Não é o caso, claro, de Animate, música que abre o disco. Clássico do Rush, é uma música pesada mas que contêm muito teclado. Ao vivo eles ficavam mais baixos. Stick It Out, segunda da playlist do disco, é ainda mais pesada. Provavelmente uma das mais pesadas do Rush. Eles andaram tocando ela de novo ao vivo, na Time Machine Tour.
Gesto que o Alex provavelmente fazia nos 80, de saco cheio das tecladeiras |
Logo depois vem aquela que eu considero uma das melhores músicas do Rush: Between Sun & Moon. A letra é um poema de Pye Dubois, que foi adaptado para a música. E a música, senhoras e senhores... que puta som. Não é pesada que nem as duas primeiras, ela tem um riff mais levado pro hard. Simplesmente sensacional.
Depois desse belo começo, temos a sequência mais fraquinha do disco: Alien Shore, The Speed Of Love e Double Agent. Não que sejam ruins, mas são... esquecíveis. Tipo, boas músicas, mas nada demais. Se fosse fazer um LP do disco, e ter que tirar duas ou três músicas dele, seriam essas.
Já o final do disco, apesar de não ser power como o início, é bem interessante. A clássica Leave That Thing Alone, instrumental que perdeu o Grammy de Melhor Performance Instrumental de 1995 pra Marooned, do Pink Floyd (isso eu não entendo... por quê os instrumentais do Rush SEMPRE perdem o Grammy? Ou vão me dizer que Behind My Camel, do Police, ou Once Upon A Time In The West, do Bruce Springsteen são melhores que YYZ ou Malignant Narcissism?), foi tocada no Brasil, sendo registrada no clássico Rush In Rio (que já recebeu postagem especial aqui, só clicar no link).
Além dela, Cold Fire, com um riff matador, e Everyday Glory, com um instrumental "alegre" e um belo refrão, completam os trabalhos. De maneira alguma eu considero o Counterparts, ao contrário da maioria dos fãs do Rush, superior ao Test For Echo. Talvez fosse o melhor trabalho deles desde o Signals, até eles lançarem o Test For Echo, que eu considero mais completo, em todos os sentidos.
Ainda assim, Counterparts é um dos pontos altos do Rush pós Moving Pictures. Um clássico inesquecível, e seus 20 anos comprovam isso. Agora chega de papo. Coloquem ele pra tocar, que vale a pena!
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