domingo, 29 de setembro de 2013

Aleatoriedades de sempre

Eae galera sentiram minha falta? Possivelmente não mas, problema de vocês. Eu to meio sem ideia do que posta e tipo meio sem vontade, então vou dar algumas opiniões sobre  que vem rolando neste mundo musical de meu deus.
Primeiramente Rock in Rio, eu deixei passar meio de leve assim mas, como o Lima comentou resolvi expor minha opinião. Assim acho a proposta do Lollapalooza muito melhor que a do Rock in Rio. Só pra deixar bem claro eu sei que meu ideal de Rock in Rio e algo inconcebível, um Rock in Rio onde tivéssemos o reunido Black Sabbath, um Deep Purple, um belíssimo AC/DC, e muito mais. Mas ai você me pergunta porque isso não vai acontecer por vários motivos:

1- Não ha interesse dos empresários e da Globo em chamar uma banda como o Deep Purple quando eles podem chamar o David Gueta que vai dar muito mais publico.

2- As três bandas citadas não tem interesse de participar: O Black Sabbath e o AC/DC por ganharem muito mais com seus shows e o Deep Purple por ....... ta eles participaram mas eles também tocariam na festa do seu filho se você quisesse.

3- Bom não consegui pensar num terceiro motivo mas enfim não ha interesse das duas partes.

Mas então o que fazer com o Rock in Rio. Bom em minha sincera opinião transforma-lo em um Lollapalooza onde se tem presença de bandas undergroud sem abrir mão de algumas atracões maiores não se esqueçam que nele tivemos nomes como:


The Killers (Longe de ser fã)
Cake (Boa banda)
The Black Keys (Uma das melhores de hoje em dia)
Queens of the Stone Age (Não sei se tem feito novo material)
Franz Ferdinand (Acabaram se perdendo)
Pearl Jam (Clássico)
Planet Hemp (Outro clássico)
Se eu não me engano até o Foo Fighters participou

Claro também tivemos algumas coisas que não eram tao Rock mas, não se esqueçam que nunca foi dito que o Lollapalooza era um festival de Rock.

Concordo com a parte das homenagens, maravilhosas só não vamos esquecer que uma hora vão acabar os ídolos pra se homenagear e ai vai ficar meio repetitivo.

Mudando de assunto 10 dias sim 10 dias BLACK SABBATH  sim 10 dias me separam de IOMMI,  BUTLER e OZZY a emoção é grande mas, aguenta as pontas ai pessoal.

Bom era isso meio confuso como é costume mas eu faco isso quase dormindo então podia ser melhor. Eu não disse perfeito eu disse melhor. Bom pra fecha um show do Deep Purple que eu ouvi enquanto eu escrevia sim acreditem eu levei 1 hora e meia pra escreve isso e o Black Sabbath tocando uma musica fora do seu estilo.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Resenha #6: Rush - Vapor Trails Remixed






































Confesso que foi uma das notícias que mais me interessou nos últimos meses. Finalmente, depois de 11 longos anos de espera, o disco mais sujo e mal produzido do Rush seria remixado. Nada de picaretagem ou caça níqueis, o Vapor Trails era um disco que precisava disso.

Serigrafia da versão em CD
Não sei se essa nova versão vai conquistar os detratores do mesmo, que nunca gostaram do Vapor Trails. Eu sempre fui um meio termo, achava que o disco não era tudo isso mesmo, mas tinha ótimas músicas. E um disco pode sim ser pesado e/ou agressivo, mas não precisa ser sujo pra isso. Tem alguns discos por aí que também sofrem de compressão exagerada e pedem umas remixagens, como o Californication, do RHCP, e o Death Magnetic, do Metallica.

Outro fator que provavelmente influenciou na mixagem porca do disco foi o contexto no qual ele foi concebido: depois de cinco anos de hiato do Rush, onde Neil Peart colocou as coisas no lugar depois de duas terríveis perdas na sua vida. O disco mostra esse sofrimento, essa dor, mas a parte da mixagem é desnecessária, bastavam as letras pra se perceber isso.

Quanto às músicas, finalmente percebi o que o guitarrista Alex Lifeson queria dizer. Muitas nuances, muitos detalhes importantes foram perdidos com a mixagem original. E posso perceber isso agora. A bateria de Neil Peart deu uma bela engordada no som, principalmente da caixa, muitas "tracks" escondidas da guitarra de Lifeson puderam aparecer agora, dando outro norte para a música. Tudo agora é mais vivo, é mais coeso. Sugiro que ouçam o disco de fone, inclusive, é uma bela experiência.


Alguns detalhes do Vapor Trails Remixed são importantes e merecem ser destacados: O flanger na batera do Peart, em partes de One Little Victory, além de "mini solos" de Lifeson, no meio da música, os quais eu NUNCA tinha ouvido antes. Ceiling Unlimited com guitarras muito mais, digamos, chamativas, com mais harmonia. Fechando o lado 1 da versão em vinil, Ghost Rider ficou coisa de outro mundo. Forte e pesada como deve ser, mas com linhas vocais de Geddy com alguns ecos que deixaram ela melhor ainda. 


Peaceable Kingdom, uma das menos badaladas do disco, inicia o lado 2. Pra mim, sempre soou mais como uma filha de Half The World, com pitadas do Snakes & Arrows, ficou pesada e limpa. A guitarra de Lifeson é que tem o timbre sujo no meio, mas casado com a música. The Stars Look Down nunca me atraiu muito, mas é uma boa música. Os belos arranjos acústicos do refrão sempre ficaram escondidos no meio da sujeira e agora puderam aparecer. A música seguinte, How It Is é basicamente a mesma situação. Bonitos arranjos acústicos que ficaram comprometidos pela mixagem original. Agora estão bem evidentes, e a música também é boa. Nada de se destacar, mas uma boa música sim. 

