sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pra voltar, contextualizando as últimas semanas

Não era bem esse o exército... Quase que a cobra fumou


Mas, no fim das contas, "I left the show". Falou, um há brasso. Rock is the only army I'll join.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando palavras não são necessárias... 23

Até pensei em fazer algo relativo ao dia do amigo, mas essa postagem aqui já tá atrasada demais. Como a tradição é prioridade, vamos a ela :D como a maioria das músicas são quase vinhetas, vamos extrapolar aquele limite de três músicas por postagem



quinta-feira, 16 de julho de 2015

Notícia: Um (re)lançamento com a realeza da majestade


Eu até não pretendia postar nada hoje, ainda não me livrei de uns pepinos que tenho que resolver, mas tive um motivo de força maior, então, vamos logo ao que interessa. 

Qual não foi minha felicidade em entrar no youtube pra ver os vídeos novos de hoje e me deparar com uma thumbnail cheia de vinis coloridos... cliquei pra ver do que se tratava e, bem, o título já dá uma boa mostra. Sua Majestade, o Queen (ou se preferirem, Brian Money e Roger Taylor), vai relançar, a partir do dia 25 de setembro, TODO o seu catálogo de estúdio, com mais uma remasterização, em uma edição especial, com vinis coloridos, 180 gramas e a porra toda. Seria apenas mais um relançamento, mas... esse aí tá caprichado, daqueles nível Pink Floyd. Quem quiser comprar vai poder optar por um boxset - contendo todos os discos e mais um livro com curiosidades sobre as gravações, memorabilia, fotos, aquelas paradas clássicas de boxset -, ou comprar individualmente os discos de sua preferência, ou todos mesmo, se for o caso, mas aí sem o livro. 

Fui ver no site e o box vai sair por 285 euros, ou, cada disco, 19 ou 25 euros (depende se são simples ou duplos... no caso, os duplos serão o Innuendo, o Made in Heaven e o Queen II). O preço do box tá salgado sim, lógico, mas... são 15 discos de estúdio, ao todo, 18 vinis de qualidade, importados, com o livro, com um box caprichado, bem bonito. Vai sair aqui no Brasil por umas 1000 dilmas, mas faz parte. Bem na boa, depois desse lançamento, acredito que vou ter que comprar um bom toca discos, uma caixa de som potente e esse box. Não necessariamente nessa ordem. 


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Resenha #14: Pink Floyd - Meddle


Retire o que eu disse sobre Atom Heart Mother: Meddle é o melhor. Será? Até quando? Por enquanto, é o melhor pra mim. Ele é decisivo no rompimento da psicodelia dos anos 60. Meddle, do verbo ''interferir'' - e isso vem retratado nas ondas da capa sobrepostas que são como ondas de energia (sim, tanto físico quanto espiritual) ou até mesmo, ondas sonoras (deduzo isso, porque aparece uma orelha submersa, se bem que a ideia inicial era pra ser um ânus de macaco, o que não agradou muito a banda). É profundo e com intensa personalidade sonora, que marcou assim o nome da banda em si e claro, abandonando algo mais Syd Barrett.

One of These Days inicia com aquele vento que leva até o seu cachorro, se você deixar. Surgindo o baixo instigante, é aí que surge a energia da música. A música é inteiramente instrumental, exceto com a aparição de um ''One of these days I'm going to cut you into little pieces'', algo muito The Wall. Quando chega em no final de 2 min., aí começa o êxtase, como se fosse um helicóptero, algo muito Dark Side Of The Moon. A virada da bateria e surge o conjunto, que se segue até o final. Delirante! Ah, não se esqueça que essa música tem uma aparição em Doctor Who (amo)!

A Pillow of Winds tem aquele início meio árcade, quase um Fat Old Sun, só que com um ar sombrio. No início dos dois minutos, percebe-se algo mais indiano, até surgir algum instrumento de percussão e reforçar esse climão. Entre três minutos, refuta o ar sombrio, para voltar a leveza. O nome da música é inspirado em um jogo que a banda jogava quando estava em turnê - Mahjong. Fearless entrou até mesmo no hino do Liverpool com um ''you'll never walk alone''. É uma mescla do feliz com o melancólico. Fusão marcante...

San Tropez (virou meu despertador) tem melodia feliz. Um pouco romântica, com diversos signos ocultos e um pouco triste, enfadonha... Seamus é um cão. Sério. E ele canta com o Gilmour. (Se você tiver muitos cachorros, não coloque em sua casa). No Live At Pompeii tem uma versão com os barulhinhos de uma cadela de raça Borzoi.

