domingo, 20 de outubro de 2013

Os 20 anos do Counterparts

Acho que essa postagem não vai ficar nada demais, porque é algo bem simples, mais pelo lembrete. Mas lá vai. Pra quem não sabe, ontem, o Counterparts, décimo quinto disco de estúdio do Rush, lançado em 1993, completou 20 anos. Esse disco foi uma volta à sonoridade mais pesada da banda, que andava meio esquecida desde mais ou menos 1982, por causa da (as vezes infernal) tecladeira do Geddy Lee, que ficava muito à frente da guitarra do Lifeson. O Rush já caminhava nessa direção há alguns anos. Presto foi o primeiro disco mais nesse caminho, se comparado com seus anteriores, e Roll The Bones afirmou essa tendência. Ainda assim, esses dois tinham belas doses de teclados, que se reduziram sensivelmente em Counterparts.

Não é o caso, claro, de Animate, música que abre o disco. Clássico do Rush, é uma música pesada mas que contêm muito teclado. Ao vivo eles ficavam mais baixos. Stick It Out, segunda da playlist do disco, é ainda mais pesada. Provavelmente uma das mais pesadas do Rush. Eles andaram tocando ela de novo ao vivo, na Time Machine Tour.

Gesto que o Alex provavelmente fazia nos 80, de saco cheio das tecladeiras
Cut To the Chase, terceira do disco, dá uma acalmada nos ânimos. Mais "suingada" (se é que dá pra dizer isso de uma música do Rush), principalmente na linha de baixo do Geddy, que se destaca, é uma boa música. A quarta, Nobody's Hero, tem uma das melhores letras do Rush. É uma balada, mesmo que não seja nada de fazer pedras chorarem. Vale a pena ouvir, baita som.

Logo depois vem aquela que eu considero uma das melhores músicas do Rush: Between Sun & Moon. A letra é um poema de Pye Dubois, que foi adaptado para a música. E a música, senhoras e senhores... que puta som. Não é pesada que nem as duas primeiras, ela tem um riff mais levado pro hard. Simplesmente sensacional.

Depois desse belo começo, temos a sequência mais fraquinha do disco: Alien Shore, The Speed Of Love e Double Agent. Não que sejam ruins, mas são... esquecíveis. Tipo, boas músicas, mas nada demais. Se fosse fazer um LP do disco, e ter que tirar duas ou três músicas dele, seriam essas.

Já o final do disco, apesar de não ser power como o início, é bem interessante. A clássica Leave That Thing Alone, instrumental que perdeu o Grammy de Melhor Performance Instrumental de 1995 pra Marooned, do Pink Floyd (isso eu não entendo... por quê os instrumentais do Rush SEMPRE perdem o Grammy? Ou vão me dizer que Behind My Camel, do Police, ou Once Upon A Time In The West, do Bruce Springsteen são melhores que YYZ ou Malignant Narcissism?), foi tocada no Brasil, sendo registrada no clássico Rush In Rio (que já recebeu postagem especial aqui, só clicar no link).

Além dela, Cold Fire, com um riff matador, e Everyday Glory, com um instrumental "alegre" e um belo refrão, completam os trabalhos. De maneira alguma eu considero o Counterparts, ao contrário da maioria dos fãs do Rush, superior ao Test For Echo. Talvez fosse o melhor trabalho deles desde o Signals, até eles lançarem o Test For Echo, que eu considero mais completo, em todos os sentidos.

Ainda assim, Counterparts é um dos pontos altos do Rush pós Moving Pictures. Um clássico inesquecível, e seus 20 anos comprovam isso. Agora chega de papo. Coloquem ele pra tocar, que vale a pena!



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