quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os 35 anos do Hemispheres

Mais uma vez a minha preguiça impediu que a postagem saísse no dia. De qualquer jeito, um dia depois não tem problema. Ontem, há 35 anos atrás, dia 29 de Outubro de 1978, era lançado Hemispheres, o sexto disco de estúdio. O último dos épicos discos do Rush. O disco onde, posteriormente, a banda daria uma guinada na carreira.

E por que isso? Porque o Rush simplesmente encheu o saco de ter tanto trabalho. Como eles mesmos falam no documentário Beyond The Lighted Stage (aliás, recomendo a quem puder comprar...o faça) "já era algo que estava nos desgastando, turnês intermináveis, 200 shows por ano e discos complexos como esse. Depois do Hemispheres, prometemos a nós mesmos que não faríamos aquilo de novo." E não fizeram.

Outro ponto interessante é que foi o segundo e último disco gravado no Reino Unido. O primeiro tinha sido o ótimo A Farewell To Kings. Falando nisso, o Hemispheres parece muito uma continuação, uma dobradinha do Farewell. Apesar disso, a banda mostrava-se bem mais madura do que em seus lançamentos anteriores, como 2112 e o já citado A Farewell To Kings. Sei que 11 em cada 10 fãs de Rush consideram 2112 o melhor disco da banda, mas eu sou uma exceção. Apesar de ter clássicos absolutos, como a faixa título e A Passage To Bangkok, o resto se trata de boas músicas, mas nada que marcasse.

Aqui, temos um disco mais coeso, mais maduro. O primeiro épico do disco, Cygnus X-1 Book II: Hemispheres, uma continuação de Cygnus X-1 Book I, que aparece no antecessor, é melhor montado do que 2112. Como posso explicar isso?

Digamos que, enquanto na primeira a banda para muitas vezes entre uma parte e outra (sendo que uma dessas paradas parece mais o Alex afinando a guitarra), na segunda a grande parada que ocorre é aos 12 minutos, e só. Uma curiosidade: se escutarem o começo com atenção, vão perceber que tem meio que uma errada do Geddy, aos 2:25. Parece que ele escorrega pelo braço do baixo sem querer.
Outra vantagem da Cygnus em relação à 2112 é que a sonoridade da banda já tá diferente aqui. É o último sopro do Rush das antigas, dos robes, mas já incorpora muito do trabalho de guitarra, principalmente, que a banda apresentaria em discos como Permanent Waves e Moving Pictures.

Do lado II (sim, Cygnus ocupa todo o lado I), The Trees, um grande clássico da banda, que foi tocado quando o Rush veio pela primeira vez ao Brasil, e registrado no Rush In Rio, inclusive. Circumstances, terceira música, esperou mais um pouco pra voltar pro setlist da banda: só em 2007 que ela foi tocada, na turnê do Snakes & Arrows. Também foi registrada ao vivo, no DVD Rush Live In Holland. A última música do disco é uma velha conhecida do pessoal que lê o blog seguido: já foi trazida aqui, na seção dos épicos, só clicar aqui. La Villa Strangiato. Não tenho mais nada a dizer sobre ela, tudo que eu poderia rasgar de elogio tá lá. Esse disco não tem erro. É ouvir e curtir.





terça-feira, 29 de outubro de 2013

Só uma pausa rápida...


Depois de encarar uma prova do capeta...

Olá, eu vim pra te fuder (ou te salvar...)

Uhuuuuul
Voltei a escrever...Um pouco...


Essa semana é-seria dedicada aos Titãs, mas vou abrir um parênteses. Passando outubro e eu não falei nada dos Beatles, esse mês é importante aos fãs. Bem, fãs, o que seria de mim sem vocês?!
Eu estive lá.
Logo outubro que...FOI ANIVERSÁRIO DO JOHN LENNON!!!

Conhece a vida dele?! Se não, basta dar uma lida...Posso introduzir uma coisa :''É mais interessante que a do Ringo, mas mais cansativo que a do...Ringo?! Ah não, pera...''

14 de outubro terminou a gravação do Álbum Branco e 23 de outubro acabou a do With The Beatles...Passaram os anos e dá pra perceber o amadurecimento musical da banda.
E em 5 de outubro, fez 50 anos de  "Love, love me do, you know I love you, I always be true, so please love me do"

Ah! Só um obs.:  É 11 de novembro que vai ser lançado o On Air- Live at the BBC- Vol. 2, são em torno de 88 músicas inéditas de suas apresentações...Relíquia ou a BBC que quer ganhar grana em cima disso?! 

Tá, e não vai ter postagem exclusiva pra mim?





Não, não vai ter postagem exclusiva, Lennon...Pelo menos eu lembrei de ti,ok?!

Ok então...Tchau!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Piadinhas sem graça do rock (Parte 3)

- Qual foi a última frase do baterista antes de ser despedido?
R:Agora vamos tocar um tema meu!


- Por que um solo de contrabaixo é como uma bomba?
R: Existe solo de contrabaixo?


- Como sabemos que é um cantor que está bantendo à porta?
R: É quando você abre a porta e ele não sabe quando deve entrar.


- Qual é a diferença entre o contrabaixo e o caixão? 
R: O lado em que fica o morto.


- Qual a formação de um trio vocal masculino?
R: Dois homens e um tenor.


- Qual é a diferença de um violino e um contrabaixo?
R: O Contrabaixo faz uma fogueira muito maior.


O produtor de televisão:
- No ano passado ganhei bastante dinheiro. Finalmente já posso comprar o Iate. 
O Compositor pimba: 
- E eu já posso comprar o Rolls Royce. 
O músico de jazz: 
- E eu já posso comprar um pijama novo. 
Então lhe perguntam o produtor e o compositor: 
- E o resto do dinheiro?
Ao que o músico esclarece: - Não há crise. A minha mãe empresta!


- Qual a diferença entre a clave de dó e grego?
R: Há alguns regentes que conseguem ler grego.


