quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Resenha #10: Pink Floyd - Atom Heart Mother



Atom Heart Mother (refere-se a uma curiosa experiência médica, onde foi implantado um coração artificial numa mulher grávida) foi gravado em 1970 (depois do episódio Syd Barrett) nos estúdios do Abbey Road (sim, o mesmo destacado pelos Beatles) e é famosa pela capa da vaquinha de raça mista (diferentes das vaquinhas da contracapa). Tirar a foto dela custou cerca de mil libras (que eu não to afim de contar em reais). Tudo isso para tirar a foto da vaquinha.

Pelo menos não tiraram a foto das nossas bundas e colocaram na capa.

A música Atom Heart Mother é uma mescla de várias partes instrumentais. É como o desenho Fantasia da Disney. Um início que soa feliz e voador, presente nos sopros de metais (Father's Shout)... Um meio com um violoncelo trágico (Breast Milky e Mother Fore, com o órgão) ao fundo e um solo de guitarra triste aos poucos introduzindo a parte sombria dos vocais (Funky Dung) que soa como uma ''invocação demoníaca''.


Brincadeiras a parte, a música mexe com os sentidos. Até chegar ao ''teclado grilo'', ao ''Here's a loud announcement'' e uma ''conha'' braba. É a parte mais experimental (Mind Your Throats, Please). Finalizando com Remergence, ou seja, ''SILENCE IN THE STUDIO''. É a junção de toda a viagem musical anterior. E assim, acaba a história.



If é uma música aparentemente calma e recheada de questões existenciais e cheia de possibilidades, com uma carga de covardia e arrependimento. Foi tocada somente uma vez, ao vivo, em 16 de julho de 1970.

Summer ' 68 é minha música favorita do álbum. Por quê? Porque é uma música verdadeira, inesperada e a letra retrata a vida dele depois de ''conhecer uma garota'', a vida fugaz, o tédio...É carregado de melancolia, fuga da realidade e um quê de raiva. Só que tudo é aliviado musicalmente: O início leve (como um encontro de uma pessoa, um acontecimento recente) e o final com um bombardeio instrumental de metais destacando, assim, a parte mais expressiva da música. Ou seja, é uma música que depende da letra: É COMO VIVER O NARRADOR. Eu não sei mais o que falo, só sei dizer -> EXPERIMENTE A SENSAÇÃO DE JUNTAR LETRA E MÚSICA <- Sem mais...


Fat Old Sun fede a arcadismo. Veja essa versão:



Alan's Psychedelic Breakfast é relatado por Alan Stiles (roadie da banda), ou seja, é sobre os cafés da manhã dele, ele comendo...São três partes: Rise and Shine (o cara falando), Sunny Side Up (Gilmour inteiramente no instrumental) e Morning Glory (destacando o piano de Wright e baixo do Waters).




E o que eu acho do disco? Eu confesso que é um dos meus favoritos, por ser musicalmente complexo, experimental (que deu certo) e por ter letras significativas (ou não,rsrs...mas que pelo menos, mexem com o imaginário de qualquer pessoa). Sem mais, encerro por hoje.

Um comentário:

  1. Notaram que na foto com as três vacas a segunda tem o mapa do Brasil na testa?

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