segunda-feira, 6 de outubro de 2014

On the Charts #14: Os 45 anos do Abbey Road (Parte 3)




Última parte e eu tinha como obrigação falar sobre as músicas. Venha junto... Começamos pelo lado A.
Começar com Come Together é a coisa mais perfeita do mundo. Sua história se resume a uma música que foi pedida ao candidato a presidente da Califórnia, Timothy Leary. Quando Lennon ouviu uma música de Chuck Berry, ele teve uma inspiração que lhe custou um acordo judicial pela cópia da música e alguns problemas com Paul, que achava que uma das partes – na qual falava, de forma subliminar, uma gíria sobre o uso de cocaína... É aquele barulho que o John faz no início... ’’Chunc’’, algo assim - daria algum resultado negativo na mídia, na justiça ou nos fãs. É uma música ‘’drogada’’... Talvez resumindo um pouco a personalidade de Leary.
Na questão musical, John não queria nenhuma guitarra, o que não funcionou. Mas é uma música equilibrada, com um vocal quase contando uma história. Enfim, uma música de personalidade única. (0:49, ele parece citar a Xuxa). Sem mais...

Something é a minha baladinha favorita, minha música favorita do álbum feita pelo meu beatle favorito.  A letra é maravilhosa, a guitarra tem os sentimentos da música. E sim, é uma música romântica... George fez pra Pattie. Tem inspiração em uma música de James Taylor, Something in the Way She Moves e essa música foi oferecida para Joe Cocker. AINDA BEM QUE ELES VOLTARAM ATRÁS. Essa música foi regravada por Sinatra e interpretada (um ano depois da morte de George) por Clapton e Paul.

Maxwell’s Silver Hammer é uma música que soa feliz- só soa mesmo-, aleatória, quase ninguém se lembra... Porra, levou três dias pra ser gravada pra virar isso?! Pera aí,né...Não que seja uma música ruim, mas...todo o perfeccionismo de Paul foi puro narcisismo, realmente, é uma das músicas fracas dos Beatles.

Oh! Darling é algo dos Beatles no início da carreira e não o que tu ouviste lá na primeira música. Isso é bom... Eles ousam, mas também recorrem ao Beatles mais clássico... Porque eu garanto que ousar demais não foi uma boa - Olha o Sgt. Peppers, nem é tudo isso...- E não seria legal ficar na zona de conforto. Eu não gosto dessa música. Desculpe fãs, mas essa é a minha opinião. Eu posso ter escrito o lado bom de ter músicas diferentes como Oh! Darling e Come Together no mesmo álbum, mas isso não faz de mim uma apreciadora da quarta música de Abbey Road. Ela me irrita...Ela é vazia...E só o que salva é o vocal rasgado de Paul.

Octopus’s Garden faz o meu dia ficar maravilhoso. Eu te garanto que essa deveria ser uma das músicas para se ouvir em dias de chuva ou de sol, ao se acordar pela manhã. Foi escrita e cantada por Ringo Starr. Foi inspirado em uma viagem dele à Itália. George ajudou Ringo a escrever essa música, mas deu total crédito a Starr. Que foda, né?! Se fosse Paul ou John... Isso não aconteceria. Por isso que Ringo e o George são demais!

I Want You(She’s So Heavy) é melhor que Oh! Darling. Eu imagino o John cantando essa música. Ela é simples, sensual, raivosa ou amorosa, um paradoxo... E são duas melodias em uma canção. Foi usado Moog nessa música. Essa foi a última música que os Beatles gravaram juntos em estúdio e é um das mais longas - 7 min. e 49 segundos. O silêncio no final, do nada, dizem que é porque a fita tinha acabado.