- Dois sujeitos estão parados na estrada e esperam pelo ônibus. Um é músico e o outro também não tem dinheiro.


Dois músicos se encontram. Um fala:
- Na semana passada eu comprei um CD seu.
O outro responde: - Ah, então foi você...



Shows Históricos #15: Titãs 30 anos

Bom, essa semana tem show dos Titãs, aqui no Araújo Vianna, e eu resolvi escolher essa semana pra falar um pouco sobre eles. Pra começar, trazer pela primeira vez uma banda nacional pros shows históricos. E por que eu escolhi esse? São alguns os motivos. 

Ser um octeto tem vantagens e desvantagens. Os vocalistas (eram três à época, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Branco Mello) não precisam trabalhar o tempo todo, se revezando nas músicas (sendo que Nando Reis e Sérgio Britto também cantavam algumas, apesar de tocarem baixo e teclado), e tudo fica muito mais fácil. Os backing vocals da banda também eram bem trabalhados, já que eram muitos que podiam ajudar. 

Por outro lado, o que aconteceu com o Titãs é algo que pode acontecer numa empresa. É difícil se chegar num consenso e acabar uma banda de oito integrantes. Assim, o que aconteceu foi que a banda foi minguando, tipo sociedade. Primeiro, Arnaldo, lá em 1992. Voltou depois para uma turnê em 1997, mas nada além disso. 

Depois, a morte de Marcelo Fromer, o titã menos lembrado (junto com Branco). Guitarrista solo da banda, morreu uns dias depois de ser atropelado por uma moto em junho de 2001. Nando Reis foi o próximo, no final de 2002. Abalado pelas mortes de Marcelo e de seu amigo sua amiga Cássia Eller, resolveu sair da banda (oficialmente, porque Nando já aparecia como uma carta fora do baralho dos Titãs muito antes disso).

E quando parecia que finalmente o Titãs manter a formação até o fim da carreira, agora como um quinteto, mais uma baixa: em 2010, Charles Gavin, batera, resolveu sair, porque já encheu o saco de fazer turnê e tal. Aí me perguntam: "como que o show de 30 anos pode ser o histórico? O Titãs já era!". Eu concordo, mas os piores dias já passaram, sem dúvida. 

O Titãs ficou muito perdido durante um bom período. Mais ou menos entre 1997, onde gravou o acústico e realmente se acomodou, até 2003, quando Nando saiu, o Titãs ficou bem perdido. Não gravou nenhum disco inteiro de inéditas, exceção feita ao A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, em 2001. Fora isso, entre os seis anos que separam Domingo, lançado em 1995, e o disco citado anteriormente, eles só lançaram picaretagem. Coletâneas, um disco de covers absolutamente desprezível, o acústico, enfim. Parecia que, finalmente, depois de 2003, a banda tinha se estabilizado. 2005 viu o lançamento do MTV ao Vivo, gravado em floripa, e o último lançamento de estúdio da banda foi o fraco Sacos Plásticos. 
E o que eu posso dizer aqui que convenceria vocês de que o Titãs ainda é uma banda que valha a pena se ver ao vivo? Provavelmente nada, mas pelo menos parece que eles pegaram o rumo de novo. Primeiro que tiraram os músicos contratados. Agora a guitarra base é feita pelo Paulo Miklos e o baixo pelo Branco Mello e pelo Sérgio Britto. Isso eu apoio. Bem na real, se o batera eles não tem como substituir, e o Mário Fabre vai continuar como contratado forevermente, que pelo menos aprendam os outros instrumentos e fiquem só os quatro mais ele. 

Um dos shows comemorativos dos 30 anos
Contou apenas com Charles e Arnaldo
O segundo ponto importante é que nos últimos anos a banda tem revezado um pouco a proposta pros shows. Não tão mais tocando aquele monte de músicas dos discos fracos pós acústico, no máximo duas ou três. O principal enfoque é nas antigas. Entre 2011 e 2013, o Titãs andou tocando o Cabeça Dinossauro na íntegra, em comemoração aos 30 anos. Atualmente, o show deles é outro: o Titãs Inédito. São umas 10 músicas que eles andam testando ao vivo, provavelmente estarão no próximo disco. Apesar de achar que é muita coisa, a iniciativa é válida. Por mim, o que devia acontecer mesmo era umas 10 músicas do Cabeça Dinossauro, e essas 10 novas, que eles revezassem umas 5 ou 6 por show. 

E mesmo com essa volta toda ao passado, ou esse olhar para o futuro, não é nenhum desses shows que tá aqui hoje. O verdadeiro motivo da presença dos Titãs nos Shows Históricos é o Titãs 30 Anos, o show comemorativo. Esse, que rolou em 6 de Outubro de 2012, contou com as presenças de Arnaldo Antunes, Nando Reis e Charles Gavin. Mesmo que Arnaldo ainda desse umas canjas de vez em quando, essa foi a primeira vez dos sete juntos em 15 anos. Isso sim é histórico, os sete de novo juntos. Eu ainda acho que podia rolar uma turnê disso, mas Nando e Arnaldo tem suas bem sucedidas carreiras solo, duvido que quisessem. Foi só esse show aí e mais uns dois ou três, já sem o Nando, só Arnaldo e Charles. O que fica é a celebração e o registro.







quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Black Sabbath... simplesmente ÉPICO

oÔÔ oÔoÔÔo... ÔÔÔoooo  ÔÔÔôooo
O cansaço já era tão grande que, antes de começar o show do Sabbath minhas pernas já doíam. Como eu sabia que ia ter que fazer algum malabarismo, porque nem o Megadeth deu pra ver direito. Sentei no chão da Fiergs, de novo, e lá fiquei por uns minutos, descansando as pernas.