Vapor Trail fecha o primeiro vinil. Sempre foi uma das minhas preferidas do disco. Aquela caixa com som mais agudo, com o tambor mais raso, do Peart - que ele também usa em Virtuality -, merecia um som melhor. Finalmente ele está aí. Além disso dá pra perceber agora uns ecos na voz do Geddy, no começo da música, tão bem nítidos. 
Secret Touch, uma das mais badaladas do disco, apesar de eu achar ela cansativa em alguns momentos, mostrou ser mais um exemplo de música pesada e suja sem ser literalmente suja. Só acho que, como disse há pouco, ela é cansativa por ter seis fucking minutos e meio, e, além disso, já ser a oitava música, se encaminhando mais para o final da bolacha. 



Earthshine me lembrou de algo que eu já poderia ter falado logo de cara, em One Little Victory. Essas duas músicas foram remixadas já em 2009, pra coletânea Retrospective 1989-2008 (inclusive foi ali que surgiu mais forte essa ideia de remixar o disco todo). Apesar de terem ficado anos-luz melhores do que as originais, esses quatro anos de tecnologia talvez tenham feito diferença. O som tá beeem mais limpo, mais polido. Aliás, alguém aí sabia que em Earthshine tem violão na ponte antes do refrão? Eu não sabia xD

Quando eu falo em poder ouvir melhor as progressões, as nuances do disco, Sweet Miracle se encaixa perfeitamente no que eu digo. Na versão original parece que a banda segura o mesmo acorde durante a estrofe inteira e muda pra um outro no refrão, que também é filho único. Agora no remix eu pude notar o violão no refrão e uma track de guitarra antes de cada início de estrofe que dão o diferencial da música.


Encerrando o disco com o "trio patinho feio" (mas também, let's cut some slack, afinal, já foi quase uma hora de porradaria ininterrupta), temos Nocturne. Não sei se eu ando ouvindo muito The Offspring, mas o começo dela lembra bastante músicas como Americana. É algo mais pesado, mas cru mesmo. Quando entra o vocal, porém, dá uma abrandada. Também é uma boa música, mas nada de destaque.


Acho que uma coisa o remix não vai mudar na minha opinião sobre o Vapor Trails: pra mim o disco devia acabar em Sweet Miracle, no máximo em Nocturne. Não consigo considerar que Freeze e Out Of The Cradle são dignas de estarem num disco do Rush. São muito fraquinhas.

Enfim, acho que é isso. O remix deu um ar de renovação pro disco. Agora sim ele merece uma avaliação decente. Agora ele tem o padrão de qualidade, o capricho e preocupação que o Rush normalmente tem com suas gravações de estúdio. E sim, o Vapor Trails é um bom disco. Talvez até do nível do Snakes & Arrows e com certeza melhor que o bom, mas cansativo Clockwork Angels.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Quinta Underground #17: Red Hot Chili Peppers (1ª Parte)

Pra quem leu o título da postagem e pensou "Red Hot? Mas é a banda mais modinha que tem, como assim underground?", calma na alma, que a partir de hoje vamos descobrir muita coisa boa que vai além daquele grupo limitado de músicas, como Californication, Under The Bridge, Give It Away, Otherside, Dani California, Scar Tissue, Can't Stop, By The Way e por aí vai.

Pra quem não sabe, o Red Hot já transitou por muitos, mas MUITOS estilos. E até 1989 era uma banda relativamente pequena. E até 1988 não tinha John Frusciante nem Chad Smith. E que o Frusça não é membro fundador. E que a banda já teve Dave Navarro(sca) nas seis cordas. Enfim, tem muito do RHCP que as pessoas não conhecem. Pretendo mostrar isso aqui, quanto à questão musical. A parte da história deles fica pra outra postagem.

Mas pra começar, uma abordagem básica. O Red Hot Chili Peppers começou em 1983, nas mãos de Anthony Kiedis, Flea, Jack Irons e Hillel Slovak. A banda fez seu primeiro show no Rhythm Lounge, em Hollywood, 13 de Janeiro de 1983. Nesse show eles apresentaram Out In L.A., que estaria, posteriormente, no disco de estreia. Em 1983 a banda seguiu fazendo apenas shows, e apenas em 1984 que a banda teve a oportunidade de gravar seu debut.

Baby Appeal, Out In L.A. e Green Heaven (1984 - The Red Hot Chili Peppers)

O disco não contou com a presença de Slovak e Irons, que tinham compromisso com o What Is This?, banda que julgavam ser principal. Para o lugar deles, entraram Jack Sherman e Cliff Martinez. Apesar dos dois serem bons músicos, o feeling não é o mesmo, além da qualidade da gravação e a péssima produção de Andy Gill não ajudarem em nada. O disco saiu sem graça, sem vida. Mesmo assim, há nele boas músicas que foram esquecidas (pra dizer a verdade, nenhuma é realmente lembrada pelo ouvinte casual do RHCP, mas True Men Don't Kill Coyotes e Get Up And Jump foram singles, por isso não entram aqui).


Baby Appeal - Apesar dela e Why Don't You Love Me?, único cover do disco, serem bem parecidas no instrumental, é uma ótima música. Com uma produção mais polida seria, talvez, mais bem recebida pela crítica, assim como o resto do disco.

Out In L.A. - Como dito antes, primeira música composta pelo RHCP, um poema de Kiedis sobre Los Angeles. Essa música é muito boa, tem uma linha de baixo e bateria que são interessantíssimas. Ela é uma das mais lembradas desse disco de estreia, pois abriu shows do RHCP até 1992.

