e de qualidade.
E agora, o que temos pra 2011? Cláudia Leitte, Ivete Sangalo, Shakira, Marcelo D2, Katy Perry... O que virou esse festival, meu deus? Pelo menos ainda terá o Metallica, o Motorhëad, Lenny Kravitz e alguns outros que ainda se salvam.
Sinceramente, o SWU, que era para ser uma coisa mais underground, feita no interior, com bem menos produção e bandas famosas, só por ter já confirmado Neil Young e Bob Dylan e por (graças a deus!!!) não ter Justin biba, já tem atrações melhores para o Rock In Rio.
Em vez da produção do show ter, por exemplo, convidado Paul McCartney a se apresentar no rio pelo festival, não, perderam uma ótima chance de melhorar o festival e atrair mais público.
Para encerrar essa parte da postagem dupla, digo uma coisa : Os festivais feitos em Lisboa com certeza foram melhores que esse do Rio será.

Na segunda parte, postarei vídeos de bandas que fizeram história no Rock In Rio.