Lá por umas 21h40min, um pouco antes do previsto pra banda entrar, eu ouço uma voz. "Are you having fun?". Mal deu tempo de pensar "ahh, tão passando o som", e os caras falaram "é o Ozzy, é o Ozzy!!". Quando me levantei, vi que era mesmo o Príncipe das Trevas, agora puxando um coro. Eis que começa a sirene, e Cluefetos espanca a bateria pela primeira vez: O Sabbath estava no palco, e War Pigs anunciava o início de uma noite inesquecível. 

War Pigs foi um dos maiores impactos do show, sem dúvida. Todo mundo "cantando" os riffs do Iommi durante a música. Ali comecei a perder a voz, de tanto gritar. Black Sabbath, na minha frente. Um dos grandes shows que todo fã de rock sonha em ir uma vez na vida. Nunca que eu perderia essa oportunidade. Mas quase que os PALHAÇOS da segurança o fizeram. Os caras ficavam bem na frente da gente, as vezes não dava pra ver nada. Na real, não paguei 140 dilmas numa porra dum show pra ficar um FILHO DA PUTA de terno na minha frente. Ainda bem que eles saíram depois. 

Na sequência, Into The Void, outro clássico do Sabbath. Importante ressaltar uma coisa: Só o Ozzy pra fazer aquele movimento clássico das baladas (de balançar para um lado e para o outro no ritmo da música) num som do Sabbath e ainda assim ficar algo foda. Depois dela, Ozzy mandou a sua primeira frase célebre (pra quem não sabe, o Ozzy tem um inventário de mais ou menos umas quatro diferentes, que ele repete o show inteiro), anunciou a música seguinte, Under The Sun, e mandaram ver novamente. Aliás, se tem algo que eu preciso falar aqui é que Under The Sun ficou muito foda ao vivo, mesmo eu não curtindo tanto a versão de estúdio. Certamente o fato de ser o show dos caras fez diferença.
na batera... CHESSUSSSSSSSSS

Seguimos com Snowblind, clássico incontestável, e Age Of Reason, do 13. Apesar de querer muito que Loner fosse tocada, não sei se tinha lugar pra ela substituindo outra música. Talvez entrando como uma adição ao setlist. Então, após esse começo matador, veio um dos momentos épicos do show: a sequência dos três clássicos do primeiro disco.

Black Sabbath, música que, mesmo mais de 40 anos depois do seu lançamento, ainda é uma das mais sombrias e pesadas que existem. A atmosfera dessa música é algo atemporal. Só quem viu esses shows do Sabbath que sabe como isso é ao vivo. Mesmo o Ozzy errando o tempo dos versos. Behind The Wall Of Sleep realmente foi uma boa surpresa. Pode não ser uma das mais lembradas do Sabbath, mas sem dúvida é uma das melhores. Além dessas duas, N.I.B. fechava a sequência do debut. Não tem muito o que falar. N.I.B. é N.I.B., ponto final. É só o solo de baixo do Geezer começar que o pessoal pira. E aqui em Porto não foi diferente. 

Aliás, se tem algo aqui que eu preciso falar, é do Geezer. Cara, que animal das quatro cordas. Na boa, falam muito do Ozzy, pela imagem e tal, falam do Iommi (com justiça, diga-se de passagem) que, mesmo tendo dois dedos sem as pontas, faz esse som poderoso da guitarra sabática, mas o Geezer encorpa muito o som. Impressionante o som que ele tira do baixo dele, sem falar na técnica que o cara tem. 

Depois disso, voltamos pra 2013. Ainda assim, é anos 70 disfarçado de 2013. Mesmo que End Of The Beginning seja uma música nova, é incrível como ela e as outras do disco novo tem o estilo do Sabbath antigo. Muitas vezes, se tu não prestar muita atenção nas informações do disco novo e tals, pode pensar que é algo mais antigo, tamanha a qualidade do material. 
Falando em qualidade, era a vez do Paranoid ter mais músicas tocadas. A incrível Fairies Wear Boots, uma das que eu mais esperava pra ver no show, e Rat Salad, acompanhada de um puta solo do Tommy Cluefetos. Aliás, mais um momento de justiça aqui. Falam muito no Bill Ward e tal, mas sinceramente, com a técnica e a pegada que o Cluefetos tem, NÃO senti falta alguma do Ward. E mais... conhecendo o Ward como conhecemos, ele provavelmente traria a banda pra trás, porque ele tá gordão, velho e não tem a mesma pegada das antigas. Não que fosse fazer vexame nem nada disso. Ward é um baita batera, mas nesse caso a idade pesa muito.

Depois disso, Iron Man. Clássico, e música pros modinha manja nada, principalmente os que tavam de VIP, dizerem que valeu o ingresso. Ainda assim, clássico. Logo na sequência, God Is Dead?, melhor música do 13 e arrisco a dizer, uma das melhores do Sabbath. Aí fomos surpreendidos por Dirty Women. Pelos meus cálculos, era só mais Children Of The Grave e Paranoid. Tinha esquecido de Dirty Women que, aliás, pode não ser uma música tão boa assim, mas o clipe que o Sabbath escolheu pra passar no telão matou a pau: só imagens de mulheres com os peitos à mostra, pra todos os gostos. No fim, tive que prestar atenção no palco. xD

Pouquinho público... nem lotou xD
Depois de Dirty Women, Ozzy nos falou que a próxima seria a última música do show... a menos que todo mundo ficasse "extra fucking crazy". Aí eles tocariam mais uma. Obviamente já era algo programado. Ozzy tinha a plateia na mão, e foi brincadeira de criança arrancar mais uns gritos de 30 mil pares de pulmões que já estavam cansados de tanto gritar. E aí veio Children Of The Grave. Nada mais apropriado pra fechar o show.

Ou não. No bis, Iommi puxou umas voltas do riff de Sabbath Bloody Sabbath (aliás, faltou uma música desse clássico, qualquer uma, no show. Falando nisso, ele vai fazer 40 anos em Dezembro, e vai ter postagem especial), e ligou direto em Paranoid. Era o que faltava pra galera gastar o resto de energia que ainda sobrava. Todo mundo pulando, cantando a música a plenos pulmões, ou o que restavam deles. Indescritível.

