sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Semana Robert Johnson #2: Biografia

A carreira de Robert Johnson foi tão curta quanto influente. Tendo gravado apenas cerca de 40 músicas em duas sessões de estúdio e uma música (Kind Hearted Woman) em uma apresentação de rádio, Johnson é responsável direto pela definição do som que seria uma das raízes para a criação do blues moderno e do rock and roll, como dito na primeira postagem, é o pai desses dois gêneros.
Filho de lavradores, Robert Lee (Johnson era seu nome artístico) nasceu em 1911 no Mississipi, berço do blues americano e de fortes conflitos raciais. Trabalhou no campo até os 16 anos, quando então resolveu seguir carreira artística tocando gaita e violão. Desde então havia virado uma espécie de artista itinerante, tocando em todos os lugares em que pudesse, principalmente na rua.
Em sua curta carreira profissional, entre 1936 e 1938, Johnson não obteve reconhecimento comercial do povo, tocando apenas em prostíbulos e casas noturnas. Porém, seu reconhecimento provinha dos companheiros músicos, tendo recebido ainda em vida o título de "The King of the Delta Blues Singers", além de todo o reconhcimento que seu legado o fez ter.
Seu estilo diferente de tocar levou outros músicos a dizerem que ele havia feito um pacto com o diabo em troca de sua habilidade. Isso é outra história, que provevelmente vem na próxima postagem.
Robert Johnson morreu aos 27 anos, após se sentir mal em um show e passar três dias em estado de coma. A versão mais provável e difundida de sua morte foi a de que ele havia sido envenenado por uma amante ou por um marido ciumento. Embora fosse casado pela segunda vez (a primeira mulher havia falecido durante um parto) Johnson nunca havia abandonado a vida de farras. Também existem versões de morte por espancamento, apunhalamento e armas de fogo diversas, mas apenas a versão do envenenamento tem alguma credibilidade.
Em sua época Robert Johnson foi influência de alguns artistas de blues (Muddy Watters, entre outros) que por sua vez viriam a influenciar todos os artistas de rock que surgiriam na década de 50. Sua música foi novamente descoberta e gravada nos anos 60, sendo influência direta para bandas como Yardbirds, Cream, Led Zeppelin, Rolling Stones, The Who e inúmeros outros.
No início da década de 90 a obra completa de Johnson foi remasterizada e lançada com grande repercussão mundial, tendo sido finalmente reconhecida sua grande influência na música contemporânea.
Paralelamente ao relançamento de sua obra foi gravado um filme com Ralph Machio (o garoto de Karate Kid) relacionado a ele. O filme trata-se de uma alegoria sobre a vida de Johnson, abordando principalmente o seu provável pacto com o demônio, e tem a participação especial de Steve Vai. O filme chamado Crossroads (no Brasil A Encruzilhada) trata-se de uma boa fonte de referência para aqueles que queiram saber um pouco mais sobre o mito Robert Johnson.



Um comentário:

  1. QUE orgulho deste guri... huehuehue... Tá show de bola o post, véio... nestas horas vejo que nem tudo tá perdido... Temos salvação do funk, sim.

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