quarta-feira, 29 de abril de 2015

On the Charts #24: Os 35 anos do British Steel

Bom, foi só eu falar, na postagem anterior, que não tínhamos ficado mais que dois dias sem postagem no mês. Foi só eu falar. Agora, depois de quase uma semana da postagem sobre o 2112, voltamos para fechar o mês com algumas atrasadas. Confesso que, apesar dessa postagem estar duas semanas atrasada, o momento ficou mais oportuno, afinal, estamos em época de Monsters of Rock, o Judas tocou em São Paulo e agora vem para Porto Alegre, esse tipo de coisa. Bem, vamos ao aniversariante.

British Steel é o sexto disco de estúdio do Judas Priest, lançado em 14 de abril de 1980. Produzido por Tom Allom (cara experiente no ramo, afinal, lá no começo dos 70 ele trabalhou com o Sabbath como engenheiro de som), sem dúvidas é a síntese mais bem acabada do som do Judas em um disco. Isso porque aliou o som pesado, que a banda sempre teve, a uma produção polida e um maior apelo ao público. Dessa mistura saíram sucessos, que alavancaram a popularidade e as vendas do disco. Tanto isso é verdade que o Judas fez uma turnê, entre 2009 e 2010, para comemorar os 30 anos do disco, tocando-o na íntegra. Nenhum outro disco da banda teve esse tratamento. 

O porquê disso pode ser justificado logo nas primeiras faixas, tanto na versão americana quanto na inglesa. (pra quem não sabe, a ordem de algumas faixas varia de uma versão para a outra, por isso essa ressalva. Aqui vamos seguir a ordem inglesa. Apesar do meu CD estar na ordem americana, a cópia que eu tenho no pc - que estou ouvindo agora - é a inglesa). Rapid Fire já entra de cara pegando o ouvinte de surpresa (ou não, afinal, do Judas não poderíamos esperar algo diferente). As duas guitarras iniciam numa rápida e cortante sequência de notas, a bateria entra e a porrada come solta. Halford entra, com uma daquelas letras clássicas de metal. Comparações de poder e força, marteladas, machados, esse tipo de coisa. Por esse lado, a letra não é tudo isso, o que impressiona mesmo é a performance vocal de Halford. Notas bastante longas, agudos, a voz característica e rasgada do Metal God. Aliás, falando em agudos, o do final da música é simplesmente sensacional. Aqui pode-se perceber claramente as influências e inspirações de caras como Bruce Dickinson. 
Emendando no efeito sonoro do final de Rapid Fire, entramos em Metal Gods. Cativante no início, ela é um contraponto em relação a sua antecessora. Seu andamento, apesar de cadenciado, não torna a música menos pesada. Isso porque temos uma base muito forte segurando a onda junto à bateria, feita por dois competentíssimos guitarristas e um bom baixista. O grande problema dessa música, pra mim, é o refrão. Aqui já começamos a ver algumas tendências que seriam seguidas posteriormente, como os efeitos vocais, meio eletrônicos, em discos mais controversos como Turbo, esse tipo de coisa. Além disso, o final da música poderia ser um pouco mais curto, afinal, temos uma outro de um minuto, que não termina em fade out, e, por isso, acaba se tornando meio repetitiva. Mesmo assim, é um belo som. 

A terceira música é, sem sombra de dúvidas, a música mais famosa da banda, Breaking the Law. Longe de ser a melhor do Judas, sequer do disco, temos que admitir que ela tem a mística. Afinal, quem do meio do rock/metal, lá pelos seus, 10, 11 anos, não tinha vontade de aprender a tocar Breaking the Law? Ou achava ela uma das melhores músicas de todas. Depois, é claro, quando tu conhece a discografia da banda, percebe que tem muita coisa melhor e tal, mas né... se não fossem músicas "de poser" como essa, lá no começo (ou, por exemplo, como Run to The Hills, pro Maiden, Iron Man, pro Sabbath, etc), a influência não seria a mesma e talvez tu não acabasse procurando por outras músicas dessas bandas. E, mesmo que Breaking the Law não seja a melhor do disco, da banda e esse tipo de coisa, é uma boa música, além de contar com uma performance inspirada de Halford, na ponte, e com um riff extremamente grudento. 

Agora, falando de riff, a quarta música, na minha opinião, é a melhor do disco e uma das melhores do Judas. Sou apaixonado por Grinder, por ser uma música extremamente simples, mas igualmente cativante. O riff é ridículo de fácil, a bateria é reta, mas o jogo que a banda faz com acordes e pausas torna ela sensacional. E eu já falei aqui mais de uma vez que justamente esse jogo de nota/pausa é um dos segredos do som do AC/DC, que é bem cativante também. Halford aqui canta o tempo todo em um tom alto, demonstrando todo o talento e técnica que possui. Além disso, outro grande destaque nessa música é o solo de Glenn Tipton, marcante, recheado de feeling. Um solo endiabrado assim tava faltando no disco até esse ponto. 

Single de United
United fecha o Lado A. Mais suingada do que as anteriores, me lembra algumas coisas que o Deep Purple fazia na Mk III. Apesar de não ser do mesmo nível que as anteriores, tem seu valor. O grande problema dela é o som, que ficou meio datado, e o final, que também é um tanto quanto repetitivo. Ao vivo, em 2009, ela ganhou outro brilho, foi meio que reinventada pela banda. 

