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domingo, 6 de novembro de 2011

Semana Robert Johnson #4: A Foto

Bom, para fechar as postagens sobre Robert Johnson, hoje o assunto é bem simples, porém intrigante. E trata do seguinte:
Todos sabem que até hoje, apenas DUAS fotos de Robert Johnson são conhecidas e ditas oficiais. Assim como toda a sua curta carreira, poucos são os registros em foto, também.
Porém recentemente, há a teoria de uma terceira foto de Robert Johnson, não confirmada oficialmente. A foto é esta que está a direita. Acho bem semelhante, porém realmente não sei se se trata de uma foto de Johnson ou de alguém parecido. Além disso, há um vídeo comparando esta foto a uma oficial, que segue abaixo.


E vocês? O que acham?

sábado, 5 de novembro de 2011

Semana Robert Johnson #3: O Pacto

Bom, dando continuidade à "semana de 14 dias", hoje eu trago a lenda mais famosa sobre Robert Johnson: A lenda de que ele teria vendido sua alma ao diabo para adquirir a habilidade com a guitarra, que o tornou famoso.
Para enriquecer essa lenda, dizem as más línguas que Johnson geralmente tocava violão durante o intervalo dos outros artistas, das casas de shows (isso já foi confirmado inclusive por seu neto). Como o público não gostava, geralmente pediam para ele parar. Johnson então sumiu por alguns anos. Nesse momento, segundo a lenda, ele teria feito o pacto, porque, quando é dito que ele volta a tocar, ele já volta tocando como o Robert Johnson eternizado nas gravações.
A lenda é a seguinte: Johnson teria ficado à espera do diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49, em uma noite de lua nova, com seu violão na mão. À meia noite, o diabo, na forma de um homem, teria aparecido para afinar seu instrumento.A partir daí, todos que ouvem suas músicas são encantados por ela. No supersticioso sul dos EUA, do início do século, os mitos demoníacos eram comuns. Como Johnson fazia músicas com o tema, como "Crossroad Blues", "Me And The Devil Blues", "Hellhound On My Trail", entre outras, a lenda foi alimentada.


A Hipótese mais provável é que como Johnson era um exímio guitarrista, tudo fosse fruto da inveja dos outros artistas da época.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Semana Robert Johnson #2: Biografia

A carreira de Robert Johnson foi tão curta quanto influente. Tendo gravado apenas cerca de 40 músicas em duas sessões de estúdio e uma música (Kind Hearted Woman) em uma apresentação de rádio, Johnson é responsável direto pela definição do som que seria uma das raízes para a criação do blues moderno e do rock and roll, como dito na primeira postagem, é o pai desses dois gêneros.
Filho de lavradores, Robert Lee (Johnson era seu nome artístico) nasceu em 1911 no Mississipi, berço do blues americano e de fortes conflitos raciais. Trabalhou no campo até os 16 anos, quando então resolveu seguir carreira artística tocando gaita e violão. Desde então havia virado uma espécie de artista itinerante, tocando em todos os lugares em que pudesse, principalmente na rua.
Em sua curta carreira profissional, entre 1936 e 1938, Johnson não obteve reconhecimento comercial do povo, tocando apenas em prostíbulos e casas noturnas. Porém, seu reconhecimento provinha dos companheiros músicos, tendo recebido ainda em vida o título de "The King of the Delta Blues Singers", além de todo o reconhcimento que seu legado o fez ter.
Seu estilo diferente de tocar levou outros músicos a dizerem que ele havia feito um pacto com o diabo em troca de sua habilidade. Isso é outra história, que provevelmente vem na próxima postagem.
Robert Johnson morreu aos 27 anos, após se sentir mal em um show e passar três dias em estado de coma. A versão mais provável e difundida de sua morte foi a de que ele havia sido envenenado por uma amante ou por um marido ciumento. Embora fosse casado pela segunda vez (a primeira mulher havia falecido durante um parto) Johnson nunca havia abandonado a vida de farras. Também existem versões de morte por espancamento, apunhalamento e armas de fogo diversas, mas apenas a versão do envenenamento tem alguma credibilidade.
Em sua época Robert Johnson foi influência de alguns artistas de blues (Muddy Watters, entre outros) que por sua vez viriam a influenciar todos os artistas de rock que surgiriam na década de 50. Sua música foi novamente descoberta e gravada nos anos 60, sendo influência direta para bandas como Yardbirds, Cream, Led Zeppelin, Rolling Stones, The Who e inúmeros outros.
No início da década de 90 a obra completa de Johnson foi remasterizada e lançada com grande repercussão mundial, tendo sido finalmente reconhecida sua grande influência na música contemporânea.
Paralelamente ao relançamento de sua obra foi gravado um filme com Ralph Machio (o garoto de Karate Kid) relacionado a ele. O filme trata-se de uma alegoria sobre a vida de Johnson, abordando principalmente o seu provável pacto com o demônio, e tem a participação especial de Steve Vai. O filme chamado Crossroads (no Brasil A Encruzilhada) trata-se de uma boa fonte de referência para aqueles que queiram saber um pouco mais sobre o mito Robert Johnson.



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Semana Robert Johnson #1: O centenário

Apesar de eu não falar sobre aniversários e outras coisas que tenham acontecido antes da criação do blog, é dever meu abrir uma exceção para uma LENDA como Robert Johnson, o rei do Blues do Delta.
Nascido em 8 de Maio de 1911, Johnson pode (e deve) ser considerado o pai de qualquer coisa parecida com Blues e/ou Rock'n'Roll que tenha vindo depois.
E por que isso? Porque Robert foi simplesmente o primeiro a fazer algo assim. Seu Blues do Delta é algo pioneiro na história da música. Para se ter uma ideia de quão antigas são suas gravações, Johnson é mais velho que Frank Sinatra e suas músicas não possuem gravação de bateria que, apesar de já existente à época, não foi usada. Além disso, suas músicas foram gravadas em discos de 78 rotações, tecnologia da época.
Johnson também é o "primeiro" membro do famoso "clube dos 27", dos músicos famosos que morreram com 27 anos, dentre eles Hendrix, Janis Joplin e por aí vai. Um dia desses eu faço uma postagem sobre o clube dos 27.
São conhecidas cerca de 25 a 30 gravações de Robert Johnson, além de mais 10 a 15 que são takes alternativos de algumas dessas músicas. Esse ano, quando Johnson completaria 100 anos, foi lançada uma coletânea, intitulada The Complete Recordings (link em inglês) que, como diz o nome, reúne todas as 42 canções, incluindo takes alternativos, de Johnson. O mínimo que deveria se fazer por essa lenda. 
Ainda essa semana, terão mais 3 postagens sobre Robert Johnson, incluindo biografia, polêmicas, histórias, etc. Por hoje, só os parabéns (atrasados) ao pai do Blues e do Rock'n'Roll, que sua música viva pra sempre!!!