segunda-feira, 25 de julho de 2011

We all came out to Montreux...

Pois é, pro vivente não conhecer essa frase tem que ser muito hater de Deep Purple, ou um eremita...
Bom, todos sabem que essa frase dá início ao "clássicomegaclichê que junto com Highway Star e Burn são as músicas do Deep Purple que até o mendigo da esquina conhece" (ufa!!!), Smoke On The Water, do clássico LP Machine Head. Agora, todos sabem o porquê dessa letra? Acredito que poucos saibam, por isso, a história de hoje é sobre ela.
Bom, no final de 1971, o Deep Purple se mandou pra Montreaux para gravar seu sexto disco de estúdio. O disco seria gravado no cassino da cidade, que estaria fora da temporada de uso, tanto pra jogos como pra entretenimento em geral, e que possuía uma boa acústica, e mixado, editado, etc., na Unidade Móvel de gravação, dos Rolling Stones. 
Pois bem, por uma obra do acaso, o dia era 4 de Dezembro de 1971, ÚLTIMO dia de uso do cassino antes da gravação. Estava ocorrendo um show de Frank Zappa e sua banda, os Mothers Of Invention (aliás, baita banda, tenho que fazer um post sobre eles um dia...). Durante o solo de sintetizador, na música King Kong, alguém da plateia disparou um sinalizador, que acabou provocando um grande incêndio, que queimou todo o cassino, que era de madeira, e destruiu todo o equipamento dos Mothers.
Acompanhando todo o desenrolar da história do hotel da cidade, o Deep Purple agora teria de arrumar outro lugar para gravar seu disco. Durante esse meio tempo, Roger Glover, o baixista, estava observando a fumaça que pairava em cima do Lago Genebra, e foi daí que a expressão Smoke On The Water surgiu. 
A primeira alternativa foi The Pavillion, o teatro da cidade, porém quando começaram a tocar o barulho foi tão alto que a vizinhança teve que chamar a polícia para interromper a sessão. O único registro dessas gravações foram faixas de fundo que continham um riff batizado por Blackmore de "durrh-durrh", mas que ficou conhecido mesmo como Smoke On The Water...
O hotel estava praticamente vazio, e lá foi o local escolhido como sala de gravação. Não sei se é coincidência, mas a acústica do disco é uma das melhores que existe, há um equilíbrio perfeito entre todos os instrumentos, não sei o que aqueles corredores do hotel tinham de diferente...
No hotel, a banda fez uma letra baseada na história que eles vivenciaram nesses dias, em cima desse riff gravado no The Pavillion. Uma curiosidade: foi a única música do Machine Head que Blackmore utilizou uma Gibson Les Paul, ao invés de sua tradicional Stratocaster. Foi gravado o disco, a música e o resto é história...

Nenhum comentário:

Postar um comentário