Abrindo o Lado B, temos You Don't Have to Be Old to Be Wise. Apesar de também não ser um hit, é uma das melhores músicas do disco. Condizendo com o seu título, Halford canta aqui uma letra repleta de sabedoria, e mandando bem como sempre na interpretação. No pré-refrão, algumas linhas que ele canta me lembra alguns trabalhos do Paul Rodgers no Free e Bad Company. Sem dúvidas o fato dessa música soar um pouco diferente do padrão do som da banda faz a diferença. Além do solo sensacional, é claro. Seguindo, temos Living After Midnight. Acho que dispensa maiores explicações, mas é válido falar um pouco sobre ela. Além de ser sucesso, por ter o mesmo poder cativante de Breaking the Law, tem a mesma qualidade de Grinder, com um riff extremamente pegajoso e uma bateria reta. É aquela típica música que aparece num filme clichê de rock, naquela cena que a banda se desloca na van pro seu show, celebrando e esse tipo de coisa. Bom, isso pode ter sido um devaneio meu, mas assim que enxergo Living After Midnight quando a ouço. É uma música mais up mesmo. 

The Rage é a penúltima música. Negligenciada na turnê oficial do disco, lá em 1980, só teve oportunidade em 2009, na comemorativa. E não se deixe enganar pelo começo, com o maior destaque pro baixo. Após algumas voltas da introdução, o peso vem com tudo. É a letra mais curta do disco, com apenas três estrofes, o que abre espaço para um solo maior e mais destacado. No meio e no final. Destaque também para os agudos sensacionais de Halford no final de cada estrofe. Seguindo, pra fechar o disco, Steeler. Mais ou menos como começamos lá em Rapid Fire. Cortante, rápida e pesada. E essa é aquela típica música que pega o público no show por causa da sequência de acordes no final de cada sequência, perfeita para ser cantada em coro. Sem dúvidas é um dos destaques do disco, principalmente pelos solos de Tipton, especialmente o do final. No relançamento de 2010, ainda temos dois bônus. A fraca Red, White and Blue, gravada nas sessões do Turbo, e uma boa versão ao vivo de Grinder, de 1984. 

Bem, por hoje era isso. A postagem de hoje pode parecer um pouco mais repetitiva, mas aí vai do estilo da banda também. Quando ouvimos Judas Priest, não esperamos por grandes inovações (até porque quando eles tentaram inovar deu merda). Botamos o disco pra rodar e simplesmente curtimos o metal. Além disso, o fato de não ser uma das minhas bandas preferidas me dá menos propriedade pra falar dos discos. Não é como o Rush, Deep Purple ou Queen. Mas ainda assim, o que interessa é a comemoração. 35 anos desse clássico, com uma merecida homenagem. Valeu!




quinta-feira, 23 de abril de 2015

Uns minutos de sua atenção, por favor #5: 2112





Bom, depois de alguma enrolação, finalmente estamos aqui para voltar com os épicos. E, de cara, falando dessa maravilha. Só, antes, peço desculpas por atrasar uns dias essa postagem, mas não é nada que influencie muito no planejamento do mês. Tanto que, até agora, não tivemos mais do que dois dias sem uma postagem. Considerando os meses anteriores, onde tivemos, por exemplo, 2 postagens em 14 dias, isso é uma vitória, e os números refletem isso. Bem, como não estamos aqui pra discutir os números do blog em abril (não ainda, pelo menos), vamos ao que interessa.

2112 é a faixa de abertura do álbum homônimo, o quarto de estúdio do Rush, lançado em 1976. Ocupando o lado A inteiro do disco, seus 22 minutos nos fazem viajar, uma imersão na atmosfera da história criada por Peart e ilustrada com a música de Lee e Lifeson. E, apesar de ter toda essa atmosfera anti comercial, foi um sucesso na época, pelo menos no meio dos ouvintes (a crítica que se foda). Fruto da teimosia da banda, verdade seja dita. Após o lançamento de Caress of Steel - e a repercussão um tanto quanto negativa do disco, por suas músicas longas, de 12 e 20 minutos, e seu pouco potencial comercial - os empresários queriam um som mais direto, que pudesse ser comercializado mais facilmente, músicas curtas, esse tipo de coisa. Eis que a banda resolveu bater o pé e entregou esse disco à gravadora. Eles mesmos falam, hoje em dia, que essa ousadia poderia ter custado a continuidade da banda, mas, se fosse para o Rush acabar, seria por convicção deles, fazendo a música que eles tinham em mente. No final, podemos dizer que essa perseverança teve sua recompensa.

