segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Nata do Rock apresenta: Neil Young (Parte 3 - Final dos anos 70/Anos 80: Uma carreira errática)

Hoje falaremos sobre o período da carreira de Neil Young que vai de 1975 até 1989.
Ainda no mesmo ano de Tonight's The Night, porém parecendo estar recuperado, Young lançou o ótimo Zuma em 1975, que possui alguns destaques como a até um pouco surf rock Don't Cry No Tears, além da ótima Cortez The Killer.
Em 1977 foi a vez de American Stars'n Bars, que também possui uma das músicas mais conhecidas de Young, Like A Hurricane, classicaço. Já Comes A Time tem um pouco de "clubismo" da minha parte, porque meu pai tem esse vinil aqui em casa. É o melhor disco de Young, certamente. Um dos melhores discos de country. Destaque para a faixa-título. Além disso, a penúltima música, Motorcycle Mama, dava indícios dos caminhos que Young tomaria posteriormente: Um rock de peso, guiado pela sua Les Paul preta. Rock esse, sujo e barulhento, que aparece no disco posterior, Rust Never Sleeps, uma mistura de disco ao vivo e de estúdio. Nele estão duas músicas também muito conhecidas de Young, My My, Hey Hey (Out Of The Blue), faixa de abertura do disco, acústica, e Hey Hey, My My (Into The Black), faixa de encerramento, a mesma música, porém, eletrificada, ou melhor dizendo, eletrocutada por Young.
Nos anos 80, os estilos de Young variavam mais do que simplesmente folk, country e hard rock. O primeiro disco da década, Hawks & Doves, segue a linha do Comes a Time, com uma volta ao folk e ao country. Re-ac-tor, o disco seguinte, mudava completamente o estilo, passando a um hard rock novamente e também a um pouco de new wave. Já Trans, de 1982, o primeiro disco de Young pelo selo da Geffen, é o mais experimental, com sintetizadores a torto e a direito, vocais sintetizados e por aí vai.
Young então resolveu voltar as raízes e lançar um disco de country, Old Ways, vetado pela Geffen, que queria "mais um disco de Rock & Roll". Foi assim que nasceu o maior "foda-se" já dito a uma gravadora: o Everybody's Rockin.
Lançado em 1983, Everybody's Rockin é sim um disco de Rock & Roll, mas no melhor sentido do termo. Era Neil Young fazendo rockabilly, nada do que a Geffen esperava. No disco, que tem pouco menos de 25 minutos, Young compôs 6 músicas e completou as 10 canções para o disco com covers. Apesar disso, as três melhores músicas do disco são de sua autoria, sem parcerias: Cry, Cry, Cry, Wonderin' e a faixa-título. Depois dessa rusga entre Young e a Geffen, Old Ways foi o disco seguinte, lançado em 1985. Landing On Water, de 1986 e Life, de 1987, dois discos de pouco destaque, são as duas últimas contribuições de Young pelo selo da Geffen. Após isso, voltaria para a Reprise, sua antiga gravadora.
Freedom: O disco que resgatou o sucesso de Young
Young usou mais de uma banda de apoio para seus discos dos anos 80. Enquanto a Crazy Horse ficou meio de lado durante essa década, aparecendo apenas no final de novo, os Shocking Pinks e os Bluenotes foram duas bandas formadas para o Everybody's Rockin e para o This Note's For You, respectivamente.
De 1988, This Note's For You tem como destaque a faixa-título, que possui um clipe muito bem humorado, esse que apareceu na minha primeira postagem, lembram?
Parece que Young se sente mais a vontade compondo e gravando pela Reprise. Voltou a fazer sucesso mesmo no final da década, com o Freedom, disco de 1989, onde estão os sucessos Rockin' In The Free World (em versões acústica e elétrica) e Don't Cry, uma música pesada.
E então Young fecharia a década com outro bom disco, Ragged Glory, que tem como destaque Farmer John.

Semana que vem falarei sobre o Neil Young da década de 1990.

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