Na saída, aquela sensação de anestesia, de euforia. Simplesmente não acreditava o que havia presenciado nas últimas três ou quatro horas, mas principalmente nas últimas duas. Simplesmente um culto ao rock pesado, algo realmente necessário em um espaço musical que atualmente é dominado pela Anitta e afins. O mundo precisa do Sabbath, assim como uma reunião do Zeppelin. Quanto aos produtos, os ambulantes (piratas) das camisetas, prevendo que não iam vender mais as camisetas depois daquela noite, mantinham o preço entre 25 e 30 reais, como no início do show, mas era tu dizer que não ia levar, ou que não tinha grana, que eles vinham com os descontos "mágicos".

My name is Lucifer... please take my hand!
Enquanto isso, discutíamos com um tiozinho, bebaço, sobre o fato de algumas pessoas terem comprado ingresso para ver o Megadeth, não o Sabbath. Respeito a decisão delas, mas considerando que o Megadeth já teve aí em 2010, tocando o Rust In Peace inteiro (que é um dos maiores clássicos da banda), pagar no mínimo 140 conto pra ver um show de 10 músicas da banda é algo no mínimo insensato.

Saímos da Fiergs falando sobre esse show. Só o que conseguíamos dizer eram frases como "caralho, meu, vimos o Black Sabbath. Ozzy, Iommi e Geezer... dá pra acreditar nisso?" e coisas do tipo. Não tem outra palavra que possa descrever essa experiência que não seja "ÉPICO!".

Obrigado, Sabbath. Obrigado por mostrarem o que é o verdadeiro rock. Obrigado por nos permitirem essa oportunidade. Venham novamente quando quiserem, com certeza estaremos esperando.

\m/


domingo, 20 de outubro de 2013

Os 20 anos do Counterparts

Acho que essa postagem não vai ficar nada demais, porque é algo bem simples, mais pelo lembrete. Mas lá vai. Pra quem não sabe, ontem, o Counterparts, décimo quinto disco de estúdio do Rush, lançado em 1993, completou 20 anos. Esse disco foi uma volta à sonoridade mais pesada da banda, que andava meio esquecida desde mais ou menos 1982, por causa da (as vezes infernal) tecladeira do Geddy Lee, que ficava muito à frente da guitarra do Lifeson. O Rush já caminhava nessa direção há alguns anos. Presto foi o primeiro disco mais nesse caminho, se comparado com seus anteriores, e Roll The Bones afirmou essa tendência. Ainda assim, esses dois tinham belas doses de teclados, que se reduziram sensivelmente em Counterparts.

Não é o caso, claro, de Animate, música que abre o disco. Clássico do Rush, é uma música pesada mas que contêm muito teclado. Ao vivo eles ficavam mais baixos. Stick It Out, segunda da playlist do disco, é ainda mais pesada. Provavelmente uma das mais pesadas do Rush. Eles andaram tocando ela de novo ao vivo, na Time Machine Tour.

Gesto que o Alex provavelmente fazia nos 80, de saco cheio das tecladeiras
Cut To the Chase, terceira do disco, dá uma acalmada nos ânimos. Mais "suingada" (se é que dá pra dizer isso de uma música do Rush), principalmente na linha de baixo do Geddy, que se destaca, é uma boa música. A quarta, Nobody's Hero, tem uma das melhores letras do Rush. É uma balada, mesmo que não seja nada de fazer pedras chorarem. Vale a pena ouvir, baita som.

Logo depois vem aquela que eu considero uma das melhores músicas do Rush: Between Sun & Moon. A letra é um poema de Pye Dubois, que foi adaptado para a música. E a música, senhoras e senhores... que puta som. Não é pesada que nem as duas primeiras, ela tem um riff mais levado pro hard. Simplesmente sensacional.

Depois desse belo começo, temos a sequência mais fraquinha do disco: Alien Shore, The Speed Of Love e Double Agent. Não que sejam ruins, mas são... esquecíveis. Tipo, boas músicas, mas nada demais. Se fosse fazer um LP do disco, e ter que tirar duas ou três músicas dele, seriam essas.

Já o final do disco, apesar de não ser power como o início, é bem interessante. A clássica Leave That Thing Alone, instrumental que perdeu o Grammy de Melhor Performance Instrumental de 1995 pra Marooned, do Pink Floyd (isso eu não entendo... por quê os instrumentais do Rush SEMPRE perdem o Grammy? Ou vão me dizer que Behind My Camel, do Police, ou Once Upon A Time In The West, do Bruce Springsteen são melhores que YYZ ou Malignant Narcissism?), foi tocada no Brasil, sendo registrada no clássico Rush In Rio (que já recebeu postagem especial aqui, só clicar no link).

Além dela, Cold Fire, com um riff matador, e Everyday Glory, com um instrumental "alegre" e um belo refrão, completam os trabalhos. De maneira alguma eu considero o Counterparts, ao contrário da maioria dos fãs do Rush, superior ao Test For Echo. Talvez fosse o melhor trabalho deles desde o Signals, até eles lançarem o Test For Echo, que eu considero mais completo, em todos os sentidos.

Ainda assim, Counterparts é um dos pontos altos do Rush pós Moving Pictures. Um clássico inesquecível, e seus 20 anos comprovam isso. Agora chega de papo. Coloquem ele pra tocar, que vale a pena!



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Talento, apelo e injustiça

Essa postagem era pra ter saído há umas duas semanas, mas eu ando meio envolvido nessa loucura que é o Enem (inclusive a frequência das postagens caiu bastante). Provavelmente ali nos últimos dias de Outubro e início de Novembro, a frequência vai voltar ao normal.

O que eu queria falar naquele dia foi algo que me deixou, entre outros motivos, triste. Chateado. De verdade. E parece uma bobagem, algo muito banal, mas achei realmente relevante e resolvi trazer aqui pro blog.