Green Heaven - O que temos de mais pesado no disco. Também é uma ótima música.

Um bônus: Grand Pappy Du Plenty. Música pra viajar, é um instrumental que fecha o disco. Em 1994/1995 o RHCP tocou um trecho dela algumas vezes, pra abrir o show.

Jungle Man, American Ghost Dance, The Brothers Cup e Yertle The Turtle (1985 - Freaky Styley)

O disco mais black do Red Hot Chili Peppers. Também... teve como produtor o grande George Clinton (Parliament, Funkadelic, P-Funk da melhor qualidade, ouçam que vale a pena), só podia dar nisso. Bem melhor produzido e gravado que o anterior, mostra uma grande evolução, um amadurecimento musical da banda. O som não é tão nonsense, é algo mais acessível. Talvez a volta de Slovak pra esse disco tenha sido a diferença.





Jungle Man - Faixa de abertura do disco, teve direito a clipe. Tem um refrão pegajoso, apesar do estilo meio difícil de ser digerido na primeira audição.

American Ghost Dance - Até teve uma palhinha na turnê do I'm With You, mas a última vez que foi tocada por inteiro foi em 1989. Bem suingada, é um dos destaques do disco. Tem um vídeo do processo de gravação dela que é bem divertido. Podem ver ele clicando aqui.

The Brothers Cup - Séria candidata a melhor música dos Peppers. Essa música tem a total influência do Clinton: metais, linha de baixo completamente funky, guitarra é apenas um filler, a la James Brown, etc. Infelizmente ela parou no tempo, desde 1986, na turnê do próprio Freaky Styley, ela não é mais tocada.

Yertle The Turtle - Outra música muito funkeada. Foi tocada na turnê do Californication, na Yertle Trilogy, que ainda incluía a faixa título do disco. A linha de bateria de Martinez é bem interessante nessa música. Infelizmente ao vivo na turnê do califa ela perdia bastante a graça, por causa da falta dos metais.

Fight Like A Brave, Behind The Sun, Funky Crime e Special Secret Song Inside (1987 - The Uplift Mofo Party Plan)

Até o momento, era o disco de mais sucesso dos Peppers, inclusive entrou no Top 200 da Billboard. Único disco de estúdio com a formação original (Irons voltou pra banda), e último de Hillel, que viria a falecer em 1988, vítima de uma overdose de heroína. Não vou negar que é o disco mais cansativo deles, junto com o debut. O tempo todo é paulada, guitarra distorcida e o escambau. Mas as melhores músicas dessa fase vieram daqui. Fora Me And My Friends, tocada até hoje pela banda, não tem nada que seja muito conhecido.



Fight Like A Brave - Uma verdadeira porrada, pra começar o disco. De cara, Anthony canta sobre seus problemas, na época que lutava contra a heroína e, por conta dela, acabou expulso da banda por uns meses em 1986. O solo de Hillel aqui não é nada virtuoso, rápido e etc, mas tem atitude, e isso também é importante.

Behind The Sun - Único momento mais leve do disco. Uma coisa meio surf/indiana. Vale a pena ouvir, é algo muito feliz. Aqui Hillel mostra bem sua técnica e o porquê de ser considerado a alma dos peppers nessa primeira fase. Ela foi a única música do disco que nunca foi tocada por inteiro ao vivo.

Funky Crime - Como o próprio nome diz, é algo bem funky. Mas pesado ao mesmo tempo. Foi tocada pela última vez em 1998, na turnê de volta do John Frusciante pra banda. É uma ótima música.

Special Song Secret Inside - Esse é apenas o nome adaptado dela. Pra quem não conhece, essa é a famosa PARTY ON YOUR PUSSY. Anthony brinca de ser tarado nessa letra, onde ele fala sobre fazer uma festa na pepeca das cocotas. Nada além do Red Hot das antigas. Além disso, o instrumental dela é furioso, destaque para Hillel, com um belo riff no meio da música.

Bom, acho que era isso. Semana que vem tem os discos com o Frusciante na primeira passagem pela banda e o polêmico One Hot Minute, gravado com Navarro.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

E o Rock In Rio? (Parte 1)

Diferente da edição de 2011, onde eu realmente malhei o Rock In Rio por ter muita coisa que não tem nada a ver com rock, eu entendi como se faz: simplesmente a gente tem que garimpar os shows decentes, porque Rock In Rio virou apenas um nome. Sinceramente, com o número de shows que valeriam o ingresso, tanto do Palco Mundo quanto, ou até, principalmente, do Sunset, daria pra fazer, talvez, os 5 dias de festival. A questão é que, como eu resolvi acompanhar mais a fundo o Rock In Rio apenas em 2011, o choque foi muito grande quando eu percebi que poucas semelhanças há entre o negócio (no sentido literal da palavra, o business mesmo) que virou o festival, e o grande festival de rock que tomou o Brasil no início de 1985, onde muitos brasileiros tiveram sua tardia iniciação no rock.

Podem até argumentar que "desde aquela época não era só rock". Mas vendo o line up daquela época, que atrações que não eram exatamente rock mas tocavam aqui? "Só" nomes do calibre de Moraes Moreira, Rod Stewart, Ivan Lins e por aí vai. Sinceramente, eu acho que era bem melhor do que David Guetta (que merecia, pra mim, no máximo, um Palco Eletrônico), e, de novo, Ivete Sangalo.

Mas depois dessa abertura, vamos aos shows. Interessante ressaltar que MUITAS bandas de um bom tempo de estrada foram meio que escanteadas, foram colocadas no Palco Sunset, pra dar lugar a bandas mais recentes e que, comparadas com essas outras, não sei se mereceriam Palco Mundo.

