segunda-feira, 3 de junho de 2013

Parabéns ao Ilustríssimo: John Fogerty

Bom, ainda que o Leão tenha lembrado na página do blog no facebook, eu achei vacilo demais esquecer do aniversário dessa grande figura do Rock (principalmente pelo fato de eu andar ouvindo bastante ele e o Creedence).

Nos tempos de Creedence
No último dia 28, John Cameron Fogerty completou 68 anos. Nascido em Berkeley, Califórnia, sempre teve uma família muito musical. Seu irmão mais velho, Tom Fogerty, e ele, formaram ainda nos anos 50, quando John tinha cerca de 14 anos apenas, sua primeira banda, Tom Fogerty and the Blue Velvets (que contava também com os outros dois membros do Creedence, Stu Cook e Doug Clifford). Mais tarde mudariam o nome pra The Golliwogs. Sob esse nome, lançaram alguns singles, que não fizeram sucesso. Dentre eles, estava Walk On The Water, que apareceria futuramente no primeiro disco do Creedence.

Em Julho de 1967, John, depois de servir o exército americano, volta com a banda, que agora se chama Creedence Clearwater Revival (ufa!), nome inspirado por um amigo dos irmãos Fogerty (Creedence Nuball), e pela cerveja favorita de John, Clearwater.

Lançado em 1968, o primeiro disco, de mesmo nome, foi um sucesso, devido principalmente à Suzie Q e I Put A Spell On You. O ano seguinte foi um dos mais importantes da banda: além de lançar nada menos que três discos, Bayou Country (em Janeiro), o qual possui os dois maiores sucessos do Creedence, Born On The Bayou e Proud Mary, Green River (em Agosto), que também possui sucessos como Green River e Bad Moon Rising, e Willy and the Poor Boys (em Novembro), que possui mais alguns clássicos da banda, como Down On the Corner, Fortunate Son e The Midnight Special, com seu clima Woodstock, e é conhecido como um dos melhores discos do Creedence, junto com Cosmo's Factory.

Apesar do Willy and the Poor Boys ser comparado com o Cosmo's, acredito que não tem comparação. É o disco com mais clássicos do Creedence: Ramble Tamble, Before You Accuse Me, Travellin' Band, Lookin' Out My Back Door, Run Through the Jungle, Up Around The Bend, Long As I Can See the Light, enfim, quase todo o disco é incrível. Além disso, ainda temos Who'll Stop the Rain, que John adora dizer que "parece uma música de Woodstock, mas ele compôs ela no caminho de volta", e uma versão épica, cheia de improvisos de I Heard It Through the Grapevine, de Al Green. A versão do Creedence bate em 11 minutos, sendo a música mais longa gravada pela banda.

Infelizmente, assim como qualquer coisa tem seu auge e decadência, com o Creedence não foi diferente. Apesar do sucesso de Hey Tonight, Have You Ever Seen the Rain?, e Molina, do Pendulum, lançado ainda em 1970, um dos discos mais experimentais da banda, as tensões internas não demoraram a aparecer, levando Tom Fogerty a sair do Creedence em 1971. John, Stu e Doug ainda continuaram, com algumas alterações no modo de compor, como por exemplo o compositor da música ser o vocalista da mesma. Nesse estilo lançaram o fraco Mardi Gras, em 1972 e, ainda no mesmo ano, o mundo viu o fim de uma das melhores bandas americanas de Rock.

Assim como Tom, que seguiu carreira solo, e Doug e Stu que, nos anos 90 criaram o Creedence Clearwater Revisited, onde tocam os sucessos da banda, John seguiu sua vida na música. Como artista solo, prometeu pra si mesmo não tocar os sucessos do Creedence nunca mais mas, em um concerto junto com George Harrison, em 1985, John subiu ao palco e tocou Proud Mary. John tem vários sucessos em sua carreira solo. Os mais notáveis são The Old Man Down The Road e Centerfield, lançados em 1985 no disco Centerfield.  Até hoje faz turnês (e o mais incrível, mantém a voz intacta) e seu disco mais recente foi uma regravação dos clássicos do Creedence com convidados especiais, lançado no dia do seu aniversário de 68 anos.

Além disso, John não tem uma relação das melhores com os ex companheiros do Creedence. Apesar de terem se reunido em 1980 para o casamento de Tom, e John, Stu e Doug terem tocado juntos em 1983 e 1988, por comemorações da turma de colégio, sempre houve uma tentativa oficial de reunião da banda, e sempre quem a recusava era John. Recentemente, ele sugeriu que estaria disposto a uma reunião, mas dessa vez Doug e Stu desmentiram John, falando coisas como "ele só fala isso pra conseguir os holofotes... meu telefone ainda não tocou" e "seria uma ideia legal há uns 20 anos, mas agora é tarde". Outra desavença famosa entre os membros é que John (sempre ele, ele é o Blackmore do Creedence xD) se recusou a tocar com os membros remanescentes do Creedence na indução da banda no Rock And Roll Hall Of Fame, e assim Stu e Doug foram barrados na entrada da festa, com John tocando sozinho com uma banda de estrelas.

Então é isso, parabéns a essa figura importante e genial (ahh, e temperamental também) do rock!!!


E um lembrete, de alguns aniversários atrasados:

Ron Wood: O guitarrista dos Stones completou 66 anos há dois dias atrás.
Charlie Watts: Sim, e um dia depois, ou seja, ontem, a múmia  o velho (mas bota velho nisso) batera dos Stones apagou 72 velinhas... é, e fazendo show até hoje, haja energia (ou não)

Brincadeiras à parte, parabéns a essas duas lendas do Rock também.





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