A situação é a seguinte: Era mais ou menos umas duas horas da tarde. Estava indo para o centro aqui de Porto Alegre, pra ver uns amigos e tal. Depois que eu desci do ônibus, no Mercado Público, percebi que havia uma intensa movimentação ali, tinha trio elétrico ali perto, parecia que ia ter um showzinho e tal. Fui em direção à Andradas, onde é a casa desse pessoal. Ali sempre tem um pessoal hippie que vende seu peixe: desde camisetas de bandas a vinis decorativos, passando por bijuterias (daquelas bem de hippie mesmo e tal), vinis de verdade e esse tipo de coisa. Ali também ficam os artistas de rua. Lá estava um deles. Um cara normal, como um de nós, fazendo seu som bem tranquilo. Um blues e, na real, o cara tem talento. Além de violão e voz, ele tinha uma harmônica, estilo daquelas do Neil Young, que tu não precisa pegar com as mãos. Quando eu passei por ali, ainda pensei "legal, o cara tem talento, tri o som dele".

Eis que eram 17:50 e eu tava voltando pro Mercado Público, onde eu ia pegar o ônibus de volta pra casa. Lá estava o cara ainda, mandando um blues há pelo menos três horas. Dessa vez, inclusive, reconheci a música: era Sweet Home Chicago, clássico do Robert Johnson, que foi regravada inclusive pelo Clapton. Saí dali "cantando" a letra, na cabeça. Quando chego ao Mercado, percebo toda essa chateação que é tema da minha postagem.Toda a parafernália que estavam montando lá perto, do trio elétrico e tal, era da Marcha pra Jesus. Quero deixar bem claro aqui que NÃO SOU ATEU nem nada do tipo e, mesmo que fosse, tenho noção e educação suficientes pra respeitar a religião dos outros. E sim, não sou católico nem evangélico, então isso se aplica. Trocando em miúdos, não é a Marcha em si que eu quero chamar a atenção, acho que todos tem sua liberdade pra fazer e acreditar no que quiser. O que eu critico é todo esse apelo em cima da "música". Quem tava ali, não tava pra ver o show da banda que estava se apresentando no palco, mas sim (espero que) por Jesus, afinal, a marcha foi feita pra ele. A banda é só um artifício pra entreter o pessoal e não é nada demais, musicalmente falando.

Não estou defendendo que "ahh não, culto não pode ter música". CLARO que pode, todo mundo é livre pra fazer o que quiser, pra chamar a atenção das pessoas. O que eu não consigo entender é um músico de talento, que nem o nosso amigo esquecido, estar tocando ali na rua, na altura de qualquer transeunte, uma tarde inteira, pra descolar uns trocados, provavelmente pra comer alguma coisa. Será que só com um trio elétrico ou palco, equipamento de qualidade e uma banda de apoio ele ia ser notado?

Isso sim que eu quero que você, que está lendo isso, pense. Quantos talentos por aí nós vemos na rua e simplesmente IGNORAMOS? Passamos por eles como se fossem simplesmente a sonoplastia urbana do nosso dia a dia? Não falo dos indiozinhos da redenção porque eles, obviamente, não tem talento algum, pelo menos no violão. Geralmente eles não sabem fazer nenhum acorde, e cantam o que dá na telha, só pelos trocados. Mas se dar ao trabalho de conseguir cifras, aprender as músicas, as letras, fazer tudo certinho pra ser simplesmente ignorado na rua? Eu acho isso muita maldade.

Falando desse tema, trago pra vocês um vídeo interessantíssimo. Foi uma campanha do Itaú na época do Rock In Rio, visando incentivar esse tipo de talento. Não vou contar mais nada pra não estragar a surpresa, quem quiser descobrir clique no vídeo abaixo.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Why Pink Floyd... em vídeo

Vocês lembram daquela postagem láááá de 2011? De setembro, que eu falo sobre a ideia do Pink Floyd de relançar o seu catálogo, remasterizado, e com edições especiais pro Dark Side Of The Moon, Wish You Were Here e The Wall? Então... na época eu até achava que tinha algumas bobagens no meio, coisa só pra encarecer o preço, mas analisando agora (e considerando que tão cobrando caro pra cacete por um "porta dinheiro" e um boné de Los Santos na edição de colecionador do GTA V), tem que entender que é algo único.

São só três boxsets, edições únicas. Até encontrei o do Dark Side pra comprar na livraria cultura, mas considerando que quase tudo lá é o olho da cara, nem fui ver o preço. Tem maluco sem noção que tá cobrando 500 e até 1000 reais pelo boxset no mercado livre. Enfim, acho que já falei o suficiente sobre os boxsets, vou deixar pra vocês os vídeos do unboxing dessas edições especiais. 


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Black Sabbath em Porto Alegre... simplesmente ÉPICO (1ª Parte)

Bom, depois de enrolar bastante, finalmente estou aqui para falar sobre essa experiência ÚNICA que foi ir no show desses monstros do Rock mundial. Apesar de desgastante, valeu muito a pena e me dá uma tristeza pensar que essa foi a primeira e possivelmente última vez que eles estiveram aqui.

A nossa jornada pelo show começou lá em Maio, como todo mundo. Ficamos sabendo que a venda dos ingressos começava numa segunda feira, primeiro dia das nossas provas trimestrais. Sorte nossa, pois se a gente fosse sair 12:50, como de costume, encararíamos uma puta fila. Chegamos lá umas 10 da manhã, e saímos com o ingresso na mão ao meio dia. Deixei o ingresso na agenda e esqueci do show até mais ou menos um mês antes do dia. Conforme chegava mais perto a data, a expectativa aumentava. Em Setembro, postei sobre o provável setlist deles pro show (foi sucesso, já teve mais de 100 visitas), que acabou se confirmando.

