quarta-feira, 15 de maio de 2013

Os 40 anos do Dark Side Of The Moon

Projeto comemorativo de 40 anos... envolvia tweets dos fãs
Na real, eu acho que ando tirando muitas folgas (leia-se preguiça, ou falta de inspiração). Mas na verdade essa última semana eu tive que ficar meio longe do pc, porque eu dei um chute nele sem querer e estraguei o HD (ainda bem que o velho trabalha com TI, senão eu tava fudido).
Mas sim, I'm back. E, como eu queria voltar com uma postagem realmente grande, nada como falar (MUITO atrasado, é claro), do aniversário de 40 anos de um dos maiores clássicos do rock.

Pra começo de conversa, vale lembrar que o Dark Side já foi citado em uma postagem do blog (a qual você pode dar um "conferes" clicando no link), e ainda assim eu acho que é pouco para um disco da magnitude dele.
Lançado em 1° de Março de 1973, esse disco foi O marco na carreira do Pink Floyd. Assim como o Machine Head está para o Deep Purple, o A Night At The Opera está para o Queen e o Kick está para o INXS, o Dark Side Of The Moon está para o Pink Floyd. Não é apenas o melhor disco da banda, mas aquele que mais músicas acompanharam seus shows até o fim. Por exemplo, na turnê do The Division Bell, último disco do Pink Floyd, lançado em 1994, mais de 20 anos depois do lançamento do Dark Side, o mesmo foi tocado na íntegra em todos os shows da turnê.

Então surge aquela pergunta na sua cabeça: e por que foi só com o Dark Side que o Pink Floyd estourou? Bom, se me permitem dar minha humilde opinião, eu diria que a banda só estava madura pra fazer um disco bem sucedido nessa época. Se formos parar pra pensar, o Pink Floyd como o conhecemos só veio a ser assim depois do Meddle, lançado em 1971. Antes disso, era uma banda que não conseguia espantar o fantasma de Syd Barrett das composições, mesmo que este já estivesse "pirado na batatinha" e fora da banda há quase 3 anos.
Edição comemorativa de 30 anos

Barrett, mesmo fora desde 1968, influenciou o Pink Floyd no A Saucerful of Secrets (a última música com ele está nesse disco), More e no fraco Ummagumma. São discos lisérgicos, mais experimentais do que o Floyd convencional. No Atom Heart Mother começou a transição, se é que podemos chamar assim: ao invés de músicas com longos improvisos, temos épicos, como a faixa-título e Alan's Psychedelic Breakfast, músicas divididas em várias partes.

O Meddle serviu para terminar essa transição. Se ouvidos com atenção, o Atom Heart Mother e o Meddle aperesentam diferenças gritantes. O Meddle já tem aquele "quê" de Pink Floyd nas músicas, os teclados mais convencionais, a levada de bateria típica e, principalmente, uma veia mais progressiva do que space rock. Ali começou realmente o Pink Floyd. Esse padrão ainda seria visto no ótimo Wish You Were Here. A partir do Animals, Roger Waters tomou as rédeas da banda, mas aí é outra história.

Bom, voltando ao aniversariante. O disco já começa fazendo história com a capa, que representa o reflexo da luz no prisma, gerando as cores do arco íris. Capa icônica, referência na história do rock. Quanto as músicas, começamos com Speak To Me, uma introdução "estranha", talvez inaudível pra quem não ouve o disco num volume muito alto, mas é interessante para entrar no clima do disco... ali estão misturados a maioria dos "ruídos" que aparecem no disco... os relógios de Time, as caixas registradoras de Money, o coração pulsando em Elipse, além dos gritos de The Great Gig In The Sky, os quais ligam essa vinheta à Breathe. Bom, Breathe dispensa apresentações. Sonzasso, com todo o feeling do Gilmour na Lap Steel Guitar.

Após Breathe, vem On The Run. Na real, música chata e dispensável, apesar de fazer parte do clima do disco. Três minutos e meio aquela viagem não dá pra aguentar, se ela tivesse no máximo uns 2 minutos seria tranquilo, mas eu quase sempre pulo ela. Já Time, quarta música do disco, é o maior destaque do Lado A. O começo, com o clima que antecede a música, sua bela letra, o solo de Gilmour, e a reprise de Breathe no finalzinho. Perfeita.

Perfeitas também são as vocalizações de Clare Torry em The Great Gig In The Sky. Pensada primeiramente como um instrumental, já seria inspirado o suficiente, com o belo trabalho dos teclados de Wright, mas o que Torry fez com a música é incomparável. Vale a pena ouvir.

Versão do Immersion Box Set... tive com um na mão, mas a grana é curta
Iniciando o Lado B, temos Money, talvez o maior clássico do disco. O belo riff de Waters, num andamento 7/8 dá um toque típico do Floyd na música. Somado a isso, temos um solo foda de sax, outro solo ainda mais foda de guitarra, além de um trabalho interessante da bateria de Nick Mason. Seguindo Money, temos Us And Them, música mais longa do disco. Com acordes pouco usuais no teclado e belos acordes na harmonia vocal, é um dos destaques do disco.

Terceiro e último instrumental do disco, Any Colour You  Like tem uma melodia feliz. Longe de ser uma das melhores do disco, quem se destaca é Wright. Logo depois temos Brain Damage e Eclipse, um belo fechamento para um dos discos mais influentes da história. Vale a pena colocar o disco pra tocar e apagar as luzes, entrar no clima do "lado escuro da lua", e se deixar levar pela viagem do disco.



Nenhum comentário:

Postar um comentário