Sexta-Feira, 13/09

- Cazuza: O Poeta Está Vivo: Uma bela homenagem. Cazuza recebeu, diferente do Legião em 2011, que foi um tributo pobre, musicalmente, algo digno de sua curta e agitada carreira. Fora Bebel Gilberto, que realmente assassinou as músicas que cantou, só feras: Barão Vermelho (o qual Frejat, desnecessariamente, colocou seu nome à frente do da banda), Ney Matogrosso, Paulo Miklos (aliás, senti falta do Titãs nesse Rock In Rio), Maria Gadú e Rogério Flausino. Em momentos alternados, e juntos, relembraram sucessos da carreira de Cazuza, e do Barão Vermelho com ele. Com certeza o maior destaque do show foi o final, onde Ney Matogrosso cantou Brasil, Codinome Beija Flor e O Tempo Não Pára.

Estilo é o que há xD
- Living Colour: Com a mesma formação que os levou ao sucesso, e que já perdura há quase 30 anos, fizeram um puta show. Realmente levantaram a galera, um som pesado como sempre, com vários sucessos do Vivid, disco de estreia. Corey Glover, o vocalista, mostrou que os quilos a mais não atrapalham na exigente performance vocal que sempre teve no Living Colour, cantando com maestria músicas como Cult Of Personality e Glamour Boys. Além disso, a presença de Angelique Kidjo deu um toque africano bem interessante ao show, com músicas mais voltadas pra esses ritmos. Infelizmente o multishow cortou o show dos caras bem quando eles tavam tocando Voodoo Child (Slight Return), pra entrevistar a Ivete Sangalo. É foda, como diria Sócrates. Interessante ressaltar que esse foi só o primeiro dos shows no Palco Sunset que mereciam Palco Mundo.

Infelizmente, esses dois shows estavam no dia errado. Em um dia onde os destaques são David Guetta, Beyoncé e Ivete Sangalo, a única opção que resta é tocar onde ainda tem um pouco de rock, ou seja, o Palco Sunset, ou abrir o festival, como foi a homenagem do Cazuza.

Sábado, 14/09

Na minha opinião, o melhor dia do festival, disparado. Mas adivinha só? Todos os showzaços rolaram no Palco Sunset. E o pior de tudo é que era um dos dias de rock. Mas preferiram dar lugar ao Florence and the Machine e ao 30 Seconds To Mars ao invés de The Offspring. Não que as duas não sejam sucessos no rock, mas o Offspring tem de sucesso o que esses caras tem de estrada ao total.

- Marky Ramone and Michale Graves: Infelizmente me perdi na hora e quando cheguei, já estavam em What a Wonderful World, penúltima música do show. Não dá pra se dizer que merece Palco Mundo, afinal, o único membro realmente conhecido do grupo é o Marky Ramone, e nem todas as interpretações do vocalista do grupo são tão boas assim, mas só de ver um membro original do Ramones tocando no Rock In Rio já é uma grande coisa, além do fato que dá pra curtir o show de boa, afinal, é óbvio que, de Ramones ali, só sobrou a batera do Marky.

Momento onde Tico Santa Cruz recebe a icônica capa de Raulzito
- Tributo a Raul Seixas: Que me desculpem o Iron Maiden, Metallica, Bruce Springsteen, Bon Jovi e etc, mas esse foi o show mais emocionante. Pode não ter sido o melhor, mas cara, levantou a galera, e mostrou como o Raul era um cara FODA. Falando no Bruce, o Raul era tão foda que nos dois shows do The Boss aqui no Brasil, a música de abertura foi Sociedade Alternativa.
Quanto ao show, em sua maioria, clássicos do Raul. Apesar de achar o show meio pequeno (pra mim faltou, por exemplo, Al Capone, talvez Rock das Aranha, Conversa Pra Boi Dormir), foi só música escolhida a dedo. Aluga-se, Por Quem Os Sinos Dobram, No Fundo do Quintal da Escola, Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás, Tente Outra Vez e Maluco Beleza (ambas com a participação de Zélia Duncan), Ouro de Tolo, Como Vovó Já Dizia e Rock Do Diabo (ambas com a participação de Zeca Baleiro), Cowboy Fora da Lei (que contou com a participação de Arnaldo Brandão e Rick Ferreira, originais da banda do Raul), Gita, Metamorfose Ambulante e Sociedade Alternativa. Essas três últimas o Tico Santa Cruz cantou com a capa original do Raulzito, trazida ao palco pelo Sylvio Passos, presidente do Raul Roque Clube, maior fã clube do Raul no Brasil. Apesar das críticas ao vocal, acredito que a voz do Tico Santa Cruz combina bastante com algumas músicas do Raul por se assemelhar, em momentos, à voz do Marcelo Nova. Enfim, só vendo esse puta show pra entender como foi incrível.

- The Offspring - Apesar das minhas ressalvas quanto ao grupo (aquelas tretas de sempre sobre eles e o Blink copiarem ou não o Green Day), resolvi ver o show. Acho que peguei ele a partir da quinta música e fiquei até o final. Muito bom o show, os caras, apesar de quarentões (quase cinquentões), fazem um show como se fossem os adolescentes espinhentos dos primórdios da banda. Dexter Holland, apesar de gordinho, ainda consegue cantar muito bem as músicas. Foi mais um show do Palco Sunset que realmente levantou o pessoal.

