quarta-feira, 26 de março de 2014

Shows Históricos #16: Led Zeppelin - Celebration Day

Sim, o Shows Históricos tá de volta, como prometido há algum tempo (só falta os épicos agora... não sei sobre qual fazer). A primeira postagem de 2014 da série vem com um show DAQUELES. É bem verdade que não precisaria nem texto pra justificar esse show que tá aparecendo hoje. Bastaria dizer "Led Zeppelin, ao vivo, em 2007", botar o vídeo do show completo e era isso. Mas por ser especial assim, acho que merece um pouco de enrolação texto.

Vamos à história do show. Tudo começa com o fato de todas as reuniões do Led Zeppelin pós-1980 terem sido, no mínimo, decepcionantes. Pra não dizer coisa pior. TODAS. Por várias razões... Page chapado demais, Plant dando umas desafinadas, sempre showzinhos de 4, 5 músicas, etc.
Enquanto o Queen roubava a cena no Live Aid da Inglaterra, o Led Zeppelin (aliás, nem colocou seu nome no festival como Led Zeppelin) que, supostamente, deveria ter conseguido esse status (afinal, não se apresentava há 5 anos, desde a morte de John Bonham, o batera), ficava, junto com o The Who, como as decepções do festival. Mesmo com Phil Collins na bateria em algumas músicas.

Em 1988, uma nova chance. 40 anos da Atlantic, a banda se chamando de Led Zeppelin de novo... com Jason Bonham, filho do home, na bateria. Foi melhor, mas ainda assim não foi algo do nível do Led. 5 músicas, aquela resistência em tocar Stairway to Heaven, a banda não estava ensaiada. Ainda teve um showzinho secreto num hotel em 1990, mas não conta como reunião.

A última "chance" tinha sido em 1995. A indução no Rock'n Roll Hall Of Fame. Acredito que não preciso dizer mais nada, só que, em uma reunião do Led Zeppelin, quem roubou a cena foi o Neil Young. Bom, tem mais coisa sim. Tocaram muitos covers, e o pessoal, logicamente, queria ver LED ZEPPELIN, não covers. Se bem que o fato de botar aquele monte de gente pra tocar junto no Hall Of Fame é sempre uma merda. Enfim...

Eis que chegou mais uma chance. 2007. A morte de Ahmet Ertegun. Um tributo a ele, afinal, era o fundador e presidente da Atlantic Records, selo pelo qual o Led gravou seus primeiros álbuns. E dessa vez, Jimmy Page foi quem fez questão de fazer um show completo. Era pra ser mais um desses shows de 5 músicas, mas Page queria 15. 16, pra ser mais exato.

Dessa vez, novamente acompanhados por Jason, a banda ensaiou bastante, se preparou pra grande noite (que teve que ser adiada, porque o Page quebrou o mindinho da mão esquerda, se não me engano), e esfregou na cara, de todo mundo que achava que o Led tava acabado, as próprias críticas. Page foi um... pra chinelear os críticos que diziam que ele improvisava ao vivo porque não sabia fazer os solos... tirou nota por nota. TODOS. Plant mostrando que, apesar da voz não ser a mesma, seu controle sobre ela é muito maior atualmente. JPJ... bom, o de sempre, altíssimo nível, um dos grandes músicos que esse mundo já viu. E Jason mostrando que o mesmo sangue do velho Bonham corre nas veias.

Além disso, uma daquelas curiosidades impressionantes. Batendo o recorde dos Beatles, esse show entrou pro Guinness como "Maior demanda de ingressos para um único show". E por que isso? Simplesmente porque o sorteio dos 20.000 ingressos, seria feito no site. VINTE MILHÕES de pessoas acessaram o site ao mesmo tempo, derrubando ele do ar, logicamente.

Pra nossa decepção, depois desse show matador, a banda novamente largou de mão. Plant (e suas bichices) disse que não achava uma boa uma reunião do Led, turnê e tal... e enquanto isso, os fãs (inclusive os novos fãs que nasceram mais de 15 anos após o fim da banda, como eu) implorando por uma turnê. E enquanto o Led não fizer uma turnê de despedida (e acredito que não vai rolar mesmo, infelizmente), a coisa vai ser assim. Espero que um dia o Deus do Rock mostre o caminho pra eles, e que eles ainda voltem pros palcos um dia. Juntos.

Acho que já dei motivos suficientes. Agora chega de enrolação... com vocês, CELEBRATION DAY.


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