Iniciamos nossa viagem de sete paradas com Overture. Uma das sequências mais emblemáticas da história da banda (e do rock também, por que não?), seus primeiros 40 segundos são apenas uma introdução do que vem por aí... um vento, a expectativa, e lá vem a banda. Aquela velha sequência de acordes de Lifeson, seguida por Lee e Peart com maestria. Duas voltas, uma com a guitarra normal e outra com chorus. Logo após temos aquele solinho, seguido pelo resto da banda da mesma maneira que o início da música, e Peart entra pra valer, com aquela levada clássica nos tons, além de ouvirmos a voz de Geddy como outro instrumento, apenas em vocalizações. Depois disso, mais uma quebrada, agora Lifeson manda mais duas sequências de acordes diferentes e, lá pelos três minutos, chegamos ao solo. São quatro voltas de um andamento mais calmo, enquanto Lifeson manda um daqueles solos que só ele sabe fazer. Depois disso, a banda entra naquela seção famosa da música, que Alex brinca com a plateia ao vivo. Ele manda quase todo o riff e deixa o último acorde pra galera gritar. E, para encerrar a primeira parte, ao final dessa última sequência, voltamos aos três acordes lá do início (dó, sol e ré), que fecharam a sequência inicial. Eles também finalizam a primeira parte da música, seguidos de um mi, repetido 5 vezes, e um trovão/explosão. Então Geddy canta a única linha de letra dessa primeira parte, "And the meek shall inherit the Earth", e entramos em The Temples of Syrinx.

Olhando essa minha descrição ou ouvindo a música pela primeira vez, essa primeira parte parece impossivelmente complexa. Eu também achava isso antigamente, mas, depois que tu te acostuma, tu sabe cada sequência que vem depois. Quando eu vou fazer um som com a gurizada da minha banda, sempre rola uma brincadeira com Overture, e sempre sai direitinho. No próprio documentário do Rush, Beyond the Lighted Stage, músicos que sempre foram fãs da banda falam que era uma música incrivelmente simples, mas o que tornava ela tão mítica era a ousadia e a grandiosidade da composição. Bem, vamos continuar a viagem.

Próxima parada, The Temples of Syrinx. Uma das partes mais curtas da suíte, mas uma das mais conhecidas também. Isso porque geralmente ela e sua antecessora são as únicas partes tocadas ao vivo pela banda nas turnês mais recentes (até, na turnê do Clockwork Angels, o Gran Finale foi tocado, mas normalmente isso não ocorre). A banda já entra nessa parte quebrando tudo, aquela sequência de acordes lá do início volta, Peart sempre fazendo magia com as mãos, no final de cada volta. Geddy entra gritando a letra, nos apresentando a sociedade da música. Basicamente, uma sociedade manipulada, como a do 1984, mas em vez do Big Brother, aqui temos os sacerdotes do Templo de Syrinx, controlando "as palavras que vocês ouvem, as músicas que vocês cantam" e defendem que "é um por todos e todos por um, mas sem perguntar como ou por quê". No refrão, a clássica frase "We are the priests of the Temples of Syrinx", seguida de coisas como "todas as dádivas da vida são mantidas dentro de nossas muralhas".

Na segunda estrofe, pode-se encontrar talvez uma crítica ao comunismo, não sei bem dizer. Frases como "Olhe o mundo que fizemos, igualdade é o nosso lema" e "segure a Estrela Vermelha orgulhosamente no alto" podem dar a entender isso, que há uma suposta igualdade, mas quem governa tem conhecimento de outras situações escondidas do povo em geral, configurando uma manipulação. Vale lembrar que em 1976 ainda estávamos no contexto da Guerra Fria e que, como foi dito pelo próprio compositor da letra, uma das inspirações de Peart para criar a história foi Ayn Rand. Pra quem não tá ligado, google it.

E, após o segundo refrão, terminamos The Temples of Syrinx com um dedilhado no violão. A partir daqui, as sequências de luz e sombra da música ficam muito mais pronunciadas. Começando por Discovery, a seção seguinte. É uma das minhas preferidas, por todo o contexto que ela traz consigo. Começamos ela com um som de água corrente e alguns toques nas cordas de uma guitarra. Nesse momento, eu sempre me perguntava "que porra é essa, o Lifeson tá afinando a guitarra no meio da música?". A resposta é SIM. E, quando eu descobri o porquê, eu fiquei boquiaberto, na real. Digamos que isso é a demonstração mais clara que posso conceber de metalinguagem em uma música.

Versão deluxe do disco
Por que isso? Bom, no documentário sobre a criação desse disco, a banda explica o motivo dessa parte da canção. Basicamente, o protagonista da história, nesse momento, chega em uma caverna (captou o porquê do som da água correndo? Então, ainda vai ficar mais mindblowing). Eis que o nosso herói encontra uma guitarra escondida na caverna. Adivinha só qual é a primeira coisa que ele faz ao encontrar a guitarra? Sim, ele afina ela. Ou seja, a metalinguagem da coisa tá justamente aí, no fato de, durante a música, a história contar que alguém entrou numa caverna, encontrou uma guitarra e afinou ela - sendo que a afinação da guitarra na música é simplesmente Lifeson afinando sua guitarra. A partir daí, as duas músicas "se encontram", porque a composição do Rush, nesse momento, passa a ser o belo som que o protagonista tira da guitarra, na caverna. E quando eu digo belo, é belo mesmo, é o primeiro momento que tu sente uma alegria na representação da banda, o nome Discovery não poderia ser mais apropriado.