Dinho coloca o nariz de palhaço, depois do tal discurso 
- Capital Inicial - Cara, tá ligado cara, velho, porra, cara, único show do Palco Mundo que eu vi, cara, falou velho? Tá, brincadeiras à parte, o Capital abriu a segunda noite do Palco Mundo com um belo show. Dinho mostrou uma performance melhor do que em 2011, onde parecia sem voz, e a banda ainda fez um tributo à Chorão e Champignon, que morreram esse ano, tocando Só Os Loucos Sabem. Como eu falei ali no início, outra cena marcante do show foi o pitoresco discurso de Dinho sobre os políticos, quando a banda ia tocar Saquear Brasília. Infelizmente, o que era pra ser um discurso de revolta virou motivo de chacota, porque a cada três palavra, o Dinho falava um "cara" ou "velho".

Mais uma vez, tivemos shows dignos de Palco Mundo ocorrendo no Sunset. Cadê a valorização do rock nacional? Por que o tributo ao Cazuza passa no Palco Mundo e o do Raul no Sunset? É esse tipo de coisa que faz, as vezes, do Rock In Rio, uma palhaçada.

Domingo, 15/09

Em mais um dia bem pop, com atrações tipo a fraca Jessie J e Justin Timberlake, mais uma vez minhas atenções se voltaram pro Palco Sunset. E foram dois os motivos:

 - Nando Reis : Apesar de estar um pouco sem voz, e ter que jogar muitas partes das músicas pra plateia, Nando fez um belo show, como sempre. Levantou a galera, acompanhado no final por Samuel Rosa, do Skank.



- George Benson: O grande momento do dia. A LENDA do Jazz George Benson, juntamente com Ivan Lins, assim como ocorreu em 1985. Não foi lá um show de levantar a galera, mas o calibre musical dessas duas figuras é muito alto, inegável a qualidade da música apresentada no show.

- Aurea e The Black Mamba: Vi mais pra passar o tempo, esperando o show do Nando Reis. Eles fazem um som bem interessante, vale a pena dar uma procurada pelo show no Youtube.

- Jota Quest: Ouvi dizer que foi um belo show. Acabei me passando na hora e só cheguei quando eles tavam acabando Brasil, do Cazuza, penúltima música do show. Ainda assim, deu pra ver eles chamarem Lulu Santos no palco e mandarem uma versão bem diferente de Tempos Modernos.

Bom, como eu já tava falando no facebook, minhas impressões da segunda semana não foram diferentes, tivemos shows do Palco Sunset dignos de Mundo. A diferença é que na segunda semana os principais do Palco Mundo eram bandas como Bon Jovi, Metallica, Iron Maiden e Bruce Springsteen. Aí não tem concorrência.

Enfim, acho que eras isso. Até o fim da semana, a segunda parte vai tá aqui também. Fiquem ligados. Valeu!!





sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Notícia: Rush vai lançar versão remixada do Vapor Trails

Sim, finalmente vamos ter uma conclusão adequada sobre a qualidade do Vapor Trails, trampo do Rush lançado em 2002. À época, o Rush tava voltando de um hiato de 5 anos, onde Neil Peart parou um pouco pra pensar na vida (em cima de uma motoca), depois de perder, em questão de 2 anos, mulher e filha. Esses acontecimentos refletiram na música da banda. Com um som pesado e letras extremamente reflexivas, abordando questões sobre essa volta por cima (One Little Victory), sobre essas viagens de moto que Peart fez (Ghost Rider), entre outras.

A questão é que, no lançamento original, a mixagem do disco ficou PÉSSIMA. Cheia de compressão, é tudo muito alto e estourado, tipo o Californication, do RHCP, o Death Magnetic, do Metallica, entre outras vítimas do loudness war. Em 2009, para serem lançadas na coletânea Retrospective 3, One Little Victory e Earthshine já haviam recebido um trato, e ficaram bem diferentes. Com isso, os fãs pediram por uma versão completa desse remix. Agora, 11 anos depois, a banda anunciou que uma versão remixada vem por aí em Outubro. Aí sim poderemos dizer se o disco é fraco, como alguns fãs defendem, ou se a mixagem ruim contribuiu pra ficar um som tão poluído e embolado.

Até agora, foi lançado no youtube uma prévia de 6 minutos, onde um pedaço de cada música é apresentado, pra tirarmos umas conclusões. Apesar da qualidade do vídeo não ser das melhores, eu percebi que Secret Touch ficou bem diferente.


Quando palavras não são necessárias...


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pra quem perdeu o tributo ao Raul

Já tinha colocado antes na página do facebook, mas lá não tem tanta visibilidade... quem perdeu o tributo que o Detonautas/Zélia Duncan/Zeca Baleiro fizeram pro grande Raulzito, sugiro sinceramente que vejam. Até agora, na minha opinião, foi o melhor show do Rock In Rio.

Falando nisso, eu ando meio sem inspiração, por isso essa semana inteira sem postar nada, mas acho que agora é uma boa hora pra falar do nosso rock nacional, que anda meio moribundo. Mas se anda assim, é porque o Brasil perdeu, junto com as próprias bandas, o hábito de ouvir/manter viva a cultura do rock nacional. Tem muita coisa do Raul, por exemplo, pra se falar, e até hoje eu nunca falei nada sobre ele aqui. Tá na hora de mudar isso.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vai pensar, vai mudar? pt. 2
















Qualquer tipo de reflexão(e atitude) é necessária, inclusive essa reflexão...SÓ PRA TERMINAR COM CHAVE DE OURO! 

Vai pensar, vai mudar? pt. 1

Acredito que cada pessoa deveria ter um ''coice interno'', um momento que fizessem elas pensarem sobre determinadas coisas, qualquer que seja essas coisas e esse pode ser um momento de transições importantes e até de encontrar uma nova identidade ou um momento de revoluções não só consigo, mas com o mundo...Isso pode estar muito chato,mas quer ver um jeito de ficar bom?