Então, se lembra daqueles ventos da primeira música? Elas aparecerão novamente em Echoes. A canção é tão instigante que tem relação com o filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Kubrick (aquele cara do Laranja Mecânica). Dizem que depois do refrão, há semelhanças entre O Fantasma da Ópera - Plágio ou não, não sei...As ligações são tantas que antes dos gritos da baleia ou ''mulher gorda'', é possível ouvir em 11:52 barulhos que aparecem num episódio do Chaves, chamado ''O Caçador de Lagartixas''. QUANDO EU DIGO QUE ESSE É O MELHOR ÁLBUM...

E essa é uma resenha super simples e rápida do melhor álbum do Pink Floyd. Voltaremos...

sexta-feira, 3 de julho de 2015

On the Charts #27: Os 35 anos do The Game

Sim, após mais ou menos cinco meses (e nove On the Charts), temos outro disco aniversariante do Queen. E a regra é clara: postagem boa do Queen tem que fazer sucesso, então já sabem ;) como é melhor eu não me enrolar muito por aqui, pra não dar preguiça de continuar a postagem, já vamos de cara ao que interessa.

The Game é o oitavo disco de estúdio do Queen, lançado em 30 de junho de 1980. Desde sua duração até sua sonoridade, passando pelas composições, é um disco que deixa muito claro o rumo do tipo de música que o Queen faria nos anos 80. É um divisor de águas da carreira da banda. Apesar de ser o primeiro lançamento a não conter a frase "No synthesizers!" na capa/verso, não chega a ser algo como o Hot Space, onde o som foi completamente tomado pelos sintetizadores. Aqui eles jogam a favor da banda, servindo como efeitos sonoros, mais um recurso para ser utilizado no estúdio. E, por outro lado, a banda já não tem aquela coisa da pompa, da classe, da pretensão dos lançamentos setentistas, como A Night at the Opera, News of the World e outros. Não é à toa que a crítica da Rolling Stone (apesar deles historicamente terem sido meio pau no cu com a banda enquanto estava na ativa) elogia muito The Game, afirmando que "é bom ouvir um disco do Queen que contenha canções, não hinos". E, realmente, a acessibilidade do disco, a facilidade de digerir suas canções é imensamente superior aos lançamentos anteriores. Até mesmo o Jazz, que já tinha uma pequena mudança no som, em direção a essa faceta mais pop. 

Quanto a vendagens... bem, essa maior acessibilidade do som se reflete em números também. The Game é o disco mais vendido do Queen nos EUA, com quatro milhões de cópias comercializadas, além de ser o único número 1 da banda nos 200 da Billboard. Foi gravado no Musicland Studios, em Munique, entre junho e julho de 1979 e entre fevereiro e maio de 1980, e produzido por Reinhold Mack (o cara que ficaria conhecido por estragar o som da banda no Hot Space). Eu, particularmente, aprecio muito esse disco, justamente pelo fato do melhor (não confundam com o maior) registro ao vivo da banda - o Rock Montreal - ter sido feito com um setlist baseado majoritariamente em músicas desse disco, e pelo fato de, até aqui, a discografia do Queen ser irretocável. Mas o resto da discografia deixemos para outro dia. 

Começamos os trabalhos com Play the Game. Aqui o sintetizador já dá o ar da graça... aliás, os primeiros 15 segundos são SÓ de sintetizador, até, abruptamente, Freddie entrar, voz e piano, com a bela letra dessa música. Uma melodia bem simples, mas cativante, repleta de backing vocals sensacionais, como de costume. Deacon é quem manda muito bem nesse som, durante as estrofes fazendo uma progressão oitavada, seguindo o vocal de Freddie. Aliás, apesar do resultado da música ser muito bom, a versão ao vivo, principalmente do Rock Montreal, é muito melhor, mais viva e menos engessada (acostumem-se com essa minha afirmação sobre as versões ao vivo... produção do Mack). A ideia de começar com um "solo" de piano caberia inclusive na versão de estúdio, em vez do sintetizador. Mas, como disse ali em cima, o resultado é sensacional, pois, apesar de, nesse começo, ainda não parecer esse novo Queen que eu falei, a música é mais enxuta, mais fácil de digerir, mesmo tendo uma certa pompa.