Nesse momento, o protagonista está maravilhado com sua descoberta, experimentando vários acordes e fazendo várias reflexões sobre isso, primeiro descrevendo o instrumento, comparando seu som com sons da natureza, as sensações que esses sons transmitem, tudo com um fundo de alegria, de felicidade. Ao final dessa parte, ele fala sobre a ansiedade de compartilhar essa descoberta, como as pessoas ficariam felizes de "ver essa luz" e terem a chance de fazer sua própria música, e como os sacerdotes louvariam seu nome naquela noite.

Mas não é bem assim que funciona naquela sociedade. A volta um tanto quanto abrupta do peso à música já nos indica que estamos entrando em uma nova seção, Presentation. Instrumentalmente, é uma das partes mais ricas da música, jogando muito com essa coisa de pergunta e resposta (Geddy soa sensacional no baixo, a propósito). E como funciona isso? Bem, primeiro temos uma estrofe leve, Geddy canta suavemente falando sobre a razão dele ir diretamente até os sacerdotes - algo bem unusual. Ele fala que encontrou essa maravilha antiga e queria mostrá-la a eles, que ouvissem a sua música, pois "aqui há algo mais forte que a vida, irá tocar vocês". Ingênuo, o protagonista não percebe que não é bem esse o interesse deles.

Para a resposta dos sacerdotes, seca e áspera, entra o peso novamente e Geddy grita, em um tom altíssimo. "Já conhecemos, não é nada novo, apenas uma perda de tempo. Não precisamos de coisas antigas, nosso mundo vai bem" é a resposta ouvida. Nessa parte mais pesada é que Peart simplesmente quebra tudo, sensacional a variedade de viradas e etc que ele faz aqui. Geddy insiste mais uma vez, não acredita no que os sacerdotes dizem, insiste mais uma vez para que eles ouçam sua música, mas ouve simplesmente que não deve incomodar novamente os sacerdotes, eles têm mais o que fazer. Para o final dessa seção, uma volta de um dos riffs das partes anteriores, um solo sensacional de Lifeson e, é claro, Peart e Lee quebrando tudo na cozinha.

Oracle: The Dream é a quinta parte. Mais curta da suíte, com apenas dois minutos, é também a menos lembrada. Foi tocada ao vivo apenas na turnê do Test For Echo. Por tabela, isso significa que 2112 foi ter a sua primeira versão completa ao vivo apenas 20 anos depois de seu lançamento. É uma pena, pois é uma seção que não fica devendo nada para as outras. Inicialmente, temos um efeito mais "espacial" na guitarra de Lifeson e Geddy canta a primeira estrofe, falando sobre o fato de estar voltando pra casa e ter caído no sono no meio da rua. Peart entra, e a banda segue o instrumental conforme as linhas vocais vão aparecendo. Aqui o protagonista descreve seu sonho, onde um oráculo lhe mostrava um futuro, onde a raça antiga voltaria para romper com os Templos (basicamente, romper com essa sociedade manipulatória que se estabeleceu).

Vinil do relançamento com o holograma. 
Eis que chegamos em Soliloquy, penúltima parte. O barulho da água volta, como em Presentation, acompanhado apenas de Lifeson e Geddy. Aqui, o protagonista reflete sobre seu sonho. Aquelas belas imagens, de um mundo diferente do que vivia, ainda estão frescas em sua memória, e ele não queria voltar à realidade que o cerca. Essa parte da música é um belo indicativo do que vai acontecer no final. Na segunda estrofe, Geddy sobe o tom para um altíssimo agudo, além de contar com a entrada de Peart na música. Depois da segunda estrofe, temos um belíssimo solo de Lifeson, mais duas linhas de vocal e entramos no Gran Finale.

A última parte é iniciada por Lifeson, puxando mais um de seus grandes riffs, Peart segue em uma batida mais reta e essa tendência segue por quase um minuto, até que o break anuncia o último riff da música, aquele que a banda fica duelando entre si durante várias voltas, com inúmeras viradas de Peart. A "tensão" vai aumentando gradativamente até que chegamos ao final da última parte, onde, após uma progressão de acordes, a banda quebra tudo em um big ending, enquanto soa ao fundo a clássica frase "attention, all planets of the Solar Federation. We have assumed control". E assim termina essa obra-prima.

Foto de uma das partes
da história em quadrinhos de 2112.
Como nem mesmo a banda acreditava no tamanho do sucesso que 2112 faria, na época foi um lançamento comum. Com o passar dos anos, e a percepção de que 2112 é um disco especial, muito querido pelos fãs, a banda caprichou em alguns relançamentos. Um dos últimos, que Geddy até fez propaganda no That Metal Show, conta com história em quadrinhos da suíte, vinil que mostra um holograma quando está rodando, enfim, o capricho que um clássico desses merecia desde o início.