 


 (Coragem largar os pais e o namorado e ser ex-Ana Paula, mas enfim, o mundo vai acabar e ela só quer dançar).






















 (Polêmica)


 (Coloquei ela porque acho importante mulheres no rock e eu gosto dela...)


 (Sátira de Amélia)



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Black Sabbath em Porto Alegre... e o setlist?

Bom, a expectativa é muito grande, afinal, faziam 35 anos que o Sabbath não tinha o Ozzy nos vocais. Infelizmente Bill Ward se recusou a fazer parte da turnê, pois segundo o próprio e, mais recentemente, Tony Iommi, houve divergência financeira. Ward alegou que tavam sacaneando ele no contrato, então ele preferiu ficar de fora.

Até agora, foram pouco mais de 30 shows, considerando os de 2012 e os de 2013 antes do lançamento do 13. O Sabbath tá tocando sempre o mesmo setlist nos shows, talvez mude alguma coisa porque esses shows no Brasil pertencem a outra perna da turnê. Mas enfim, o que esperar pra Porto Alegre?

Como o Sabbath encerrou uma perna da turnê agora, e só volta a tocar em Outubro, acredito que eles vão estar descansados e que o show vai ser tranquilo. Porto Alegre é o terceiro show da próxima perna. Quanto ao setlist, não posso garantir nada, mas eu tiro as minhas impressões sobre o que eles tão apresentando atualmente.

War Pigs - Clássico, é indispensável num show do Sabbath. Perfeita pra abrir o show.

Into the Void - É uma boa música, mas acho que um clássico como Sweet Leaf, do mesmo disco, não poderia ficar de fora do show. Talvez trocasse uma pela outra.

Under The Sun/Every Day Comes And Goes - Com certeza tem coisa melhor do Vol. 4, ou até de outros discos, que poderia estar no lugar dessa música, principalmente Loner, do disco novo, Supernaut, A National Acrobat, Sabbath Bloody Sabbath... as opções são muitas.

Snowblind - Ao contrário da anterior, é a melhor música do Vol. 4 e uma das melhores da carreira do Sabbath. Merece estar no setlist.

Age Of Reason - Uma das novas, é das melhores do 13. É justo que esteja no setlist, mas acho que eles poderiam revezar ela com Methademic, que parou de ser tocada no meio da turnê, e Loner, caso essa não entrasse no lugar de Under The Sun.

Black Sabbath - Dispensa maiores comentários.

Behind The Wall Of Sleep - Das melhores do debut da banda. Não vejo outras opções do mesmo disco que se encaixem aqui, talvez Evil Woman ou The Wizard. Mas entre elas e Behind The Wall Of Sleep, fico com a última.

N.I.B. - Dispensa maiores comentários [2]

End Of The Beginning - Junto com God Is Dead?, os grandes destaques do disco. Merece seu lugar no setlist.

Fairies Wear Boots - Na minha opinião, a melhor música do Paranoid, cheia de trocas de tempo e riffs sensacionais. Se tem uma música do Sabbath que eu faço questão de ver ao vivo, é essa.

Rat Salad - Um instrumental bem jazzístico, boa escolha porque tem o solo de bateria no final, e a "música" seguinte do show é o solo de bateria do Tommy Cluefetos.

Iron Man - Dispensa maiores comentários [3]

God Is Dead? - Maior hit do disco novo, merece seu lugar no show também.

Dirty Women - Não sei se eu faria essa escolha, ainda mais no final do show, mas acredito que eles fizeram mais pra incluir algo do Technical Ecstasy no show, e a melhorzinha do disco é essa.

Children Of The Grave - Não é das mais conhecidas do Sabbath, mas pra fechar o set é uma boa escolha. Pesada, com trocas de tempo, uma bela letra do Ozzy.

Paranoid - O bis não poderia ser outro, pra fechar uma noite perfeita.


Músicas que eles chegaram a tocar no começo da turnê, mas abandonaram:

Methademic - Tocaram ela 7 vezes. Acho que seria uma boa escolha pra rodar entre as músicas do 13 que são tocadas nos shows.

Electric Funeral - Tocaram ela 7 vezes também. Não sei se teria lugar substituindo outra do Paranoid, mas com certeza no lugar de Dirty Women ou de Under The Sun ela poderia entrar.

The Wizard - Foi tocada 3 vezes. É mais um blues com umas pitadas de jazz, no estilo do Led Zeppelin, poderia entrar no set também.

Sweet Leaf - Foi tocada 3 vezes também. É pena que tenham deixado ela de fora, ela merecia um lugar no show.

Tomorrow's Dream - Foi tocada 2 vezes. Merecia estar no lugar de Under The Sun, com certeza.

Wheels Of Confusion - Foi tocada apenas uma vez. É um dos clássicos do Vol. 4, acho que se encaixa no mesmo caso de Tomorrow's Dream.

Loner - Foi tocada uma vez. Poderia revezar com as 3 do 13 que são tocadas no show.

Symptom Of The Universe - Foi tocada em todos os shows antes do lançamento do 13, depois caiu fora. É um sonzasso, poderia estar no setlist sem tirar o lugar de nenhuma outra.

Além dessas, algumas músicas que eu senti muita falta no set foram, principalmente Sabbath Bloody Sabbath e Killing Yourself To Live. Outras que na minha opinião poderiam ser tocadas são A National Acrobat, Sabbra Cadabra e Supernaut. Changes eu acredito que não cairia muito bem.