Mas não dura muito essa impressão. Mal termina Play The Game, em fade out, e já entra uma batida reta, um riff sensacional de May e Deacon. E sim, a exemplo da primeira música... ao vivo Dragon Attack é melhor. Mas ela é beeeem alterada ao vivo, porque em estúdio temos muitos overdubs, de bateria inclusive. Uma novidade, pra mim (percebi só agora mesmo), que o baixo não para durante as estrofes. Achei que ficava apenas Mercury e Taylor, mas não, láááá no fundo, bem baixinho, Deacon segue com a linha. Aliás, Deacon manda bem demais aqui de novo. Depois do "mini solo" de Roger, ele que dá uma soladinha sensacional, manja muito o menino Deacon. Depois temos o solo de May, que começa mais ou menos a 2:30 e vai até o fim da música. Dragon Attack, no fundo, tem um quê de improviso, por isso que ao vivo eles reduziam um pouco ela.

Another One Bites the Dust é a terceira música. Bem, é um clássico, dispensa maiores explicações, certo? Errado. Por pouco, essa música não ficou DE FORA do The Game. A banda achava que era apenas uma zueira, sem maiores intenções. Até que rolou o encontro com Michael Jackson e essa música foi apresentada pra ele. Basicamente, Michael não conseguia acreditar que a banda não queria incluí-la no disco. E, com o faro apurado pro sucesso como Michael tinha, ele estava certo. Quando à música em si, é uma das linhas de baixo mais simples que Deacon criou no Queen, assim como uma das mais cativantes. Com a presença mais discreta da guitarra, limpa, fazendo poucas intervenções, e a bateria com fita tape, abafando mais o som da caixa (coisa que o Roger odiava, inclusive), é o baixo quem comanda a música, e o faz com maestria. O grave de Another One Bites the Dust é pulsante, o tempo todo. Aliás, a ideia da banda de apostar num "solo sem solo" no meio, apenas com a bateria e os efeitos também tem seu valor. Em estúdio não é nada de destaque, mas ao vivo permitia que a banda brincasse com a plateia.

Terminada essa parte mais funk do disco, com duas músicas mais suingadas em sequência, temos meio que uma power ballad em sequência: Need Your Loving Tonight. Não é uma baladinha melosa, como Love of My Life, mas não é um rock mais pesado. Fica num meio termo. É outra música extremamente simples, aprendi os acordes dela com facilidade uma época. A letra, mesmo sendo meio triste, falando de um amor perdido, não consegue se sobrepor à melodia, temos meio que um paradoxo aqui. Mais ou menos o que acontece com Bad Moon Rising, do Creedence. O solo de May é "simples pero cumplidor", Roger e Deacon fazem uma batida mais reta, adequada, e os backing vocals aqui são sensacionais.

Fechando o lado A, Crazy Little Thing Called Love. Outro clássico incontestável, outra música extremamente simples. Pudera, foi composta por Mercury, que, segundo palavras do próprio (quando ia anunciar essa música no show), "sabia dois ou três acordes quando o Queen começou. 10 anos depois, ele continuou sabendo esses mesmos dois ou três acordes, então compôs essa música". Aliás, essa não é a única história engraçada dessa música. Segundo as lendas de estúdio, Freddie a compôs no banheiro, coisa de 10 minutos, e chamou Roger e John para irem direto ao estúdio. Segundo Freddie, "queria terminar logo antes que Brian chegasse, senão tudo ficaria demorado demais". Tinha que ser o Brian e suas 45840375897069 tracks de guitarra simultâneas.

Musicalmente, ela é bem simples, o que faz todo o sentido, afinal, é uma grande homenagem ao Rockabilly. Em estúdio, ela é um pouco mais engessada. Nada de novo aqui, já percebemos que é esse o padrão do som no disco, e faz parte, não que seja um grande demérito. Destaque pra performance mais grave de Freddie e pro solo de Brian. Existem algumas curiosidades interessantes que essa música nos proporcionou. A primeira, que já foi citada, é que temos aqui o debut de Mercury nas seis cordas (não sei se em algum momento da carreira do Queen ele volta a tocar alguma coisa de guitarra/violão em estúdio, pelo menos ao vivo eu tenho certeza que não). A segunda é que Brian, ao vivo, toca o solo dessa música com uma Telecaster preta, o que me leva a pensar que o solo também foi gravado com ela, por causa do timbre, que em nada lembra a Red Special. A terceira é Freddie foi quem fez o primeiro solo de Crazy Little Thing Called Love, mas a versão foi perdida, então Brian teve que criar outro.