E, uma última opinião sobre a música é que... mesmo sendo batido, é necessário dizer que 2112 é uma música que nasceu clássica. Toda a sua composição, meticulosamente calculada, os efeitos, a imersão na história. Arrisco dizer que, se fosse lançada em CD, num ousado projeto de disco de uma música só, não seria cansativo. Até mesmo porque o Rush sempre soube fazer músicas muito longas com maestria. E, por incrível que pareça, 2112 parece passar muito rápido a partir de pouco mais de sua metade. Até a sua quarta parte a história transcorre de maneira fluida. A partir da quinta, tenho a impressão que a banda poderia até mesmo ter alongado a suíte em alguns minutos. Mas assim já tá maravilhoso. Peço agora mais 20 minutos de sua atenção (se é que não estão nesse momento ouvindo a música enquanto leem a postagem)... com vocês, 2112!


sexta-feira, 17 de abril de 2015

On the Charts #23: Os 45 anos do McCartney



Um álbum leve e que deixou a marca de Paul no mundo, não somente como um integrante dos Beatles, mas como músico em si. Foi o primeiro álbum solo - totalmente experimental, na qual ele cantou oficialmente todas as músicas - teve apenas algumas participações pequenas da Linda, e ele tocou todos os instrumentos. A inspiração veio logo depois da viagem louca à Índia dos Beatles e também, logo depois do suposto fim do quarteto, onde ele se viajou com a família para a Escócia, voltando logo após para começar as gravações e lançado um mês depois do Let It Be e tendo uma versão remasterizada/edição especial em 2011. O álbum foi bem recebido pelo público, mas não pela crítica - Devido a simplicidade musical, digamos, oposto a...Por exemplo, os últimos álbuns dos Beatles. 
The Lovely Linda é simples, curta e romântica e vem colada com That Would Be Something igualmente romântica e soa puro. Valentine Day é tão curta que você nem vê passar e sim, carrega um peso musical, uma sujeira...Mas nada tão radical assim. Every Night foi tocada pelos Beatles, mas não foi gravado. Então, Paul gravou, até porque essa música é bem pessoal, falando da vida amorosa dele. Uma das minhas músicas favoritas do álbum, aquelas músicas que você não ouve, você vive ela. Hot As Sun já era uma música do Quarrymen, sendo então modificada e colocada o nome de Glasses. Tem um ar caseiro agora. Junk é outra canção curtinha que você nem vê passar. Soa melancólico. 

Man We Was Lovely é uma das músicas mais diferentes, por ter a presença clara da voz de Linda e por ser mais ''complexo'' do álbum, acho que foi através daí que o Paul começou a aprender a não seguir uma música como se fosse uma música. O ápice do absurdo da mudança musical fica claro no Band On The Run. Oo You é a mais afudê. Soa menos romantiquinha e isso é bom. Vejo evolução. Ok, desconsiderando a composição,claro. Momma Miss America, o que posso dizer...Ah! Que eu não lembrava dessa música (risos) e agora que vejo uma boa experimentação. Teddy Boy tem uma letra maravilhosa, uma das melhores do álbum e a música em si é boa demais. Uma das melhores músicas do álbum. Singalong Junk não foge da maioria das músicas, mas Maybe I'm Amazed virou uma das músicas mais marca registrada do Paul e marca registrada do casal McCartney. Kreen Akrore é tão experimental quanto Momma e fecha o disco assim. Bem, cada um com suas ideologias musicais,né?!

terça-feira, 14 de abril de 2015

On the Charts #22: Os 45 anos do Elton John


Não. Ele não está fazendo quarenta e cinco anos. É apenas uma homenagem ao seu segundo disco - ou primeiro, em alguns países. E como vimos é a estréia desse cara sensacional no blog!  Esse filho de músicos e prodígio musical já ganhou diversos prêmios, foi o único a ter seis lançamentos consecutivos no primeiro lugar na Billboard, é a favor das causas homossexuais - Sendo bem resolvido sexualmente - e ajuda entidades na luta contra a AIDS. Tem como não amar esse cara cheio de atitude, expressão, estilo e talento?! E gente, que letras são aquelas?! Estou impressionada...

Iniciar com Your Song seria a marca registrada e redundante de sucesso...é clichê, bonita e de melodia melancólica. I Need You To Turn To não é uma das minhas músicas favoritas. Curta, simples e é como se fossem acompanhadas com o som das ondas do mar. Take Me To The Pilot é aquilo na qual o Glee adoraria estragar. No Shoe Strings on Louise tem uma letra que vai fazer você se sentir pensativo e legal, até a melodia é como um caminhar e muito legal. First Episode At Hienton é pra quem curte o Sam Smith de hoje - mas não tão depressivo e intenso, a semelhança está na melancolia musical e não na composição e mesmo assim, me soa efêmero, como a vida. Não sei se é algo que te deixa feliz (risos). Sixty Years On são abelhas/mosquitos/inseto irritante - no disco de estúdio, até você chegar para a leveza e mágica - Início bom para sessões terapêuticas. AH NÃO, ESPERE...Elton John, que voz bonita, quebrando tudo o que falei anteriormente. Traga sua emoção e destrua com a leveza. É uma das minhas músicas favoritas.E a letra? É um tiro na consciência. Border Song não é muito original e me lembra outra música dele que eu só não lembro o nome, mas é famosinha- SOA MELHOR AO VIVO. The Greatest Discovery é muito ao estilo da Sixty, tanto pela leveza inicial, tanto pela melancolia ''quebrando'' tudo no caso, foi o trabalho do violino nessa música. The Cage é totalmente dançante, alucinante e faz você cantar ''Aaah huuuu''. The King Must Die tem jeito de trágico com glorificação, isso de ouvir. Fui pesquisar mais a fundo a letra e...Só acho que acertei. Literatos curtirão e apreciadores também!
Agora algumas faixas bônus: Bad Side Of The Moon é decidida...Rock'nd Roll Madonna é clássica...Não há muito o que comentar, apenas recomendam:Ouçam Elton John e ouçam esse álbum de 70! Vale a pena!

