sábado, 24 de novembro de 2012

21 anos sem Eric Carr

Eu resolvi fazer uma coisa diferente hoje... como sempre, no dia 24, praticamente todo mundo só lembra, ou  lembra primeiro, da morte do Freddie Mercury (que eu já postei no blog ano passado), esse ano eu decidi que ia postar sobre a morte do outro músico famoso que nos deixou no mesmo dia: Eric Carr.

Paul Charles Caravello nasceu no Brooklin, Nova York, em 12 de Junho de 1950, e viveu sua infância lá. Influenciado por músicos como Ringo Starr e John Bonham, além de sua família de músicos (avó trombonista, pai trompetista, mãe pianista e cantora, e irmãs guitarristas), acabou entrando também no mundo da música, escolhendo a bateria como instrumento.
Após uma carreira amadora, passando por diversas bandas pequenas, fez uma audição para o Kiss, que havia recém demitido seu baterista, Peter Criss. Entre mais ou menos 2000 canditatos, foi ele quem impressionou Gene Simmons, Paul Stanley e Ace Frehley. Ali, passou de Paul Caravello a Eric Carr ou, se preferirem, "The Fox", sua maquiagem na banda (sua primeira tentativa foi uma águia, tentativa essa que fracassou).
Eric sempre foi meio que injustiçado no Kiss, justamente por ter sido o baterista mais talentoso que já passou pela banda, mas no momento que a banda estava mais em baixa, e era geralmente criticada pelos discos que fazia (a exceção é Creatures Of The Night, de onde saiu um dos maiores hits do Kiss, I Love It Loud, e Eric teve o som da sua bateria amplificado muito mais alto, porque os outros instrumentos não estariam tão entrosados, pelo fato de Ace ter sido demitido). Com o Kiss, Eric passou 10 anos, fez diversos discos, alguns com hits inesquecíveis, como o supracitado Creatures, o Lick It Up e sua faixa título (cujo clipe, de tão ridículo que era, passou a ser cult), o Crazy Nights (com a Crazy Crazy Nights), o Hot In The Shade, com Forever, alguns discos medianos, como Animalize e Asylum, e o péssimo Music From "The Elder".
Eis que chega 1991, alguns meses após o fim da turnê de Hot In The Shade. Eric estava meio mal de saúde, tossindo sangue e se sentindo fraco. Seu diagnóstico foi de um raro e inesperado câncer de coração. Em Abril de 1991, ele passou por diversas cirurgias para retirar tumores de seus átrios e dos pulmões, assim tentando recuperar sua função plena e evitar o retorno do câncer. Enquanto isso, Gene Simmons e Paul Stanley já ensaiavam com um músico em estúdio, Eric Singer, para o próximo disco do Kiss, se o pior acontecesse. Carr pressionou os dois para voltar para a banda, mas eles não deixaram, recomendaram que ele fosse para casa se recuperar pois quando estivesse 100%, teria seu lugar garantido de novo na banda. Uma música do futuro disco, God Gave Rock n'Roll To You, estava gravada, e o clipe seria gravado em breve. Carr pressionou Simmons e Stanley para que pelo menos eles deixassem ele gravar o clipe. Mesmo debilitado, foi para Los Angeles e gravou o clipe. Mal eles sabiam que seria a despedida de Eric Carr na bateria do Kiss. Depois disso, voltou para Nova York para se recuperar. Ele ainda estava realmente debilitado, e impossibilitado de tocar bateria para as sessões de Revenge. Depois de um tratamento agressivo, o câncer regrediu e sua saúde pareceu melhorar.
A última aparição pública de Eric Carr com o Kiss foi em Setembro de 1991, para o MTV Video Music Awards do ano. Logo depois, sofreu um aneurisma e foi levado para um hospital. Apesar de ter sobrevivido a este problema, poucos dias depois Carr teve uma hemorragia cerebral, causada por células cancerígenas transportadas para sua cabeça, e entrou em coma, do qual nunca mais saiu.

E, dois meses após esse episódio, no dia 24 de Novembro de 1991, no mesmo dia que Freddie Mercury morreu, de uma broncopneumonia decorrente da AIDS, o baterista mais talentoso do Kiss, e talvez da década de 80, nos deixou, e passou a história, sendo lembrado sempre pelos fãs de Kiss e amantes do rock. Então é isso, Eric e Freddie.
Rock In Peace, pros dois. Vocês são foda.



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