O lado B inicia com Rock It (Prime Jive). Música mais longa do disco, com 4:30, começa com Freddie cantando, Brian num dedilhado e John acompanhando, uma morosidade, parece que não vai rolar nada demais... até que Roger entra e a porrada pega. Certamente é a música mais pesada e rápida do disco, rockzão mesmo. Inclusive é Roger quem canta ela, o que explica muita coisa. É uma música divertida, mas não é um grande destaque. Também, perto das concorrentes de antes, tudo fica mais complicado. E essa tendência se mantém durante quase todo o lado B, onde temos músicas muito boas, mas sem o apelo comercial do início do disco. Anyway, são músicas muito boas.

Don't Try Suicide é uma delas. Com uma cara meio de jam, conduzida, no início, por palmas e pelo baixo de Deacon, tem uma letra muito baseada em aliteração, repetição de frases e tal. Não é uma música de se ouvir muito seguido, ela enjoa mais fácil. Mas a ironia da letra é sensacional. Como eu li em outro site, tem uma pitada de Alice Cooper. Quando ao instrumental, ele joga bastante com essas paradas de luz e sombra. A ponte, no meio, é bem maneira, com um toque de Rockabilly também, seguida de uma parte muito maneira de pergunta/resposta entre Freddie e o backing vocal. E termina do mesmo jeito que começou, baixo, palmas e um fade out.

Já Sail Away Sweet Sister é totalmente Brian May. Composta e cantada por ele, é uma homenagem à irmã que ele nunca teve. Além dessa fina ironia, é uma balada simplesmente sensacional, uma das melhores do Queen. A melodia triste combina totalmente com o vocal melódico (ou de emo velho, como eu já ouvi gente dizer xD) de Brian. Daquelas baladas que só Brian sabia fazer, assim como o solo dela. Interessante ressaltar a classe do baixo de Deacon, que sabia como ninguém oitavar quando necessário.

E, mal terminamos essa balada, bem melódica, sentimental e esse tipo de coisa, e Roger começa uma série de batidas com um flanger bem maroto na sua batera. Coming Soon é outro rockzão, ao estilo de Prime Jive, mas um pouco mais engessado. Roger abusa aqui dos tambores, principalmente do surdo. É uma música curta, bem maneira. Quem faz intervenções sensacionais ao final de cada verso é Brian, tão maneiras quanto o solo, que não é nenhum primor, em relação à velocidade, mas tem um feeling demais. O legal que dá pra perceber direitinho as diversas brincadeiras que a banda faz com efeitos sonoros durante a música. Pena que nunca foi tocada ao vivo, assim como as duas anteriores.

Save Me, a música que fecha o disco, foi tocada durante a turnê do The Game e durante a turnê do Hot Space também. A exemplo de Need Your Loving Tonight, a letra é sobre um amor perdido, uma ilusão e tal. Mas nesse caso, a melodia é também muito sentimental, acompanhando a letra. Esse par forma, sem dúvida, uma das baladas mais bonitas que a banda já criou, com pitadas daquele Queen antigo, dos anos 70, como as tracks dobradas de guitarra. Ouvindo ela, nota-se a interpretação mais que realista de Freddie, de quem sofre por um amor. E por que não dizer que isso ultrapassa a interpretação? Sabemos que uma das maiores frustrações de Freddie foi a de não conseguir encontrar um verdadeiro amor, a de, digamos, "não saber amar". E, ao vivo, as versões de Save Me eram ainda mais legais, porque quem começava ao piano era Brian, e só trocava o posto com Freddie logo antes do solo.

Infelizmente, não consegui um vídeo com o disco completo, vou deixar o link pra playlist no canal do Queen :D

Bom, acredito que já me estendi demais por aqui, ainda mais considerando que The Game é o disco mais curto da banda (só ganha do Flash Gordon OST), mas é um disco que merece uma detalhada "ficha", assim como normalmente faço com os lançamentos do Queen. Por hoje era isso, galera. Ouvi dizer que o Leão tá preparando uma postagenzinha maneira sobre o Rainbow, daquela série dele. Quando vai sair eu não sei, mas talvez agora fim de semana. Eu ainda tenho mais uma prova na facul, por isso vou pensar primeiro no planejamento do mês, afinal, depois é férias, e aí vai ter postagem afu. Por enquanto, o negócio é física.

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