sábado, 11 de abril de 2015

Quando palavras não são necessárias... 20

Chegamos à segunda semana do mês, e, como é tradição por aqui, um desses dias intermediários é escolhido para abrigar a postagem de instrumentais do mês. Geralmente escolho dia 10, mas ele estava ocupado no planejamento. No fim não rolou postagem, mas ela só foi adiada, fiquem tranquilos. Quanto ao que temos pra hoje, sem enrolação, vamos ao que interessa... ahh, essa postagem é daquelas temáticas. Será que conseguem adivinhar o porquê da escolha de hoje?




quarta-feira, 8 de abril de 2015

On the Charts #21: Os 40 anos do Straight Shooter

Ontem foi dia de Free, hoje temos Bad Company no menu. Isso é ótimo, de vez em quando é mais do que necessário dar uma arejada e trazer bandas menos lembradas por aqui. Ainda assim, me vejo numa situação um tanto quanto inusitada e, por isso, acredito que a postagem vai ser mais curta do que o usual, além de, digamos, bem imparcial e sincera. 

O motivo? Bem, não sou um fã de Bad Company. Logicamente conheço o trabalho da trupe de Paul Rodgers e companhia, mas, a exemplo do Free, não conheço nada além dos sucessos. Pensando por outro lado, essa é a mágica do Nata. Lembram que, lá no começo, em 2011, eu falava sobre trazer algumas novidades pra playlist dos leitores? No caso, eu mesmo estou fazendo isso agora. Sendo assim, vamos lá. Play na bolacha. 

Straight Shooter é o segundo disco de estúdio do Bad Company, lançado em abril de 1975. Algumas páginas falam em 12 de abril. Como eu não levo muita fé nessas datas (e o dia de hoje não tinha nenhuma postagem planejada), o aniversário ficou pra ser comemorado hoje mesmo. Ao estilo do disco de estreia, o que temos aqui é um hard com belas pitadas de blues, o mesmo estilo que já se acompanhava no Free. 

Começamos com Good Lovin Gone Bad, uma chamada na bateria e o riff, roqueiro e seco, como deve ser. Rodgers canta um pouco mais agudo do que o usual aqui, às vezes até forçando um pouco, me lembrando o que Coverdale fazia nas músicas do Deep Purple, principalmente no Burn. Destaque também para o solo, com bastante feeling. Agora, se tem algo que não me agrada tanto no Free quanto no Bad Company é o estilo de Simon Kirke atrás do kit. Não sei se é uma exigência maior por eu também ser baterista, mas eu sinto que o estilo dele é bem inseguro, de não arriscar nada mais complexo por medo de errar. Mas mesmo assim, Kirke dá pro gasto. 

Após esse belo começo, temos Feel Like Making Love, um dos grandes sucessos, senão O grande sucesso do disco. É, sem dúvidas uma power ballad, com seus momentos de luz e sombra. Nas partes acústicas, lembra quase um country, pelo backing vocal e o estilo do violão, e nos refrões ela desemboca em mais um hardzão característico do Bad Company. O solo, com uns trabalhos interessantes de delay, vem só no final da música, junto com o refrão. Mas, com certeza, vale a pena esperar.

Seguindo, temos Weep No More. Ela começa bem diferente, com um estilo que lembra muito o que o Deep Purple gostava de fazer, misturando clássica com rock e tal... até que Rodgers entra e a música vira um belo blues, com direito à piano. Essas seções com esse "clássico" aparecem mais vezes durante a música. Resumindo, é um bom som, mas comum, não é dos maiores destaques do disco. 

Shooting Star, música que fecha o lado A, é justamente o contrário de sua anterior. Seguindo esse estilo de power ballad, com a estrofe acústica e o refrão pesado, é um dos maiores sucessos do Bad Company, além de ser uma das músicas mais tocadas pela banda ao vivo. Um dos destaques aqui é a letra, que conta a história de John, que, tocado pelo poder do rock'n roll, resolve comprar sua guitarra, sair de casa e fazer sucesso por aí. Apesar de ser um tema relativamente batido hoje em dia, Rodgers confere uma emoção ímpar à música. Junto a isso, temos um belo solo, tão ou até mais emocionante quanto às estrofes e tá feita a receita de um sucesso. Essa fórmula lembra grandes músicas de outras bandas, como Simple Man, do Lynyrd Skynyrd, ou Old Man, do ZZ Top. Ouçam e tirem suas próprias conclusões. 

E, se o lado A estava nessa de power ballads, blues rock, o lado B, diferentemente, começa bem barulhento. Deal With the Preacher nos traz mais um belo riff, que joga muito bem com as pausas. Me lembra bastante um filho do AC/DC com o Neil Young. AC/DC porque eles são mestres em adicionar pausas nos riffs. Neil Young (Cinnamon Girl, para ser mais exato) porque ele gosta bastante de progressões 
com notas nos riffs dele, em vez de acordes. Mas não só do riff é feito esse som. O refrão é bem maneiro também, com Kirke finalmente se soltando um pouco e fazendo uma batida um pouco mais intrincada, seguindo o que Mick Ralphs faz em sua guitarra. No final, uma receita já aplicada por aqui antes: Rodgers canta, rola solo, tudo ao mesmo tempo, o clímax da música. 

