For Your Life, Royal Orleans, Hots On For Nowhere e Tea For One (1976 - Presence)
Ahh, o Presence, o disco mais criticado, xingado e escorraçado pelos ouvintes. Além disso, o disco menos vendido da banda, até menos vendido que o Coda. Foi um período tão turbulento do Led Zeppelin que as ideias ficaram também turbulentas. É um disco pesado, angustiado e visceral. Mas tem várias músicas boas desconhecidas, pelo fato de ser um disco concebido às pressas (pois o Led teve que interromper a turnê que estava fazendo, devido a um acidente de carro que o Robert Plant sofreu, onde quebrou o tornozelo. Ele, inclusive, grava o disco numa cadeira de rodas.), e mixado ainda mais às pressas, pois os Rolling Stones queriam logo a sua unidade móvel (que o Led alugou para gravar e mixar o Presence). Plant, por estar lesionado e em uma cadeira de rodas, apresenta a sua performance vocal mais fraca desde o começo do Led Zeppelin. Sua voz está rouca, cansada. Mas enfim, chega de detalhes, e vamos as músicas.
For Your Life - Bom, sua única performance ao vivo até hoje foi justamente no mítico show de reunião em 2007, com o Jason Bonham atrás da batera. E não decepcionou. Apesar de meio longa (nada comparado a Achilles Last Stand e Nobody's Fault But Mine), como tem várias trocas de seções, nem se percebem seus mais de 6 minutos passando.
Royal Orleans - Musiquinha comum curtinha, audível, não estaria aqui se não fosse o motivo de sua criação: Uma brincadeira com nosso amigo John Paul Jones, que tomou todas, ficou bem "locão", e saiu pra "caçar". Quando Page chegou no hotel, cujo nome dá título a música, descobriu que a "gata" do Paul Jones era a famosa "mulher de negócio", "mulher de tromba". É JPJ, essa vai ser lembrada mesmo depois de todos os membros do Led morrerem, ficou imortalizada no disco.
Hots On For Nowhere - Boa música, tem um andamento bem interessante da batera do Bonham, além de um feeling mais funky.
Tea For One - Bom, acredito que quem curte Since I've Been Loving You curte essa na boa. É um bluesão de raiz, com uma introdução pesada e cheia de trocas de tempo da guitarra de Page, o que até engana o ouvinte pela primeira vez. Depois disso desemboca nesse belo blues de 9 minutos, cheio de solos, vale uma conferida.
Fool In The Rain, Hot Dog, Carouselambra (1979 - In Through The Out Door)
Bom, o disco já foi comentado aqui (uma das primeiras postagens do blog, pra ver é só clicar aqui), então não tem muito o que falar fugindo do que eu já disse antes. É um disco dominado pelos teclados do Paul Jones, porque o Page tava afundado na heroína, e depois de menos de 20 shows da turnê do disco, John Bonham morreu, o que daria fim à banda.
Fool In The Rain - Apesar de ser muito longa, tem uma bateria simplesmente genial do Bonham, o que prova que só ele e o Paul Jones mantiveram a forma durante todo o Led Zeppelin. Além disso, tem a primeira e única aventura do Led Zeppelin pelo samba xD isso que é samba rock.
Hot Dog - Um verdadeiro rockabilly do Led Zeppelin. Junto de In The Evening e All My Love, foi uma das únicas a ser tocada ao vivo.
Carouselambra - Nada a declarar, mais negócio ver a postagem dedicada a ela aqui.
Poor Tom, Walter's Walk, Ozone Baby e Darlene (1982 - Coda)

Poor Tom - Deixada de fora do Led Zeppelin III, é uma música legalzinha. Apesar do maior destaque ser a bateria intrincada e rica em detalhes do Bonham, acredito que entraria facilmente no disco, no lugar de Hats Off To (Roy) Harper, que até hoje não me desce muito bem.
Walter's Walk - Com uma guitarra funky e um andamento bem forward, essa música ficou de fora do Houses Of The Holy. Chegou a ser apresentada ao vivo, inclusive está registrada na medley de 25 minutos (#putaquepariuPage) do How The West Was Won, junto com Dazed And Confused (afinal, o que é uma versão de Dazed com menos de 15 minutos, né?), e The Crunge, outra faixa bem funky, mas essa entrou no disco.
Ozone Baby - Pra mim é uma das melhores do disco. Uma das três que ficou de fora do In Through The Out Door e que entrou no Coda (as outras são Darlene e Wearing And Tearing), tem vários destaques, como uma estrutura coesa (o que era raro no In Through, visto que geralmente as músicas tinham mais de 5 minutos, o que poderia facilmente transformá-las em músicas dispersas), além de efeitos vocais do Plant (em estúdio isso era raríssimo, mas ao vivo Plant já fazia isso desde 1977), e um baixo de 8 (sim OITO, tipo guitarra de 12 cordas, que são 6 pareadas, mas aqui são 4) cordas usado por Paul Jones, o que encorpou bastante o som do baixo na música. Se usado de maneira diferente, pode facilmente ser confundido com uma guitarra, como nesse vídeo aqui.
Darlene - Divertida, mas um pouco longa. Apesar da diferença no estilo, me lembra Hot Dog, que é outra faixa divertida.
Faixa bônus: Hey Hey What Can I Do
Merece estar aqui porque é uma música melhor que qualquer uma do Coda, mas ficou de fora dele. Ela já era uma B-side de Immigrant Song, e entrou apenas na versão bônus do Coda.
Então eras isso, galera... semana que vem começa o Quinta Underground do Red Hot Chili Peppers.
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