Bom, acho que é isso. Agora é esperar esses 20 e poucos dias. A expectativa é grande, e tenho certeza que os velhos não vão decepcionar e vão fazer um puta show.





terça-feira, 10 de setembro de 2013

Os 45 anos do Shades Of Deep Purple e os 20 do The Battle Rages On (2ª Parte)

Demorou, mas saiu. Como fazia tempo que eu não ouvia o Battle, pra fazer essa segunda parte eu preferi ouvir ele antes, pra tirar as minhas impressões.

Lançado em Julho de 1993, há pouco mais de um mês, o The Battle Rages On completou 20 anos. E, apesar de não ter o mesmo impacto do disco de estreia, que lançou o Deep Purple no mundo da música há 45 anos atrás, também é um disco histórico, assim como o Come Hell Or High Water, registrado na turnê do mesmo, por se tratarem dos últimos registros (de estúdio e oficial ao vivo, respectivamente) do Deep Purple com Ritchie Blackmore.

Pesado, tanto no instrumental como nas letras, o disco tem seus momentos. Não é nada comparável à MK II do Purple na década de 70, que gravou clássicos como Fireball, In Rock e Machine Head, e até mesmo a reunião dessa formação, que gravou Perfect Strangers. Pra dizer a verdade, dos discos com Gillan e Blackmore juntos, só não é mais fraco que o pseudo-new-wave-que-deu-errado The House Of Blue Light. Ainda assim, tem grandes músicas.

A faixa título, que abre o disco, foi tocada até um ou dois anos atrás, nos shows do Purple. Eu vi ela ao vivo em 2009, e os velhos ainda mandam tri bem nela. Ela tem uma abordagem diferente do Deep Purple clássico com o Blackmore, mesmo a banda estando com ele no disco. Ficou meio confuso, mas posso esclarecer. Por parte do Gillan, essa música já soa mais como o Deep Purple com o Morse, parece uma música do Purpendicular, só que mais pesada. Os vocais lembram bastante. Lick It Up, segunda música do disco (não, não é aquela farofa do Kiss que tem o mesmo nome xD) tem um riff mais funkeado na guitarra, coisa que o Blackmore aprendeu com o tempo. Apesar da letra falar de mulher e esse tipo de coisa, é algo um pouco mais intelectual, tem umas metáforas e tal. Boa música, mas nada demais.

Anya tem um começo interessantíssimo. Nela, Blackmore acaba mostrando o que viria a fazer posteriormente, com o Blackmore's Night, a introdução tem muito dessa mistura que é o grupo novo dele e da patroa Candice Night, uma espécie de folk/erudito/celta, mas com o peso do Deep Purple, o que é um puta diferencial. Sem dúvida é um destaque do disco, ótima música, saindo da mesmice. Talk About Love é a quarta música. Também é uma boa música, tem um interessante começo, intrincado e com uma bateria nada linear, depois cai no padrão do disco.

Com um andamento e uma progressão que lembram as músicas do Kiss, Time To Kill é uma boa música, mas nada demais. O principal problema do Battle é a duração das músicas. Umas musiquinhas mais ou menos tem uns 5 minutos e meio, 6 minutos, quando deveriam ter, no máximo, uns 4 e meio. Mas ela tem um refrão cativante, só que ele fica INCRIVELMENTE CHATO nos últimos 2 minutos, onde ele repete umas 2385298347593489689034 vezes.

O último grande destaque do disco é Ramshackle Man. Ela ainda tem um pouco do Deep Purple mais clássico, lembra o material do Perfect Strangers. Ela tem o balanço, o feeling, e nela ninguém tá apagado, como o Glover aparece no resto das músicas. Impressionante como o Glover se acomodou nas palhas, ele nunca foi um virtuose nem nada (até porque é algo difícil numa banda como o Purple), mas ele sempre fez umas linhas legais. Aqui ele tá parecendo o baixista do AC/DC (com todo o respeito, mas o Cliff Williams é um bosta).

Depois de Ramshackle Man, vem uma sequência de quatro musiquinhas bem meia bomba, com muito boa vontade, boas. A Twist In The Tale lembra mais algo do fraco Slaves And Masters, esquecível. Nasty Piece Of Work não é bem o sinônimo do título. Longe de ser uma bela peça, é no máximo uma boa peça, com o andamento cadenciado e mais uma boa linha de Glover, rara nesse disco.

O encerramento do disco tem Solitaire e One Man's Meat. A primeira lembra um pouco Vincent Price, presente no último lançamento, Now What?!. Meio sinistra, com duas vozes de Gillan. Ainda assim, é no máximo uma boa música. A segunda, é um peso que lembra mais o Rainbow. Boa música, a melhor das últimas quatro.

No overall, The Battle Rages On seria um ótimo disco do Rainbow, por exemplo, mas não é digno pra um último registro do Purple com o Blackmore. Parece que foi feito nas coxas, visando mais as individualidades do que o geral. O resultado são músicas cheias de solos extras, desnecessários, nos finais das músicas, o que as levam a ter uma duração maçante. Fora isso, como eu disse, o disco tem seus momentos, tem até alguns clássicos. Por sorte, a (infelizmente) saturada MK II e sua batalha de egos deu lugar à MK VII, com Steve Morse, que seu sangue novo à banda, fazendo o melhor disco desde o Perfect Strangers: o Purpendicular.

Ainda assim, o Battle é histórico e vai ficar marcado pra sempre como o último registro com o Blackmore. Só por isso, já merece estar aqui. Leva nota 6,5.



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Utilidade pública pros fãs de RHCP

Pessoal, pra quem não sabe, um canal do Youtube, RHCPtv6, que posta músicas ao vivo do RHCP na turnê do I'm With You (que eles tavam disponibilizando pra compra, eles compram e colocam no Youtube), teve uma ideia, juntamente com outro canal, pra conseguir material de qualidade, soundboard e tal, de outras turnês.