Seguindo na tracklist, temos Wild Fire Woman. Sem deixar a distorção de lado, temos um som mais suingado, mais cool. Tão cool e maneiro que o solo foi feito com slide. Aliás, bom solo. Sobre os outros instrumentos, destaque merecido pra Boz Burrell, baixista da banda, que desde que começou o disco vem fazendo belas linhas, mostrando desenvoltura e habilidade, mas foi solenemente ignorado por mim. O grande problema dessa música é a sua duração. Acredito que uns 30 segundos a menos seriam bem benéficos pra ela. 

Anna, penúltima música do disco, dá uma quebrada no rockzão. Temos mais uma balada aqui, e das boas. Temos um piano com um tremolo dando o ar da graça, Rodgers mandando bem nos vocais, como de costume, e a banda acompanhando com maestria, fazendo intervenções que não soam deslocadas. O grande problema é que, como o disco todo é de um nível semelhante, ela cai no mesmo caso de Weep No More. Boa música, pero no mucho, por causa dos outros sucessos, que ofuscam um pouco as mais comuns. 

Call on Me fecha o disco. Junto com Shooting Star, é a música mais longa do disco, passando dos 6 minutos. Dá pra dizer que ela é uma mistura das últimas músicas. Tem um andamento mais roqueiro, mas é suingada nos instrumentos de cordas e tem um toque de balada, por causa do piano e da voz de Rodgers. Uma coisa bem interessante que eu reparei nessa última música é o jogo de esquerda e direita que eles fazem no som. Mais uma vez temos um caso de uma boa música que talvez não precisasse ser tão longa. Se bem que o solo no final é muito bom. 
 

Bem, por hoje era isso. Straight Shooter confirma as minhas expectativas à respeito do Bad Company. É uma banda com bons músicos que tem momentos de grande inspiração e produz clássicos absolutos. Porém, na maior parte do tempo, as composições são razoáveis, boas, gostosas de ouvir e tal, mas nada que te dê aquele arrepio. E isso pesa no final do disco, pois acaba soando meio repetitivo. Ainda assim, Straight Shooter vale a audição e merece seu lugar aqui. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Nata do Rock apresenta: Free

Free é a grande novidade, aliás, revelando algumas surpresas aos leitores: Estamos mais organizados, demorou, mas a hora chegou. Não é algo fácil, até porque estamos há um tempinho ''blogando''. Então, resolvemos concretizar nossas promessas, retomar bandas e álbuns que estavam só em rascunhos e esperamos que todo o trabalho seja um sucesso. Ok, deixarei de ser prolixa e falarei dessa banda britânica que tem como integrantes oficiais Simon Kirke - baterista do Free e do Bad Company, outra banda que logo falaremos aqui, assim como o vocalista Paul Rodgers - aquele do projeto do Queen, tipo o que estão fazendo agora, só que com o Adam Lambert - e Paul Kossoff nas guitarras, além de Andy Fraser no baixo. A banda teve seu início clichê: Kossoff e Simon eram amigos e estavam em uma banda de R&B Black Cat Bones e Kossoff gostou da voz de Rodgers - que tinha ouvido em um bar e chamaram o Andy e assim formariam o Free. Parece com a história de inúmeras bandas, porém, Free tem suas peculiaridades: Um vocalista na medida certa, que sabia ser suave e ser áspero nas linhas musicais proporcionadas e instrumentistas - falando do grupo em geral, melódico com boas doses de guitarras com um baixo e uma bateria mais discretas, um hard blues rock ou vice-versa. A banda acabou devido aos desentendimentos entre Rodgers e Fraser, ao vício de Kossoff, por mais que outros músicos entraram depois. Até teve uma reunião da velha banda em 71, com o ao vivo e em 72  Mas Kossoff morreu em 76 e depois, o Free ficou o Bad Company.
A banda tem seis álbuns de estúdio e um ao vivo. Tons Of Sobs, de 68 foi o estouro da banda, deixando lacrado seus blues rock, digamos que este álbum é o destaque do movimento deste estilo musical. Destaque para Walk In My Shadow - Ah! E ao ouvir I'm a Mover, não use drugs, apenas sinta a música.
Explicando o termo ''hard blues rock ou vice-versa'', o Free de 69 mudou completamente. A pegada está mais róquinrrou, com alcances vocais maiores e mais solos, além de musicalidade mais pesada.
Assim, o Free vai perdendo aos poucos o clima ''estou fumando um charuto com meu chapéu panamá''. Iniciar com I'll Be Creepin' chega a ser, desculpe tímidos, orgásmica. Pode soar poser, mas eu não consigo encontrar uma música ou versão favorita. O álbum é bom demais! Só não entendo porque tem uma pessoa das estrelas com a perna aberta. A subjetividade disso ultrapassa meu ''racio símio''.

