Pra quem não tá ligado, o Outlandos D'Amour, disco de estreia do The Police, completou 35 anos no último dia 2. Ele e seus sucessores, principalmente o Zenyattà Mondatta, de 1980, foram uma revolução sonora no mainstream. Bandas como o Rush e até mesmo o Yes foram influenciadas pelo som do trio. Uma das razões é essa mescla de jazz com reggae e rock e, além disso, a técnica dos músicos da banda. O estilo único de Copeland, Summers e Sting já diz tudo. Além disso, nesse disco temos dois dos maiores clássicos da banda.
O disco começa com Next To You, rápida e meio punk, apesar de faltar um pouco e peso. Foi uma presença constante na turnê de reunião (assim como boa parte do disco), no bis. Logo depois, um dos dois clássicos que eu citei acima: So Lonely. Apesar de, dependendo do dia, eu achar o vocal do Sting meio irritante na versão de estúdio, é uma música atemporal. Ainda assim, a versão ao vivo de 2007/2008, que eles baixaram o tom dela, ficou bem legal.

Abrindo o lado B, mais um grande clássico da banda (ainda que não tão conhecido pela geração mais nova): Can't Stand Losing You. Outro reggaezão que vale a pena colocar na playlist e pegar uma praia. Mas como não rola xD, vamos continuar aqui. Truth Hits Everybody é a sétima música. Outro destaque do disco, foi tocada também na turnê de reunião. Prefiro as versões ao vivo dela, porque a qualidade da gravação de estúdio não é grandes coisa. Born In the 50's é a última música mais "normal" do disco (daqui a pouco vocês vão entender o porquê). Ela se aplica a Sting e Copeland, já que Andy Summers nasceu em 1942. Uma música com a cara do Police. Não chega a ser um reggae, é mais post punk. Uma GRANDE injustiça que, na minha opinião, o Police cometeu, foi não tocar ela na turnê de reunião e tocar outras como Hole In My Life.
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A outra capa que o disco saiu |
Fechando o disco, um lado muito experimental do Police, que ficaria ainda mais evidente no disco sucessor, Reggatta de Blanc. Be My Girl - Sally, a penúltima música, é uma junção de Be My Girl, do Sting, que a letra se resume a "Would you be my girl/Would you be my girl/Would you be my, be my, be my girl", e Sally, um poema de Andy Summers sobre a vida de um cara que tinha uma boneca inflável como esposa. Pira total. E pra fechar com chave de ouro, que tal um reggae com uma pitada de ritmos africanos onde, durante quase seis minutos, Andy Summers usa apenas dois acordes e Sting profere um dialeto impronunciável? Pois então... apresento-lhes Masoko Tanga. A única música desse disco que nunca foi tocada ao vivo.
Bom, no overall, Outlandos D'Amour é um baita disco. Acredito que só foi superado pelo Zenyattà Mondatta e, talvez, pelo Synchronicity. Foi uma revolução sonora e uma GRANDE contribuição pra música. Ainda espero que esses três (especialmente Copeland e Sting, os pavões do grupo), possam se aturar mais uma vez e fazer outra turnezinha de reunião.
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