E então, me vi no mês do show... aquela contagem regressiva e tudo mais. Eu e o Leão combinamos com a nossa amiga de passar na casa dela pra almoçar e ir pro show. No fim, mudamos um pouco os planos. No dia, deixamos as mochilas do colégio com a mãe dela e (depois de ainda ter que procurar na amrigs o celular perdido do Leão), fomos direto pro centro, onde comeríamos um Subway, pra não perder tempo, e pegaríamos um diretão pra Fiergs.


No fim, chegamos lá 14:30. O pessoal resolveu comprar umas cervejas do lado de fora, nos postos de gasolina ao lado do show, pois provavelmente lá elas custariam algo em torno de 6 reais. Engano nosso. Se teve um ponto negativo do show, foi esse. Os ambulantes estavam vendendo a garrafinha de água mineral a OITO dilmas e uma latinha de Budweiser a DEZ dilmas. Loucura total, enquanto estávamos na fila, nos recusamos a comprar qualquer coisa dos ambulantes.


A fila era grande, mas por sorte andou rápido. Os portões foram abertos um pouco antes do previsto, mais ou menos as 15:30. Depois de entrar no local do show, aquela tradicional fotinho pra posteridade, e de cara fomos conferir os preços do bar lá dentro. Lá o refri e a água estavam por cinco reais, enquanto que a cerveja estava por oito. Não que a cerveja estivesse muuuito mais barata (o refri e a água sim), mas ainda assim dez reais era loucura. Isso, é claro, não impediu os ambulantes de, mesmo lá dentro, se aproveitando do fato do pessoal não querer perder seu lugar no show, continuassem vendendo cerveja a 10 reais.

Como chegamos cedo, conseguimos um lugar muito bom. Era mais pro meio, a uns três metros da grade que separava a pista premium da normal. Lá ficamos, aguentando um puta calor. No final, ficamos sentados uma meia hora e, lá por umas 17:00, quando o Hibria, primeira banda da noite, foi passar o som, pensamos que o show iria começar logo. Ledo engano. Os caras só deram uma passada no som e voltaram pro camarim, iam esperar escurecer, provavelmente. Enquanto isso, uma torturante dose de AC/DC nos nossos ouvidos.

Nada contra AC/DC (pelo menos até aquela noite), mas no momento que tu ouve umas três horas seguidas, com o agravante de ser a mesma playlist (contei CINCO Whole Lotta Rosie, três com o Bon Scott e duas com o Brian Johnson, três Hells Bells, três TNT, ao vivo e com o Brian Johnson, pra piorar, três The Jack, e tantas outras que também repetiram, e algumas de discos fracos como The Razors Edge).

E então, quando já estavam até vaiando o cara do som, por colocar tanto AC/DC repetido, eis que o Hibria entra no palco. Em pouco menos de meia hora, sem telões, fizeram um show redondinho, com seis músicas, que cativou a galera. Muitos dos presentes no show conheciam a banda e cantavam as músicas junto. Apesar de não conhecer nada da banda (ao contrário da nossa amiga, que até conhecia os caras pessoalmente e recebeu um "parabéns pra você" num show deles), curti bastante o som. As músicas mais antigas deles tem uma influência muito grande do som do Iron Maiden, principalmente no vocal, e as mais novas, de bandas como Slayer e Megadeth. Um meio termo... nem tão pesada quando a primeira e nem tão "menos pesada" quanto a segunda.


Depois do show do Hibria, já estávamos com dores nas pernas e a nossa amiga não conseguia enxergar direito o show. Assim, abandonamos o nosso lugar pra procurar por outro com menos gente e mais possibilidade de enxergar tudo. Até o momento, não tínhamos encontrado. Acabamos perdendo as primeiras três ou quatro músicas do show do Megadeth. Do que eu vi do show, deu pra concluir que os caras ainda são uns animais, tocam muito, e realmente cativaram o público (alguns chegaram a dizer, na época da compra dos ingressos, que iriam estar lá pelo Megadeth, e não pelo Sabbath).



Além disso, o trabalho de telão que eles têm é sensacional. As animações geralmente combinadas com imagens do show, parecendo um clipe. Tinha cara perto de mim que chegava a dizer coisas como "isso aqui não é cinema, toca essa porra logo!". Eles usaram, além do telão do Sabbath, dois telões laterais deles mesmos, que ficavam dentro do palco. Depois do show eles retiraram esses telões. Eles deram sorte na escolha desses telões laterais, pois os do Sabbath não funcionaram, só o central. Uma pena. O final do show foi pra arrebentar, eles mandaram Symphony Of Destruction, Peace Sells... But Who's Buying?, e Holy Wars... The Punishment Due.


Por enquanto é isso, na segunda parte vou falar apenas do show do Sabbath. Tive que dividir em duas partes porque era muita coisa pra se falar em uma postagem só.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

O mais barato em Porto Alegre (Mas vale a pena!)

Enquanto os guris se divertirão no B. S., eu...estarei apenas ouvindo os seus comentários entusiasmados. E tudo porque é foda ser pobre... ¬¬
Mas nem tudo está perdido...Curte um rock e quer ir num show em Porto Alegre(e tá com a grana curta)? Chega mais então...

1. Titãs (1 de novembro)
Cabeça Dinossauro + um combo com 10 músicas ''inéditas''...como ''Nada Para Variar'', ''Não Pode''...
Os preços variam de 60 a 100 pila. Putz, vale muito ir né?!
(Vai ser lá no Araújo Vianna, onde semana passada o Skank tava...)



2. Arnaldo Antunes (24 de outubro)
Destaque para Grávida, uma participação com Marina Lima...Vai ser também no Araújo V.
Será que ele vai fazer aquela dancinha dele?
Pena que não encontrei o valor do ingresso direitinho, mas se acharem...Digam-me,por favor!



3. Vera Loca (16 de outubro)
Uma banda de Santa Maria e cara, uma das minhas bandas gaúchas favoritas. É um show que merece o meu reconhecimento (de fã,claro)...
Gravação de DVD, quem sabe tua cara aparece lá,né?!
E os caras são fofos, muito queridos...
Os preços variam de 25 a 40 pila. Vai ser no Opinião(que tem um ótimo espaço).