Fire and Water de 70 é a transformação máxima. Um bom disco, fazendo o Free estourar em outros países e tendo seu primeiro single ''All Right Now'' - e com razão.

Highway de 70, também, era para ser uma boa promessa, foi bem aceito pelos críticos, mas não vendeu muito. E teve a questão do marketing, tipo, o nome da banda não ficou muito visível - eu não achei nem o nome, o que dificultou as vendas. Acho bom o disco, só bom e deu. Nada demais...
Free At Last de 72 foi uma possível reunião da banda e uma tentativa de fazer o Paul (leia anteriormente) parar com as drogas. Tá, não deu certo. A capa é uma bosta, parece um álbum do balão mágico ou de qualquer coisa de criança. Se gosto desse álbum...Não sei. Nem quero saber. Talvez...
Heartbreaker de 73, o último, inicia com uma música que nem quero comentar o quanto ela me importa pessoalmente. Andy saiu e entrou o Tetsu, além do tecladista John. Só aviso, muito melhor que o anterior, porém, não é um dos melhores...MAS É UM ÓTIMO DISCO.

E aqui deixo a música que me fez gostar da banda:
Só com essa imagem concluímos que o talento é o que importa.


sábado, 4 de abril de 2015

Parabéns ao Ilustríssimo: Cazuza


Considero um dos maiores músicos brasileiros, com uma emblemática presença de palco, um espírito livre e muito amor no coração. Nasceu em 4 de abril de 1958, este carioca chamado Agenor - e sua rebeldia começou na infância, quando tinha aversão ao seu nome - já estava habituado no universo musical - Seu pai é o fundador da Som Livre e sua mãe é uma cantora que você ou seus pais ou seus avós devem conhecer - Lucinha Araújo. E depois de idas e vindas tentando se encaixar em alguma profissão, ele começa a cantar a convite de Leo Jaime e então, é formado o Barão Vermelho. Em julho de 1985, Cazuza segue seu espírito livre -meio beat, meio Jack Kerouac, para seguir carreira solo, porém, em 1987 foi declarada a certeza que ele tinha AIDS e cara, que doença maldita! Se tu ver o estado que ele ficou, e não só ele, mas o Freddie Mercury, por exemplo... Tu nota a fraqueza, a magreza e toda essa imagem que deixa triste qualquer fã. E em 1990, ele seguiu rumo a ''outra viagem''.
Mas como hoje é o aniversário dele, vamos falar de coisa boa:
Em nove anos de carreira, pode-se notar inúmeras composições, que seguem desde manifestos políticos e sociais ferozes até os segredos da alma e dos sentimentos. Além de muitas participações e amizades como do Arnaldo Antunes, Ney Matogrosso, Simone e entre outros.
E o filme dele é muito intenso e muito melhor que o filme do Renato Russo, mais original. Cazuza não era somente um louco, mas um gênio.
Depois de sua morte, foi criada a  Sociedade Viva Cazuza que ajuda crianças e adolescentes carentes soropositivas, o que é uma iniciativa encantadora.

Agora deixo alguns vídeos e claro, uma homenagem simples, mas feita com dedicação:









quarta-feira, 1 de abril de 2015

Top 5 Nata do Rock: Março

Apesar de março ter sido um mês um pouco bosta, serviu de aprendizado pra nós. A maior lição? Só com planejamento e trabalho duro vamos conseguir transformar o Nata num blog maior. E, mesmo que o fluxo de views tenha sido um pouco menor, ainda assim tivemos 1167 views. Agora, para abril, esperamos um número mais consistente de postagens e, consequentemente, de views. Vamos ver no que dá. Sobre o mês que passou, tenho uma constatação interessante. Fora o Top 5 de fevereiro e a última postagem, que saiu só dia 30, as 5 "postagens de verdade" compõem o ranking de março. Vamos a elas:


A merecida homenagem da Bruna ao dia internacional da mulher é a primeira a aparecer por aqui. Isso é bom, pois mesmo sem ter como postar muitas vezes, a Bruna tá figurando no top 5.

Apesar de ser apenas uma notícia, uma postagem mais prosaica e tals, fez sua aparição aqui no top 5, o que mostra, sobretudo, a grande popularidade da banda. 

Bem, como de costume, uma merecida aparição, afinal, temos SRV, Metallica e Ramones JUNTOS na mesma postagem. Ecletismo é o que há. 

A prata desse mês ficou com a postagem mais recente de todas do top 5. Esse On the Charts teve apenas 9 dias para fazer o seu nome e não decepcionou. Espero que em abril tenhamos outras postagens de sucesso nessa série. 

E a postagem do Fly By Night não foi a primeira colocada porque a vencedora, casualmente, é a postagem mais antiga do top 5. De 3 de março, teve praticamente o mês inteiro para arrecadar views. Proporcionalmente, a postagem do Fly By Night estaria no topo, mas no top 5 o que conta é o número bruto de views. Por isso, merecidamente, esse On the Charts é o grande campeão de março. 




Bem, acho que era isso. Como um lembretezinho, deixo pra vocês um vídeo dos Ramones em homenagem à data de hoje. Nesse dia, há 41 anos, os nova iorquinos mais famosos do punk faziam seu primeiro show. Valeu!