E agora, o lado B:

Here Comes The Sun é de George e foi inspirada na música Bagde do Cream. Aliás, não basta a inspiração ser só na banda de Clapton, foi na casa do Clapton que ele escreveu também. É gravado por Paul, Ringo e George... Pois John estava se recuperando de um acidente de carro. Esqueci-me desde o início de falar que se tu usas fones de ouvidos, deve ouvir o Abbey Road com os dois fones! Essa música é como o sol, com uma vibração positiva, uma letra positiva... Maravilhosa!

Em Because também foi usado o Moog e foi inspirada em Moonlight Sonata de Beethoven... Foram gravadas em cada linha de microfone e sobrepostas três vezes. Ringo não participou, mas ficou ali, de boas! É curta, e é bom ouvir olhando para a lua... Na escuridão.  É trilha do filme Beleza Americana – Conheço, mas nunca vi...

You Never GiveMe Your Money... Quando inicia a música, tu realmente acha que vai terminar de uma maneira...E então, nada a ver!  É uma música que denuncia o estado que a banda estava, nada muito legal, tanto nos aspectos financeiros, quanto nas preocupações futuras de cada um em relação a isso. É uma música com ares de Here Comes The Sun na melodia e emenda a próxima música.

Sun King/Here Comes the Sun King é a próxima música. Com influências Fleetwood Mac  (eu ouço muito...já faz uns meses) e com uma brincadeira de diversos idiomas...TÁ FICANDO UMA MERDA ISSO AQUI!

E chega do nada Mean Mr. Mustard...LEMBRANDO QUE AS MÚSICAS SÃO UMA ATRÁS DA OUTRA...COMO SE FOSSEM UMA ÚNICA MÚSICA. Eu gosto da Mean M. M. e confirmo que é melhor que as duas anteriores. E fala sobre o Mustard – um homem que escondia dinheiro para não gastar, o que indica que tudo é real - , simples! Foi escrito por Lennon durante uma viagem à Índia.  Dizem que John não curte essa música... Deixa ele, eu curto. E Mustard tinha uma irmã, a Pam...Sim, mas sobre isso tudo, não se sabe muito bem que é a Pam da próxima música.

Polythene Pam se apresenta duas hipóteses: A primeira é que foi sobre a namorada de Royston Ellis, um amigo de John... Depois sobre uma fã que comia polietileno no Cavern Club e por último, a irmã do Mustard (pra fazer mais sentido). Fique claro que esse disco muitas vezes não faz sentido mesmo, e são apenas histórias contadas. E se fizer sentido, é porque é algo relacionado diretamente aos Beatles, tanto como a crise financeira da banda, como as preocupações sobre o futuro que o Paul tinha ou o amor de George.

She Came in Through the Bathroom Window é a música do final de Polythene Pam. Foi sobre a história de Ray Thomas, músico e amigo de Paul. É sobre uma garota e o quanto ela é doida e quer ficar com o cara da música. Nada demais...É só mais uma história.

Golden Slumbers quebra definitavamente o ciclo de histórias anteriores. É uma música muito bonita, por sinal e é inspirado em um poema de Thomas Dekker.

Dizem que Carry That Weight foi uma forma de Paul atingir John. ‘’Boy, you're gonna carry that weight’’ é para o fato de John pensar em abandonar a banda.

The End é...o encerramento dos Beatles, a primeira vez que o Ringo fez um solo de bateria em sua carreira...
‘’And in the end
Is equal to
The love you make’’ , explica o sentimento que estava pairando entre o quarteto. Em pensar que no ano seguinte, teremos o Let It Be...E DEU!

Her Majesty estava entre a Mean M. M. e P. Pam, dura somente 23 segundos. Foi criada após os Beatles receberem títulos de Elisabeth II. Era pra ser uma música descartada, mas não foi e ficou nisso.


Conclusão depois de ouvir Abbey Road: Ele não é tudo aquilo que falam, mas eu gosto. A história é mágica, é triste ver a situação do quarteto e as rixas ridículas entre Paul e John, e é demais ver George e Ringo se destacando...
Simples...

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