4. Galera, recomendo vocês irem no El Mapa de Todos...Curtem um Ultramen, Acústicos e Valvulados...ou até mesmo algumas outras bandas argentinas, uruguaias e etc... Diversidade é tudo!
Vai ser nos dias 26, 27 e 28 de novembro. No Opinião. Tá uns 20 pila por dia.



5. Matanza e Velhas Virgens juntos! Ingressos variam de 40 a 60 pila. No Pepsi On Stage (até agora), 7 de dezembro. Curto Muito!!! PQP!!! Pena que não tenho boas experiências quanto ao espaço de lá, porém, para amenizar esta impressão...não é recente isso.




6. 8 de dezembro tem Ana Muniz, Phonopop (que eu te juro que nunca ouvi ambos)...Porém tem...APANHADOR SÓ! Galera que curte um rock meio...Cartolas,meio...Cidadão Quem(só que mais rock que este)....vão curtir esse caras. Tá 20 pila no Opinião.



7. Os Replicantes, 9 de dezembro no Opinião. Simplesmente, DO CARALHO. Até o Wander vai aparecer por lá. Uns 20 pila.


8. Nando Reis e os Infernais nos dias 11 e 12. No Opinião(até agora). EU VOU DE NOVO! Varia de 60 a 80 pila.


9. 10 de novembro tem Tequila Baby. No Opinião. Eu curto. Tá 30 pila antecipado.



Se souberem de mais shows em Porto Alegre, avisem aí!



domingo, 6 de outubro de 2013

Especial Black Sabbath - #3

E segue a melhor serie sobre o Sabbath. Hoje sim Master of Reality. Pode não ter nenhum grande sucesso do Sabbath mas acredito que das 8 musicas 6 delas deviam ser tocadas no show e as outras 2 só não deviam ser tocadas por serem muito calmas. Mas chega de papo vamos as musicas.

Master of Reality - 1971

Sweet Leaf - Primeiramente é um hino a maconha. O motivo do nome da musica é o fato de que uma vez em Dublin, Butler comprou um maço de cigarros em que na caixa se lia "Sweet Leaf". Sobre a musica e bem pessada mas muito bem feita, o Iommi aprendeu a encaixar os riffs bem direitinho. Alias o Iommi tinha um feelling muito bom, ele sabia o que tava fazendo, e o Master of Reality prova isso, motivo de eu gostar tanto dele.

After Forever - Acusada de blasfemia. Impressionantemente mostra o lado cristão de Ozzy. Outra musica sensacional, super bem feita e animada. Depois da eternidade começa com um sintetizador e cai num riff bem animado do Iommi. Depois a musica pesa um pouco mas nada de mais, isso se repete duas vezes depois disso caindo em um dos riffs mais sensacionais do álbum. Logo apos se repetem os dois riffs iniciais caindo no riff do solo, bem curto deve se dizer. Após se repetem os riffs iniciais e a musica acaba.

Embryo - 28 segundos não passa de uma introdução para Children of the Grave.

Children of the Grave - Tem um baixo bem marcante e um riff mediano para o disco. A parte genial da musica fica pro Ozzy, que fez uma das melhores letras do Sabbath. Sobre o instrumental não muito que se falar como já falei o que vale mais é a letra:

Children of the Grave
Revolution in their minds 
The children start to march 
Against the world they have to live in 
Oh the hate that's in their hearts 
They're tired of being pushed around 
And told just what to do 
They'll fight the world until they've won 
And love comes flowing through 

Children of tomorrow live in 
The tears that fall today 
Will the sunrise of tomorrow 
Bring them peace in any way 
Must the world live 
In the shadow of atomic fear 
Can they win the fight for peace 
Or will they disappear?

So you children of the world 
Listen to what I say 
If you want a better place to live in 
Spread the words today 
Show the world that love 
Is still alive you must be brave 
Or you children of today 
Are children of the grave



Orchid - Outra musica curta e no violão, esta tem um minuto e meio. Uma das poucas que nao deviam ser tocadas no show. Mas e muito boa vale muito a pena.

Lord of This World - Minha música favorita começa direto com um dos riffs mais legais do álbum e cai no "melhor riff do álbum inteiro"Também tem uma letra meio religiosa. A musica segue variando entre um clima mais pesado e um mais leve.

Solitude - A mais fraca do álbum, sem bateria  guitarra, baixo e vocal com leves aparições de um piano. Não chega a ser chata mas, por ser mais longa que as outras, acaba quebrando o clima do álbum. Outra coisa que vale ser ressaltada e que mal parece que é o Ozzy cantando.

Into the Void - É a mais pesada do álbum tem riffs muito bons,o grande problema e que é muito repetitiva. Mas é uma das poucas musicas, se não a unica, do álbum a ter troca de tempo.

Antes de acaba: Desculpa tive certos problemas ontem e não consegui postar, mas fiquem tranquilos que até terça eu termino com a série.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quinta Underground #18: Red Hot Chili Peppers (2ª Parte)

Galera, hoje é dia de RHCP. No Quinta de hoje, vamos ver a grande guinada que os Peppers deram na carreira logo depois da morte de Slovak. Isso aconteceu em 1988. Slovak e Kiedis estavam com sérios problemas com drogas desde 1986. Kiedis, depois de uns meses expulso da banda, voltou sóbrio, e Slovak também entrou na onda. Os dois meio que fizeram um trato, pra se manterem sóbrios. Infelizmente, Hillel sentia mais a abstinência que Kiedis, por mais que também fosse difícil para o vocalista.

Lá pelos idos de Maio de 1988, Hillel falava bastante nisso com os companheiros de banda. Pra ele, era difícil se manter sóbrio sem um tratamento médico. Ele parou de escrever no seu diário, lugar onde ele controlava a adição, em Junho, também influenciando na perda da resistência à droga. Pouco se sabe sobre esse período da vida do Hillel, a não ser uma ligação para o seu irmão, James, onde ele falou que estava sendo difícil pra ele se manter sóbio, mesmo o querendo. A banda não conseguiu falar com ele por alguns dias e, no dia 27 de Junho de 1988, Hillel Slovak foi encontrado morto em seu apartamento, pela polícia. O que se diz é que a data oficial da morte foi em 25 de Junho, por overdose de heroína.