Eles organizaram uma petição pra solicitar pra Warner o lançamento desse material (da turnê do Californication e anteriores). Pra quem quiser assinar a petição, só ir nesse site abaixo. O vídeo também está aqui embaixo pra quem quiser entender melhor o que se trata. Eles precisam de pelo menos 5.000 assinaturas, faltam mais ou menos umas 800.

http://www.youtube.com/watch?v=-DJiH_uBDcA
http://www.youtube.com/watch?v=F9Bl6EjLmdI

Site da petição:

http://www.change.org/en-GB/petitions/warner-music-group-release-all-soundboard-recordings-from-previous-red-hot-chili-peppers-tours

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Parabéns ao Ilustríssimo: Freddie Mercury


Confere, produção? É o primeiro a participar em 3 anos da postagem de aniversário? Bom, então vamos lá... achei que pudesse faltar coisa pra falar, mas histórias sobre o Freddie é o que mais tem por aí. Hoje eu vou seguir a linha das postagens de aniversário esse ano. Em 2011 eu falei da vida do Freddie. Em 2012, algumas curiosidades. Esse ano é a vez dos discos solo.

Freddie lançou dois discos solo em sua carreira: Mr. Bad Guy, em 1985, e Barcelona, em 1988, um disco de ópera pop com a participação de Montserrat Caballe. Além disso, tem o The Great Pretender, lançado em 1987, uma coletânea com a faixa título inédita, uma grande releitura da música do The Platters.

Muito cara de "que interessante, conta mais" nessa foto xD
O Mr. Bad Guy foi bem criticado até, na época do lançamento. O principal problema dele é o mesmo problema do Hot Space: o Freddie foi com sede ao pote, em relação à eletrônica. Se fosse um disco com um pouco de guitarra, melhor arranjado, seria um puta disco. Tanto que o Queen "arrumou" 3 músicas do disco: I Was Born To Love You, Made In Heaven, ambas lançadas no póstumo Made In Heaven, e Living On My Own, que ganhou um arranjo mais "cheio", sem perder o dance. Essa última foi lançada no caça níqueis na coletânea Greatest Hits III, que na verdade tinha algumas músicas ao vivo, muitas músicas solo de Freddie e Brian May e apenas meia dúzia de músicas que realmente mereciam estar lá.

Outras músicas do disco, como Mr. Bad Guy, My Love Is Dangerous e Foolin' Around foram remixadas para lançamentos póstumos de Freddie, como o The Freddie Mercury Album. E, como de costume, ficaram muito melhores que a versão original. Completam o tracklist do disco a regular Let's Turn It On, as fracas Your Kind Of Lover e Man Made Paradise, a boa There Must Be More to Life Than This e outra música mais ou menos, Love Me Like There's No Tomorrow. Vou até colocar as duas versões das músicas citadas pra vocês compararem.

O outro disco, Barcelona, tem uma abordagem completamente diferente. Freddie sempre teve a vontade de cantar com Montserrat, que fosse uma música, mas ela fez questão de gravar um disco inteiro com ele. Apesar de ópera, nessa versão mais pop, não ser dos estilos que eu mais curto, é inegável reconhecer a beleza e a qualidade desse trabalho, que conta com clássicos como Barcelona e How Can I Go On, onde John Deacon tocou baixo, inclusive.

Além disso, vou deixar aqui embaixo alguns vídeos de erros ao vivo do Queen, achei bem interessante alguns, e outro vídeo com os maiores graves e agudos de Freddie no Queen,

LONG LIVE TO QUEEN!!! FREDDIE FOREVER!!! HAPPY BIRTHDAY!!!




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Top 5 Nata do Rock: Agosto

Mais um mês se foi. Estamos chegando perto do fim do ano.... e novamente Agosto foi o melhor mês desde aquele Janeiro com 2076 visitas. Esse mês eu tava em dúvidas se superaria Julho. Mas superou, por uma diferença bem pequena: 1306 em Julho e 1313 em Agosto.

Quanto as postagens, o top 5 ficou assim:

5 - Notícia: Lemmy dando cagaço em geral - 17 views

A notícia da saída prematura do Motörhead do palco do Wacken Open Air, no último dia 2, preocupou os fãs. Realmente Lemmy não tá com a saúde tão em dia, mas ainda assim foi só um susto.

4 - Os 40 anos do Queen - 29 views

Segundo mês que essa postagem aparece no top 5. Depois da resenha do Now What?!, de abril, e que já chegou em 175 views, esse é o maior sucesso recente do blog, já soma 112 views. Pra quem não viu, vale a pena dar uma conferida.

3 - Os 45 anos do Shades Of Deep Purple e os 20 do The Battle Rages On - 31 views

Sim, estou devendo a segunda parte, sobre o Battle. Acho que essa semana sai. A primeira parte, sobre os 45 anos do debut do Purple, disco histórico, fez bastante sucesso, ficando com o bronze.

2 - Chad Smith In Conversation #1: Tima Weymouth e Chris Frantz - 31 views

Essa postagem sobre os papos do Chad, bem interessantes, diga-se de passagem, com o casal 20 do Talking Heads rendeu também. Nos próximos dias eu posto a primeira parte da conversa com o Alex Lifeson.

1 - Nata do Rock apresenta: ZZ Top (Parte 1) - 47 views

É, to achando que essa postagem é a nova versão daquela de aniversário do Elvis e do Jimmy Page. Mais uma vez ela foi a primeira colocada. No top 10 geral, ela já aparece na terceira posição.

Bom, é isso. Espero que Setembro supere a meta, assim como nos outros meses. Valeu!