Vamos ao trabalho
E só há uma maneira de fazê-lo
Direito
Bem feito
Senão, é melhor nem começar
Vamo pra balada
Mas se não for pra detonar
Botar a casa abaixo
Então é melhor nem me chamar.
Não, Vamos Ao Trabalho não foi tocada sexta. Mas mesmo assim, resume perfeitamente o Titãs atualmente. Como eu falei na postagem sobre o show de 30 anos deles, apesar dos últimos anos, assustadores, a pegada da banda atualmente é outra. E sexta foi o que se confirmou.
Foram poucos os erros. Sinceramente (e infelizmente), são erros necessários. Olhei pros lados e só vi tiozão e gente de mais idade. Certamente as mulheres de mais idade estavam ali pelo Epitáfio e por É Preciso Saber Viver. No fim das contas, eles tocaram as duas, pra fazer aquela média. Mas só. De resto foi só porrada.
Outro erro é tocar, logo de cara, as 10 músicas novas. Dá um ar de banda de abertura. O que todo mundo pensa é tipo "música legal e tals, mas quando vem as clássicas?". Isso porque o material ainda não tá registrado, então ninguém conhece, mas tem coisa bem legal ali, podem virar músicas bem boas. É como minha tia perguntou... será que quando eles lançaram O Pulso, o pessoal aprovou de cara?
Enquanto eles tocaram essas 10 primeiras, o pessoal ficou sentadinho, de boa. Foi o Mário Fabre chamar na batera pra começar Lugar Nenhum, o pessoal enlouqueceu. Inclusive eu. Um dos motivos foi que no setlist que eu tinha visto, de setembro, eles não começavam as clássicas com Lugar Nenhum. Ali eu senti que vinham algumas surpresas, mas não tantas quanto eu poderia imaginar. No fim, foram seis músicas do clássico Cabeça Dinossauro, ao invés das sete tradicionais. Em compensação, quatro do Jesus Não Tem Dentes No País dos Banguelas, quando normalmente eles tocam duas ou três.
Depois de Lugar Nenhum, AA UU. Pra levantar mesmo o pessoal. Sérgio Britto, com seu vocal rouco e gritado, mostra que o Titãs ainda tem força pra ser uma grande banda. Seguiu no microfone, quando ele falou a clássica frase "há 10 mil anos atrás, um sábio compositor baiano já tinha a solução pros problemas do povo brasileiro", a gente já sabia que era hora de Aluga-se.
Continuando o desfile de clássicos, Flores, Diversão, Sonífera Ilha. Uma pausa nas antigas pra tocar a boa Vossa Excelência, baita crítica ao governo, e muito querida pelos fãs. Como diria Paulo Miklos no show, "não pensem que eles se incomodam... eles adoooooram essa música, principalmente eles. É o trabalho deles". Logo depois veio Comida. Aí que eu pirei afu. Não imaginei que eles tocariam Comida, porque é o Arnaldo que canta ela, e porque eles não tavam tocando ela ultimamente. Foi mais uma das minhas surpresas no show. E o melhor de tudo é que quem canta ela é o Paulo Miklos, e não o inútil do Branco Mello.
Se tem uma coisa que eu preciso falar, é do Branco Mello. Na real, será que não dá pra tocar ele pelo Fromer? Sinceramente, que maluco mais inútil. O Titãs sem ele seria basicamente a mesma coisa. Quase todas as músicas que ele canta são as mais fracas. As exceções são Flores, A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana e Cabeça Dinossauro. De resto, é só música inútil. Dívidas, por exemplo. É a ÚNICA música do Cabeça Dinossauro que não foi tocada nas rádios. Não sei, mas eu tenho essa implicância com o Branco. Ele estraga tudo, é só perguntar pra quem viu o show, o que achou da versão de Marvin.
Mas enfim, depois de Comida, seguimos com Cabeça Dinossauro. Ali, no final, Mário Fabre teve espaço pra mostrar o porquê de ser uma boa escolha pra substituir o grande Charles Gavin. Logo depois (não sei se tá bem na ordem, lembro bem do que foi tocado, mas da ordem não tanto), o Epitáfio. Aí eu sentei, pra dar um tempo. Quando terminou, levantei de novo, pra ouvir A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, que veio na sequência.
Marvin veio depois. Como disse, desnecessária, o Branco cagou a música. Junto com Epitáfio e É Preciso Saber Viver, são as que eu trocaria por outras músicas como O Quê? (que eu gritei várias vezes pra eles tocarem, mas não rolou) e Domingo. Mas é a vida. Depois disso, Sérgio saiu de novo do teclado pra cantar mais umas. Desordem, do Jesus, Homem Primata, que animou afu a galera e, é claro, Polícia, clássico mor da banda. Quando começou o Acorda Maria Bonita (que ele canta com o Miklos), o pessoal já enlouqueceu. Foi começar Polícia que eu e a Bruna fizemos uma roda punk de duas pessoas \o isso eu achei frau do Araújo. Titãs com cadeirinha não combina.
Pra terminar o show, Bichos Escrotos. E não poderia ser outra. Mas, claro, tinha o bis. Não pensei em quais músicas poderiam ser tocadas. A única que eu pensava que poderia rolar era Estado Violência, que não rolou. Até ali, no show, eles já tinham tocado Polícia, Bichos Escrotos e Sonífera Ilha. Então a banda volta e manda Família, outra que os vocais originais eram do Nando Reis. Pra felicidade de geral, não foi o Branco que cantou, mas sim o Sérgio Britto. Obrigado, Branco. Então que veio minha maior surpresa. O Pulso. A música mais Arnaldo que existe. Aquela que nós pensamos que eles não tocariam de jeito nenhum. E eles tocaram. Essa o Branco até que se saiu bem.
Pra fechar, o Paulo pegou o microfone. Aí eu pensei "certo, uma do Sérgio, uma do Branco e uma do Paulo. Agora vem Estado Violência". Ele começou a falar em "tocar essa música, que é uma homenagem a um dos maiores artistas e blablabla" e eu pensei "talvez não seja, mas foda-se". Quando deu um silêncio, eu gritei com o que restava da minha voz "ESTADO VIOLÊNCIAAAA!!!!". Paulo ouviu, apontou pra mim e deu um sorriso. Mas não foi. Como eles tocaram É Preciso Saber Viver, saímos antes do show pra não pegar fila.
No fim, o Titãs mostrou que tem muita lenha pra queimar ainda. Apesar de uns pequenos escorregões, mandaram MUITO bem no show. Quando eles vierem pra cá, eu vou de novo, bem na real. O show foi DO CARALHO, recomendo pra quem quiser ver.
Felizes já antes do show xD ficamos muito perto do palco, na real |
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