Mesmo que a morte de Hillel tenha sido um baque grande nas vidas dos outros três membros da banda (Jack Irons, inclusive, saiu da banda, pois não conseguiu lidar muito com essa situação), principalmente pelo fato dele ser um dos fundadores da banda e ter ensinado Flea a tocar baixo, há males que vêm pra bem. Se não tivesse sido Hillel, teria sido Kiedis. E com certeza o RHCP com outro no lugar de Kiedis talvez nem existisse ou, se existisse, não seria a mesma coisa. Hillel, porém, apesar de seu estilo único de tocar guitarra, foi substituído por ninguém menos que o "melhor guitarrista dos últimos 30 anos", segundo a revista Rolling Stone: John Frusciante.

E justiça seja feita. Frusça é, apesar de no começo da carreira com os Peppers ele copiar o estilo de Hillel, um MONSTRO da guitarra, além de técnica ele tem feeling. John tinha apenas 18 anos, e deu um gás novo pra banda. Junto a ele, Chad Smith assumiu as baquetas. Surgia a formação clássica do Red Hot Chili Peppers.

Good Time Boys, Taste The Pain e Johnny, Kick a Hole In The Sky (1989 - Mother's Milk)


Mother's Milk soa pro RHCP com o John, guardadas as proporções, como o I'm With You com o Josh: um disco meio "verde", imaturo. Não tem o feeling do RHCP com o John, que viria com o inigualável Blood Sugar Sex Magik, certamente o auge da banda. Ainda assim, apesar de meio cansativo, por ser pesado como seu antecessor, Mother's Milk tem ótimos momentos. Stone Cold Bush, que foi meio que "ressuscitada" pelo Josh na turnê do I'm With You (afinal, ele sempre dá uma palhinha dela no começo de Look Around), é uma música sempre lembrada com carinho pelos fãs, bem como Knock Me Down, uma das referências póstumas a Hillel, e o cover de Higher Ground, que é tocado até hoje. Além disso, algumas ótimas músicas ficaram paradas no tempo.

Good Time Boys - Um dos momentos mais pesados do RHCP. Grandes riffs, pegada mais rock do que funk, um puta solo no meio e, de bônus, uma linha no vocal que soa muito, mas MUITO parecido com um "vão tudo se fuder"... 3:23, só conferir. Infelizmente, ela só foi tocada na turnê do próprio Mother's Milk, e Josh, uma vez só, deu uma palhinha dela durante um show esse ano.

Taste The Pain - Momento mais leve do disco, junto com Pretty Little Ditty. Essa música foi ainda menos tocada ao vivo, talvez umas dez vezes, apesar de ter sido lançada em single. Ela é mais popzona.

Johnny, Kick A Hole In The Sky - Única música do disco que nunca foi tocada ao vivo. Pena, porque é porrada o tempo todo, durante os 5 minutos dela. Uma das mais pesadas, junto com Good Time Boys.

Funky Monks, Apache Rose Peacock, Naked In The Rain e Mellowship Slinky In B Major (1991 - Blood Sugar Sex Magik)

Ahh, o Blood Sugar. Disco que levou o RHCP ao estrelato. Mesmo ofuscado pelo Nevermind, do superestimado Nirvana (foram lançados no mesmo dia, pro azar do RHCP... já falei sobre isso no blog, só clicar aqui), vendeu nada menos que 15 milhões de cópias. Aqui o RHCP adquiriu o status de funk rock californiano, muito mais do que na época do Hillel. Sucessos como Suck My Kiss, Give It Away e If You Have To Ask comprovam isso. Além disso, surgiam as primeiras baladas da banda, pela mão de Frusciante: Under The Bridge e I Could Have Lied, sempre lembradas pelos fãs.
Não faria sentido eu colocar músicas como The Power Of Equality e Sir Psycho Sexy, pois são tocadas até hoje. My Lovely Man também não, pois faz pouco tempo que pararam de tocar ela, se não me engano, em 2004. Breaking The Girl, apesar de pouco tocada nesses 22 anos, sempre é lembrada pelos fãs e coletâneas da banda. Sobraram as músicas que nunca foram tocadas, ou que foram pouco tocadas.

Funky Monks - Tocada pouquíssimas vezes durante a turnê do BSSM, e só voltou pro setlist na turnê do Stadium Arcadium porque um fã ganhou um concurso de rádio e pediu pra eles tocarem ela. Merecia muito mais que isso, é uma baita música. Funkeada, é essência do RHCP.

Apache Rose Peacock - Outra música de pegada muito funky, e só foi tocada duas vezes até hoje (em parte): em 2006 e em 2012, em duas oportunidades que a banda esteve em Nova Orleans (na letra Kiedis cita Nova Orleans). Além disso, ela tem um trompete maroto, obra do Flea.

Naked In The Rain - Tocada uma vez na turnê do Mother's Milk, como um teste, e uma vez na turnê do Blood Sugar. De ritmo mais intrincado, é mais pesada, com um baixo mais sujo.

Mellowship Slinky In B Major - Apesar do começo insinuar que é uma música pesada, quando entra a estrofe, muda tudo: o andamento fica completamente funky, com uma guitarra mais limpa e muitas ghost notes de Chad Smith na caixa.

Quem quiser ver algumas dessas músicas sendo explicadas pelo Chad, só conferir nesse vídeo aqui abaixo. Semana que vem é a vez do One Hot Minute, único disco da banda com o Dave Navarrosca, e Californication e By The Way, onde a banda passou a receber o status de "banda da MTV", "banda popzinha" ou, como eu ouvi esses dias "banda de roqueiro de shopping center"... será?